Loretta Clark estava vivendo a sua vida afundando-se em livros de romance e esperando o seu príncipe encantado surgir. Isso até alguém parecer, no entanto, Jungkook estava bem longe de ser um príncipe: tinha tatuagens por todo o corpo, brincos e pie...
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Cinco Dias Depois Sábado. Dois de Abril
Termino de engolir as minhas torradas e coloco o prato vazio na pia, correndo para o meu quarto em seguida. Preciso me arrumar para ir até o hospital, pois hoje o Jungkook vai receber alta e eu quero estar lá com ele quando isso acontecer. Vou diretamente para o banheiro, onde escovo os meus dentes e retorno para o cômodo anterior. Como o tempo está fresco, posso colocar um moletom perfeitamente e um dos meus tênis. Enquanto me visto, penso em tudo que aconteceu nesses últimos dias e o quanto tenho ficado próxima de Jeon Jungkook. Eu o visitei todos os dias no hospital.
Sem falta.
Muitas vezes assisti as enfermeiras trocarem o seu curativo e, além disso, flertar com o paciente bem na minha frente. Não posso negar que eu odiei vê-las tocando o corpo dele, por mais que realmente fosse preciso. É o trabalho delas, contudo, muitas se aproveitaram disso. Quase não consegui disfarçar o meu semblante de tédio e de raiva ao mesmo tempo. Eu senti o meu coração doer. Não foi fácil, mas felizmente hoje ele poderá ir para a sua casa. Taehyung me disse que o Jeon só não foi embora do hospital, porque ele o aconselhou bastante e ainda completou dizendo que era por minha causa também.
Porque assim eu poderia visitá-lo todos os dias, já que seria diferente se o Jeon estivesse em sua própria residência.
Eu não consegui ir para a escola nos dois dias seguintes ao acontecido, por mais que eu não goste de faltar, tive que ficar em casa. Confesso que ainda estou traumatizada em relação ao tal Jack e me alivia saber que ele está preso e que não vai sair tão cedo da cadeia.
— Vai sair, irmã? — Emma entra no quarto, me questionando.
— Vou sim. — Borrifo perfume em meu pescoço e pulsos. — O Jungkook vai ter alta hoje. Eu quero estar lá com ele. — Explico sob o olhar da mais velha.
— Entendi. — Abre um pequeno sorriso. — Está gostando dele, não está? — Pergunta, sentando-se no colchão.
— Acho que sim. — Mordo o lábio inferior ao dizer. — Nós ficamos muito próximos e ele tem sido muito legal e protetor comigo nesses últimos dias. — Relato, deixando um sorriso bobo escapar.
— Sempre vou torcer pela sua felicidade, Lory. Você sabe disso e se está feliz, eu também estou. — Me conforta com as suas palavras.
Sorrio.
— Obrigada, irmã. De verdade. — Vou até ela e nós compartilhamos um abraço apertado e cheio de carinho. — Estou sentindo falta do papai essa semana. Ele está cobrindo praticamente todos os amigos dele. — Suspiro ao dizer.
— Acho que é a forma que ele encontrou para "aceitar" que a princesinha dele está crescendo. — A loira solta um riso.
Rio fraco.
— Já estou crescida, sua chata. — Retruco.
— Eu sei, bobinha. Foi só o modo de dizer. — Ela se defende.
