Loretta Clark estava vivendo a sua vida afundando-se em livros de romance e esperando o seu príncipe encantado surgir. Isso até alguém parecer, no entanto, Jungkook estava bem longe de ser um príncipe: tinha tatuagens por todo o corpo, brincos e pie...
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Dia Seguinte Domingo. Três de Abril
Assim que abro os olhos, a claridade do cômodo em que estou, me faz fechá-los novamente e acabo resmungando. Permaneço de olhos fechados, na medida em que sinto todo o meu corpo doer, principalmente as minhas pernas e, também, a região da minha intimidade. Respiro profundamente e crio coragem para abrir os olhos outra vez. Os raios solares estão por todo canto do quarto, iluminando o local. Levanto o corpo e olho para os lados, à procura do Jeon. No entanto, tudo que vejo são minhas roupas jogadas no chão.
Um sorriso preenche os meus lábios e fico sorrindo como uma verdadeira bobona ao me lembrar da noite anterior e de como Jungkook foi carinhoso comigo. Esse seu lado eu não conhecia até então e eu gostei. Gostei muito. Logo sinto um tremendo rubor em minhas bochechas e uma quentura no peito. Tudo por causa dele. São sensações únicas e que também trazem um gigantesco frio na barriga. É a primeira vez que me sinto assim em relação a um homem. Jeon Jungkook é o meu primeiro. À minha primeira vez, o meu primeiro beijo.
O primeiro em absolutamente tudo.
Ainda me pergunto sobre como chegamos até aqui. Várias dúvidas rondam os meus pensamentos nesse momento. Quando o conheci, naquela noite no galpão, eu o odiei. Meu estômago revirou várias vezes e quase vomitei. Ainda me lembro perfeitamente das suas palavras naquela noite, carregadas de arrogância, onde ele dizia que jamais ficaria com uma virgem.
E uau... olha só onde estou, enrolada nos lençóis que nós dois passamos à noite.
Curioso, não?
Respiro fundo e decido afastar tais lembranças, pois esse assunto não me faz bem e não é justo ficar remoendo o passado, quando passamos por cima das suas palavras. Solto um bocejo e aos poucos os meus olhos vão se acostumando com a claridade do quarto. Acredito que eu esteja em uma profunda paz, já que apesar das minhas dores musculares, sinto a minha alma leve como uma pluma. Antes que eu consiga levantar da cama, ouço passos se aproximarem e não demora até que eu veja Jungkook atravessando a porta, carregando consigo uma bandeja.
Meu Deus...
Que visão!
Ele está trajando somente a calça preta da noite anterior, a qual é extremamente justa nas pernas, deixando ambas visivelmente torneadas. Engulo a pequena quantidade de saliva que se acumulou em minha boca e ergo o olhar, encarando-o nos olhos. Meus batimentos cardíacos aumentam apenas com essa troca de olhares.
— Bom dia, gatinha.
Sua voz rouca soa por todo o cômodo e ao chegar aos meus ouvidos, uma corrente elétrica percorre o meu corpo.
Gatinha? Essa é nova.
Sorrio e agarro o lençol com um pouco mais de força, buscando cobrir a minha nudez. O rubor em minhas bochechas se intensifica.
