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Bruna 🎡

Lobão : Pô minha loira, eu não quero ficar nessa situação contigo, sabe que a neurose vai ser sempre a mesma. -Me puxou e eu apoiei o meu rosto no peito dele. -Desgaste por coisa besta.

Bruna : Eu sei. -Passei a mão no meu rosto e ele beijou a minha testa. -Posso te pedir uma coisa?

Lobão : Até duas, pô, se não tiver no meu alcance eu faço o que for preciso pra estar. -Eu sorri, ficando de frente pra ele.

Bruna : Sabe aquele dinheiro que você mandou aquele dia e eu chamei de migalha antes de devolver? Então, era brincadeirinha. -Ele começou a rir. -Eu tô falando sério, vai dar pra pagar a parcela de uma bolsa que eu quero muito!

Lobão : Fica esperta, garota! Amanhã você me fala qual é. -Sorri animadinha e puxei o rosto dele, nos beijamos e o celular dele tocou, ele atendeu por ser um dos meninos e eu continuei depositando vários beijinhos pelo rosto dele. -Jae pô, eu broto ai em uma hora.

Franzi a testa e ela continuou conversando por um tempo, desligou e eu fuzilei ele com os olhos.

Bruna : Onde você pensa que vai, com essa perna? -Questionei. -Você precisa ficar de repouso, ouviu o que o médico falou.

Lobão : Se eu ouvir tudo o que esses cara fala, tô morto pô! Preciso dar andamento em umas questões ai.

Bruna : Você não vai sair e ponto final, Lobão! Só por hoje, tem os remédios ainda... -Passei a mão no rosto e ele resmungou qualquer coisa.

Lobão : Chata pra caralho mané, a vida não para não pô, tá achando que é mamão? -Eu revirei os meus olhos e coloquei o cabelo pra trás da orelha.

Bruna : Faz o que você quiser! Vou ir tomar o meu banho. -Levantei e procurei as minhas coisas, peguei um conjuntinho de blusa e shortinho de renda.

Demorei um tempo e aproveitei para lavar o meu cabelo, passei uns perfumes que estavam no banheiro e enrolei os meus fios na toalha.

Lobão : Troca de roupa ai. -Falou quando eu sai do banho, e eu apoiei a minha mão na cintura sem entender.

Bruna : Por que? -Falei, e caminhei até a cômoda, pra apoiar os produtos que estavam no braço.

Lobão : Os cara vão vir ai. -Murmurou baixo e eu franzi o cenho, demonstrando que não havia escutado. -Ta surda, porra? Falei que os moleques vão vir aqui.

Bruna : Ih! Se enxerga! -Gritei alto. -Ta achando que tá falando com quem? E eu em, se toca! Fala pra fora então, igual gente. -Bati com a minha mão na coxa e ele me puxou com o braço.

Lobão : Você é surdona, pô! Sempre que eu falo os bagulho fica ai, "An? O que? Fala de novo, não entendi.". -Me imitou, afinando a voz. -Tira o pau do ouvido!

Deixei um tapa forte no braço dele, que mordeu a volta do meu ombro. Meu celular começou a tocar e era a Dani.

Dani : Tá fazendo o que? -Perguntou e eu respondi que nada. -Bora tomar uma então, vou passar ai, tá na sua casa ou na do Lobão?

Bruna : No Lobinho! -Respondi, dando uma piscadela pro meu bofe que puxou o meu cabelo com força. -Para. -Afastei o celular da minha boca e tampei o viva voz. -Assim só na cama.

Ele começou a rir e eu levantei, terminando de falar com ela. Fui me arrumar e coloquei um dos vestidos que estavam aqui. Passei um óleo nas pontas dos fios loiros e calcei a papete.

Lobão : Tá indo pra onde? -Perguntou e eu respondi. -Vai demorar? -Eu dei de ombros.

Bruna : Quando você terminar me fala que eu venho, quer que eu faça algo antes? -Virei na direção dele.

Lobão : Não, só vou subir umas garrafas de cerveja pro freezer e pegar qualquer parada no armário, boto fé que não vai demorar. Vai colar ai só o Pierre, e outros dois que você não tá ligada quem é.

Bruna : Cuidado com as companhias. -Me aproximei, deixando um selinho demorado nele, que apoiou a mão na minha cintura, mas no final das contas ele levantou e me acompanhou até a cozinha.

Enquanto a Dani não chegava, coloquei uns litros de cerveja no congelador e tirei algumas coisas de comer que dava pra acompanhar.

Bruna : Ela chegou meu bem, tô indo! -Dei outro beijo nele e coincidiu de eu abrir a porta e dar de cara com os meninos. -Oi, boa noite! Pode entrar!

Dei licença pra eles passarem, que só balançaram a cabeça pra me cumprimentar, exceto o Pierre.

Pierre : Sua amiga? -Apontou com a cabeça pra Dani, que estava do outro lado da calçada. -Dar um caldo, em.

Bruna : Quem? -Perguntei e ele mostrou ela com a cabeça outra vez. -Te perguntou alguma coisa! -Sorri cínica. -Se enxerga, né Pierre, vai caçar seu rumo, vai!

Eu fechei a porta e desci as escadas correndo. Sorri de canto a canto pra minha amiga linda e cruzei os nossos braços, descemos a viela e paramos na tia Ana.

Pegamos a mesa de fora, e pedimos um litrão se brahma com alguns petiscos. Conversa vai, vem, outra cerveja, um drink aqui, outro ali.

Bruna : Alguns colegas do Lobão foram lá pra casa dele... -Murmurei, mordendo o cantinho da minha unha.

Dani : Eu vi. -Falou, apoiando o rosto na mão e eu sorri. -O que foi, Bruna?

Bruna : Nada, quer passar comigo lá? Quando a gente vou embora? -Ela cruzou os braços. -Só uma sugestão, e eu em!

Dani : An, louca! -Neguei com a cabeça e pedi outra. Comentamos sobre algumas coisas do salão e sobre o dia a dia.

Decidimos ir embora pra não ficar muito tarde e no caminho eu vi o Kaue passando por um dos becos. Segurei o braço da Dani e afastei, pra conseguir visualizar. Ele foi em direção a casa do Lobão e eu estranhei, principalmente quando passaram outros três caras que eu nunca havia visto antes, com fuzis atravessados.

Dani : O que foi, Bruna? -Perguntou, e eu passei a mão no rosto, ficando apreensiva.

Bruna : Porra, Daniele! -Respirei fundo, estalando os meus dedos. Tirei o meu celular, discando o número do Lobão. -Bora sair daqui, corre. -Resmunguei quando outros caras começaram a passar.

A bichinha ficou doida, e sem entender nada. Eu corria, e ela atrás. Continuei a ligação, pra vê se dava alguma coisa e entrei em uma das bocas, os meninos estranharam e eu sentindo o meu peito arder em dor!

Vivência [M] Où les histoires vivent. Découvrez maintenant