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Lobão 🐺

Ela me empurrou, de leve e saiu do meu colo, arranhando o meu pescoço antes. Neguei com a cabeça vendo ela ajustar o vestido.

Bruna : Tô te dando muita colher de chá, não sei se ta merecendo tudo isso. -Falou e eu ri, passando a mão no rosto.

Lobão : E que que eu preciso fazer? Pra merecer? -Perguntei e ela deu de ombros, sorrindo.

Bruna : Não sei, lobinho! Faz o teu -Falou rindo, me empurrando pelo ombro e eu ri. Garota alugava um prédio na minha mente, papo reto.

Meu celular tocou e era o K3, mas ele logo desligou. Foi chegando as mensagens e eu abri, lendo uma por uma.

"tem alemão ai no prédio porra, tão atrás de você. tô mandando uns cara pra ai mas não vai dar tempo, fica na ativa e libera a Bruna, se pegar vão levar ela."

Ele falou no áudio e a Bruna arregalou os olhos. Negou com a cabeça e eu já fiz o esforço de levantar.

Bruna : Ta maluco, cara? -Perguntou. -Sem condições tu arredar o pé daqui. Vão te arrastar.

Lobão : Desce, que eu dou meus pulos. -Falei pegando minha arma e colocando o silenciador. -Entro pelos quartos ai.

Bruna : Não Lobão. -Falou enfiando na minha frente. -Não sai daqui, deixa que eu dou meu jeito. Eu resolvo. -Começou a procurar alguma coisa pelo quarto.

Lobão : Não tem o que fazer, garota, não inventa agora. Se der ruim vão te levar, tô mandando o papo. -Falei colocando minhas parada dentro da mochila, pra não encontrarem nada e pra ela foi a merma coisa de nada.

Marolei quando ela tirou a roupa dela, na minha frente e vestiu uma outra do hospital que tava lá. Soltou o cabelo e prendeu de outra forma pra ficar mais atrapalhando.

Pegou um copo de vidro ali e quebrou ele, auto se cortando no braço. Até sair o sangue. Segurei ela pelo ombro, que se sujou com o sangue no rosto e coxa.

Lobão : Ta maluca, porra? -Perguntei boladão. -Qual foi, garota?

Bruna : Não sai daqui, ta entendendo? -Perguntou e eu neguei com a cabeça sem entender a intenção dela. -Tô falando sério Lobão, não sai.

Bruna 🎡

Sai do quarto e desci pela escada, trombei com um dos policiais e fiz a maior cena, de choro. Ele me segurou pelo braço e veio outro logo atrás.

Bruna : Um homem louco, me pegou e...

-Que homem, senhora? -Questionou e eu sentei no chão, fazendo a maior cara de dor.

Bruna : Eu estava no quarto e ele entrou, pra fugir, não sei. -Passei a mão no meu rosto. -Eu tentei reagir e ele me machucou, com uma faca, não sei. -Murmurei.

-E pra onde ele foi? -Perguntou e eu neguei com a cabeça, sentindo o meu antebraço arder, pelo corte.

Bruna : Eu tava no quinto andar, ele, ele...colocou uma toca e desceu pela saída de emergência, da área, vi ele entrar por la. -Ele concordou com a cabeça e me segurou. Ligou o rádio e começou a dar ordem para os outros policiais.

"quero que todo mundo desça e faça o paredão pelas saídas de emergência, ouviram? Evacuem o terceiro e o quarto agora, todos. Estou com uma vítima dele."

Ele falou e eu comprimir os meus lábios, abaixando o meu rosto. Ele deu a ordem para um dos policiais ficarem comigo e o outros desceram.

-A senhora ta bem o suficiente? Pra ficar aqui? -Perguntou calmo e eu concordei, secando o meu rosto.

Bruna : Eu tenho anemia, passei mal e precisei vir tomar uns remédios específicos, eu estava pronta pra ir embora, ganhei alta. -Fechei os olhos, como se fingisse lembrar de algo triste e ele passou a mão pelo meu cabelo.

-Vai ficar tudo bem. Quer sair daqui? Ir pra algum outro quarto? -Perguntou e eu concordei, dizendo que iria voltar para o meu.

Mostrei pra ele onde era e por sorte peguei um vazio. Disse que ia no banheiro e fui, limpei o sangue e voltei. Deitei e ele ficou me olhando com a maior cara de dó.

Bruna : Não entendo porque existem pessoas assim...tomara que tenham pego ele, porque ai sim, a justiça vai ser feita. -Ele concordou com a cabeça.

-Vai dar tudo certo. -Eu confirmei com os olhos fechados e passou maior tempo. Fui despertar quando ouvi o rádio dele.

"aborta a missão, não encontramos, aparentemente ele conseguiu fugir com um dos seus comparsas."

Fiquei aliviada e neguei com a cabeça, o policial disse que iriam conseguir fazer justiça e eu confirmei.

Bruna : Eu já consegui falar com o meu marido, vou ficar bem. -Falei, agradecendo ele, que concordou.

-A senhora tem certeza que não quer ninguém pra fazer um curativo melhor? Colocou essa faixa, mas pode infeccionar.

Bruna : Aparentemente não machucou muito, moço. Coloquei pra não ficar exposto. Mas assim que tudo voltar ao lugar e a enfermeira vim, eu peço ela pra fazer um melhor.

-Tudo bem, espero que a senhora fique bem. Obrigado. -Concordei, agradecendo e ele saiu. Bufei irritada e logo menos outro deles voltou, o chefe.

Perguntou se eu podia ir a delegacia pra prestar queixa e comprovar a operação deles. Não tinha nem como recusar, né? Como eu falaria um não? Disse que sim, mas que estava sem roupa ali porque meu marido havia ido buscar outra.

Ele aceitou e eu fui daquele jeito, desci com eles, e fingir uma ligação com o meu "marido" pelo celular de um deles. Mas na verdade, liguei pro meu salão, Dani ia saber o que fazer.

Vivência [M] Onde as histórias ganham vida. Descobre agora