•Bônus•

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Bruna 🎡

Acordei, sentindo uma pressão sob a minha barriga e girei o olhar pelo o local, agoniada com a situação até notar que estava em uma maca no hospital.

Os médicos que me cercavam, me levaram até uma sala branca e cheia de luzes, tentei colocar a mão sob o meu abdômen para sentir algo, mas fui impedida por uma mulher.

-Vai ficar tudo bem. -Murmurou baixo. -Você está no hospital e aparentemente entrando em trabalho de parto.

Bruna : Mas...não é a hora ainda, tem o meu marido e... -Fui interrompida por uma série de acontecimentos e com o avanço do medicamento no meu organismo eu comecei a ficar um pouco desnorteada.

Lembrei de tudo o que aconteceu, remoendo todos os sentimentos existentes dentro de mim. A forma como o Danilo me olhou não saia da minha mente...eu era um monstro, havia tirado a vida de uma pessoa importante para ele.

Meu peito doía, clamava por não ter ele por perto e conseguir explicar, mas como? Explicar o que? Nada nesse mundo vai ser capaz de fazer um dia ele me perdoar por todo o mal que eu causei. Eu matei uma pessoa, tirei a vida de quem ele amava.

Lobão 🐺

Estava palmeando uma das bocas quando escutei diversos disparos, meu corpo reagiu na intenção de fuga, mas meu parceiro, quando a adrenalina passou e eu olhei para trás vi o corpo da Laura caindo no chão.

Saquei a peça no intuito de retribuir, mas notei a Bruna no último degrau da viela, tremendo e observando a palma das mãos. O sangue da irmã que eu tanto amei se espalhava em uma poça ao redor do seu corpo, e no papo reto? Eu não sabia o que fazer.

Lobão : Laura, fala comigo, Laura! -Mexi no maxilar dela, mas era em vão né meu parceiro? Peito doeu mermo, pra caralho, e eu passei a mão sob o rosto pra tampar os olhos dela. -Eu te amo, pô. -Senti as lágrimas descerem, e era uma das piores sensações que eu já havia sentindo, sem caô.

Os caras foram descendo e eu sem acreditar, perdido no bagulho. Quando chegaram para tirar o corpo dela uma arma caiu, franzi a testa sem entender, mas antes de qualquer ação partindo de mim o Pierre pegou, enfiando no coldre.

Pierre : Puta que pariu. -Tirou o rádio do bolso. -Aciona os cara aqui pra dezessete, parada séria pra desenrolar.

Geral recuou no confronto, mas o que continuava no meu coração não estava nem perto de acabar. Minha irmã, porra! A que eu sempre cuidei e amei, quem eu protegi a minha vida toda.

A imagem da Bruna retornava na minha mente em um ciclo sem fim, ao mermo tempo que eu via ela como minha mulher e mãe da minha filha, enxergava como se ela fosse uma filha da puta do caralho, que destruiu o que restava da minha família.

(…)  Algumas horas depois.

Pierre : Porra, Lobão! -Parou na minha frente, falando alto pra caralho e eu virei o rosto pra não deixar a raiva subir pra cabeça e meter um murro no rosto dele. -Qual foi? Tua irmã na intenção de te matar e você nessa? Caralho irmão, que se foda, ter consideração por quem não tá nem ai pra você? Nesse mundo é assim.

Dani : É difícil, Pierre...mas infelizmente é irmã dele. -Murmurou baixinho e eu passei a mão no rosto. -Tem que ter calma também, por mais que seja difícil.

Vivência [M] Where stories live. Discover now