Capítulo 29

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ㅡ AAAAAAAA. ㅡ Peguei um susto quando acordei e vi Axel deitado ao meu lado, ele abriu os olhos devagar e deu um sorriso ladino que me irritou profundamente.

Onde eu estava com a cabeça quando pedi que ele dormisse aqui no meu quarto ontem? tenho que parar de agir com a emoção.

Meu Deus, o beijo.

Eu e Axel nos beijamos e só agora está caindo a ficha, parece até que fiquei bêbada.

ㅡ Tava bom demais pra ser verdade.
ㅡ Axel resmungou e virou o rosto para o outro lado. ㅡ Espero que se lembre que foi você que pediu pra eu dormir aqui. ㅡ Resmungou de novo com a voz cheia de sono.

ㅡ Sofia, ouvi você gritar e... ㅡ Lívia parou na porta do quarto e os seus olhos iam se arregalando a medida que ela sorria. ㅡ Meu Deus, o negócio está mais sério do que pensei. ㅡ Ela andou depressa até nós. ㅡ Porque não me falaram que estão namorando?

ㅡ O QUE? Não estamos namorando.
ㅡ Peguei a muleta do lado da cama.
ㅡ Axel, convide-se a se retirar. ㅡ Fiquei de pé e estava aguardando que ele levantasse, só aí notei que ele estava sem camisa e no quanto suas costas eram bem desenhadas.

Não, não posso pensar isso.

ㅡ AXEL, SAI DA MINHA CAMA. ㅡ Gritei com ele, só assim para ele me escutar.
ㅡ Temos que sair e eu não vou falar com você de novo. ㅡ Cruzei os braços enquanto ele se espreguiçava. Axel se levantou devagar e saiu do quarto sem dizer uma palavra.

ㅡ Ok, o que está acontecendo? ㅡ Lívia se sentou na minha cama com as pernas cruzadas aguardando uma resposta.

ㅡ Nos beijamos. E... isso meio que mexeu comigo. ㅡ Sentei ao seu lado, minha perna nem doía mais, acho que vou deixar essa muleta antes do esperado. ㅡ Foi ontem e foi... diferente dos caras que já fiquei, Axel desperta em mim coisas que eu nunca senti com alguém, amor e ódio ao mesmo tempo.

ㅡ Então... você não acha que esta se apaixonando por ele? ㅡ A olhei incrédula assim que finalizou sua pergunta.

ㅡ O quê? não, o amor não existe, Lívia.
ㅡ Me levantei e fui para o banheiro tomar meu banho, daqui a pouco vamos até a escola da filha da Lizzy.

ㅡ Existe sim, mas você prefere se fechar porque tem medo de se machucar. E eu não julgo, todos nós temos esse medo.

ㅡ Ô Lívia, eu não sinto nada por ele e espero muito que você entenda isso, nunca vai haver nada entre eu e ele.
ㅡ Sorri para ela tentando convencer a si mesma daquilo.

ㅡ Você é insuportável as vezes, sua antiromance. ㅡ Ela saiu do quarto bufando. Até parece que nós dois daríamos certo algum dia.

[...]

ㅡ É aquela ali. ㅡ Apontei para fora do carro onde uma garota de cabelo com mechas azuis saía da escola sozinha.
ㅡ Vai atrás dela e para bem na frente.
ㅡ Axel fez o que eu mandei e avançou com o carro parando na frente da garota. Abri a porta e desci com um pouco de dificuldade, aquela muleta mais atrapalhava do que ajudava.

ㅡ Maya? ㅡ Seus olhos se arregalaram um pouco quando me ouviu, ela pareceu ser uma garotinha bastante assustada. ㅡ Me chamo Sofia Cooper e sou advogada da sua mãe. ㅡ O brilho nos olhos dela voltou aos poucos, havia esperança ali, talvez esperança de ainda poder ser feliz.

E eu queria ajudá-las, muito.

ㅡ Minha mãe me falou de você. ㅡ Falou baixinho, quase não pude escutar.
ㅡ Mas... tenho medo que meu pai me veja com você.

ㅡ Não se preocupe, tenho autorização para falar com você. ㅡ Sorri amigavelmente. ㅡ Preciso que você colabore, já que quer ficar com sua mãe. Vai me ajudar? ㅡ Peguei em sua mão e apertei forte, ela hesitou por um momento mas logo balançou a cabeça confirmando. ㅡ Que tal um café?
ㅡ Levei-a até meu carro, ou melhor, o carro de Axel.

ㅡ Para onde vamos? ㅡ Ele perguntou e olhou pelo retrovisor para Maya e sorriu. ㅡ Oi.

ㅡ Oi. ㅡ Ela sorriu também. ㅡ Vocês são namorados? - Eu estava tomando água e comecei a tossir, ela me pegou desprevenida.

ㅡ Não, Maya. Ninguém suporta a Sofia por muito tempo. Sou apenas segurança dela. ㅡ Ele sorriu convencido e começou a conversar com Maya como se fossem amigos a anos.

Paramos na cafeteria mais próxima que tinha, precisava ganhar a confiança dela para fazê-la falar. Até agora ela parece estar bem segura com a gente.

ㅡ Maya, entra e escolhe que eu quero dar uma palavrinha com o meu segurança. ㅡ Ela deu um sorriso como se eu tivesse segundas intenções com Axel, essa menina é demais.

ㅡ Não se preocupe. ㅡ Assim que ela saiu me virei para Axel que para a minha surpresa já estava bem próximo de mim.

ㅡ Então quer dizer que ninguém me suporta por muito tempo, né? ㅡ Me aproximei mais dele, toquei em seu pescoço e senti o seu corpo ruborizar.
ㅡ Mas não foi isso que você demonstrou ontem, não é? ㅡ Aproximei minha boca da dele, fazendo menção de beijá-lo, mas, fui surpreendida por ele que me imprensou contra o carro e simplesmente me beijou.

Eu não estava preparada para aquilo.

E eu não sei porque, mas não queria que ele me soltasse.

O seu beijo me fez derreter, parecia que eu estava nas nuvens. Sua mão apertava minha cintura devagar enquanto nossas línguas dançavam em perfeita sincronia. Parece que o mundo ao nosso redor parou e só existia eu e Axel ali. Finalizamos nosso beijo com vários selinhos, mas eu não queria que acabasse.

ㅡ Espero que entenda que não é bom ficar me provocando, Cooper.
ㅡ Sussurrou em meu ouvido. ㅡ Eu não resisto a você.

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