Capítulo 35

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Chegamos cedo no festival e estava quente, mesmo sendo o começo da noite. Coloquei uma roupa básica para vir. Não estava com vontade de ir a esse festival, não havia graça sem Axel. Eu não tinha quem perturbar.

ㅡ Fica aqui na plateia, eu vou ver se meus alunos já estão prontos, seremos os primeiros. ㅡ Lívia ao contrário da última vez, não parecia nervosa. Balancei a cabeça e fui procurar um bom lugar na plateia, como ainda estava cedo não tinham muitas pessoas.

O lugar estava bem decorado, muitas cores presentes e ao redor do ginásio tinham algumas barracas com comida. Não demorou muito para que o apresentador entrasse no palco, sendo recebido com aplausos pela plateia.

ㅡ Boa noite a todos.ㅡ Ele sorriu. ㅡ É uma honra ter a presença de todos vocês aqui. Mas, sem enrolação, vamos a primeira dupla que foi coreografada pela professora Lívia Almeida. ㅡ A dupla entrou no palco e se posicionaram no centro, logo Dandelions começou a tocar e o dia que eu e Axel dançamos me veio a mente, eu via nós dois ali naquele palco. A performance deles era muito boa, dava pra ver que tinham muito talento, Lívia não fez nenhuma alteração na coreografia. O olhar daqueles dois era de quem estava apaixonado, não sei se estavam fingindo ou se realmente estavam. Mas foi perfeito, eles finalizaram a dança e saíram do palco.

Logo o apresentador prosseguiu com as apresentações, foram todas lindas mas nenhuma supera a dos alunos da Lívia.

Depois que todos dançaram, passou-se um tempo e a luz focou mais nos jurados, as duplas se reuniram no palco junto com seus professores. Fiz um coração coreano para Lívia, não gosto de dorama mas ela ama, por isso fiz. Ela sorriu surpresa pra mim.

ㅡ Senhoras e senhores, o grande vencedor do festival desse ano é...
ㅡ Tambores soaram pelo local.
ㅡ Dandelions, coreografado por Lívia Almeida. ㅡ Me levantei da cadeira aplaudindo eles com todas as forças que tinha, eles mereciam demais. A taça foi entregue a eles, e mais aplausos soaram no ginásio, quanto orgulho.

Mas, as luzes se apagaram de repente.

Peguei rapidamente meu celular para ligar a lanterna, mas estava descarregado e eu morro de medo do escuro. As pessoas começaram a falar se perguntando do porquê ter faltado luz justo agora, é muito raro isso acontecer aqui.

Como eu estava sentada na ponta, me levantei tentando ir atrás de Lívia. Mas alguém segurou no meu braço, e senti um objeto agudo na minha garganta, parecia ser uma faca.

ㅡ Fica quietinha, se fizer escândalo você morre agora. ㅡ Aquela voz... Me estremeceu, era fria, me arrepiou toda. Fiz o que ele mandou e fui para uma pequena sala onde só havia a iluminação de uma vela. O homem me jogou no chão com bastante força fazendo minha costa sentir todo o impacto. Olhei para cima e vi que ele é alto, mas estava de chapéu e uma máscara preta, me permitindo ver apenas seus olhos pretos.

ㅡ O que quer comigo? ㅡ Tomei coragem de perguntar e ele se aproximou, fazendo-me estremecer.

ㅡ Eu disse pra ficar quieta. ㅡ O homem pegou a faca e passou ela devagar no meu pescoço, aquilo estava me agoniando. ㅡ Não está claro o que eu quero? quero você morta, pra entregar você morta pra quem te quer viva.

Como assim? do que ele tá falando?

ㅡ Do que está falando? ㅡ Ele começou a rir de mim, uma risada... macabra, que me deixou com mais medo.

ㅡ Ora de quem, de quem eu realmente quero me vingar e você é o ponto fraco, querida. ㅡ Ele ria mais e mais, começou a passar a faca que tinha em suas mãos em meus braços, eu tinha medo, medo porque não tinha ninguém aqui e se eu gritasse ele poderia me matar.

Eu não sei como, mas o corpo dele caiu para frente com o que me pareceu ser um chute, ergui meu olhar e meu coração quase saiu pela boca quando vi Axel em cima daquele homem.

Como ele fez isso tão rápido assim?

Eles começaram a brigar, Axel estava se sobressaindo na luta. Deu vários socos no cara, mas ele acertou um chute na barriga de Axel, o que o fez recuar para trás. Mas, isso não o parou, pelo contrário, parece que fez com que ele criasse mais ódio porque partiu pra cima do homem com mais agressividade.

ㅡ Nunca mais. ㅡ Ele deu mais um soco. ㅡ Nunca mais você vai encostar essas suas mãos sujas na minha garota, me entendeu? ㅡ Finalizou chutando o cara, deixando-o totalmente desacordado.

Minha garota... ele falou mesmo isso ou estou ouvindo coisas?

Ele se virou pra mim, seu rosto parecia cansado e havia alguns cortes nele, mas eram pouquíssimos comparado a como aquele homem ficou. Não pensei muito, apenas o abracei, talvez um pouco forte demais, esqueci o chute que ele levou na barriga e só lembrei quando ele resmungou de dor.

ㅡ Me perdoa? ㅡAxel me abraçou mais e passou a mão devagar atrás da minha cabeça.

ㅡ Pelo o quê?

ㅡ Por ter te deixado sozinha, poderia ter evitado que você passasse por essa tortura. ㅡ Sua respiração estava ofegante, me desvinculei do seu abraço e olhei em seus olhos. Senti falta do seu olhar, do seu beijo...

Dei um selinho nele e o mesmo arregalou os olhos, não estava esperando por isso, na verdade, nem eu esperava ter essa reação.

ㅡ Vamos sair daqui, tenho que chamar a policia. ㅡ Axel pegou em minha mão e entrelaçou nossos dedos, aquilo me deixou um pouco... estranha?

Não sei, mas queria ficar assim com ele, sempre.

Não sei, mas queria ficar assim com ele, sempre

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