38 • Back to Black

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— Você sabe que a sua liberdade custará muito caro após o julgamento que está por vir no mês de março. — seus passos lentos atrás de onde Ariana estava. A falta de pressa que detinha foi capaz de eriçar os pelos da mais nova, que novamente se sentiu intimidada ao ter aquela mulher atrás de si, em silêncio. — Não há possibilidade nenhuma da senhora voltar a enxergar a luz do sol fora dessas grades por um bom tempo. — curva-se para sussurrar no pé de sua orelha: — Sua empresa e bens serão penhorados e devolvidos cada centavo com juros a mim. — ainda mantinha-se na mesma posição ao que Ariana respirava fundo, fechando vagamente seus olhos. Lauren umedeceu com a ponta da língua o lábio inferior. Sabia muito bem que estava em vantagem. — A senhora também não terá contato com nenhuma das mulheres da minha empresa, pois farei questão de mandá-las para outros presídios diferentes do da senhora. Estará sozinha, finalmente. — Michelle riu nasal para que o calor do hálito tocasse a bochecha da outra. Novamente Ariana sentindo a corrente elétrica que fizera arrepiar seus pelos minutos atrás. — Compreender a sua situação deve ser difícil, até porque a senhora é uma moça muito jovem, de apenas 26 anos, que tinha muito talento e uma vida inteira para trilhar.

Usar da persuasão era uma de suas principais táticas. Talvez a menor não se encontrasse arrependida dos crimes que cometeu — bom para Lauren, que também não veio para a penitenciária em busca de conceder perdão.

Queria apenas lembrar Ariana algum motivo que a fizesse ter a ânsia de voltar a viver em liberdade. Precisava de apenas um motivo para usá-lo a seu favor. Portanto, começou utilizando de sua pouca idade: 26 anos.

— Infelizmente atitudes mal pensadas geram consequências permanentes, e a senhora está na América, Srta. Grande. Se depender do nosso rígido e justo sistema jurídico, a senhora vai apodrecer nesta prisão, além de deixar seus pais a mercê, dado que a senhora é filha única, não possui contato com outros familiares e eles dependerão exclusivamente da aposentaria que recebem para manter o aluguel da nova casa que terão que se hospedar.

Preparou um prato cheio, misturando as cartas que tinha em prol de fazer Ariana pensar e se martirizar ainda mais. Se não fosse por perder anos de sua vida em uma cadeia, talvez poderia aceitar pelos pais, não é mesmo...?

— Oh, e sem falar dos demais custos médicos e de subsistência para sobreviver, cujo são muito caros por estarmos numa região bem localizada como Miami.

Edward e Joan eram pessoas maravilhosas. Joan, a mãe de Ariana, possuía sessenta anos, enquanto o pai, sessenta e sete. A gravidez tardia se deu devido aos problemas de infertilidade de Joan. Após duas tentativas fracassadas, conseguiram ter sua primogênita ao qual tinham tanto orgulho.

No dia 25 de novembro, dia do falacimento do pai de Lauren, eles souberam pelos jornais sobre a prisão de sua filha. Desconheciam motivos que levara Ariana, uma filha tão dedicada e disciplinada, a praticar tais crimes.

— Meu acordo é simples e por ser simples, exijo uma resposta imediata. — Ariana novamente abaixou a cabeça, desejando apenas escutá-la. — A senhora confessa os crimes que fez e polpa o seu e o meu tempo até o dia do tribunal, ao qual pode aumentar ainda mais a sua pena após constatada a verdade. — caminhou até a outra parte da sala, ficando à frente de Ariana. As duas mãos e barriga delicadamente se escorando na mesa, ao qual Lauren também se curvou para a outra. — Desejo também que pare de influenciar as minhas ex-funcionárias. — isto ela sussurrou. Sussurrou como um sopro. Olhando para o rosto de Ariana. — Hora ou outra a verdade virá à tona, e elas se sentirão sozinhas, assim como a senhora está se sentindo agora. — mordiscou o lábio inferior, sorrindo indignada da covardia da outra mulher ao não ser capaz de mirá-la nos olhos. — E você sabe, Srta. Grande, que uma pessoa que se vê indefesa e desesperada é capaz de tudo, inclusive contar toda a verdade durante um julgamento, manchando de uma vez por todas as suas possibilidades de sair dessa espelunca. — ainda estava escorada com as mãos na mesinha, encarando Ariana enquanto falava em baixo e bom tom. — Há muitas mulheres indecisas e oportunas ao seu lado. Da mesma maneira que me traíram para conseguir alguma vantagem com a senhora, elas podem fazer isso com você. — Ariana continuou em silêncio, mirando seus pés ou chão.— Em pé de acerola não nasce morango, não é mesmo? — Lauren riu nasal, ao fim, voltando a postura correta na sala, em pé, onde aproveitou para jogar suas mechas para à direita. Estava se divertindo no diálogo, era fato. — Tenho certeza que será vantajoso para a senhora acabar de uma vez por todas com esse processo, trazendo aos olhos do juiz o seu arrependimento que pode lhe resultar em menos anos aqui dentro.

A Amante do Meu Marido (Concluída)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora