Acho que nunca me senti tão nervosa quanto me sinto agora. Já fazem alguns minutos desde que Emma e eu entramos no táxi e desde então, o meu corpo tem reagido de uma forma estranha. Minhas mãos estão suando frio, minhas pernas tremem a cada esquina que o taxista vira e sinto a minha cabeça rodar, além de tudo isso, meu coração parece estar batendo na minha garganta. Estou uma confusão total.
Diferentemente de mim, a garota ao meu lado, canta alegremente e tropeça algumas vezes na letra da música Happier do Marshmello. Emma está um pouco alterada e reconheço através do tom de sua voz. Não foi uma boa ideia deixá-la me arrastar para o galpão. Não mesmo. Eu deveria ter insistido mais para que ela ficasse, mas sei que não adiantaria de nada. Quando a minha irmã deseja algo, ela se esforça até conseguir.
— Esse lado da cidade é bastante perigoso e há muitos marginais soltos por aqui. — Ouço a voz do taxista. É a primeira vez que ele comenta, pois parecia muito concentrado no trajeto. — Vocês deveriam ter muito cuidado, meninas. — Aconselha.
— Vamos ter. — É tudo que consigo dizer.
Deus deve estar me reprovando agora.
Eu sei disso.
Entrego o dinheiro da corrida para o senhor de cabelos grisalhos e nós duas descemos do veículo. Encho os pulmões de ar e olho para frente, avistando o enorme galpão. O meu corpo se arrepia. Assim como da primeira vez que vim a esse lugar, consigo ouvir perfeitamente o barulho alto dos carros e muitos gritos. Emma segura a minha mão e logo após isso, estamos caminhando juntas. Até a minha respiração está tensa e a minha maior vontade é sair correndo.
Como eu gostaria de estar no meu quarto agora, comendo uma pipoquinha e assistindo um filme...
Misericórdia!
— Vamos, Lory. Se apresse. — Ela resmunga.
— Estou dando o meu melhor. — Retruco, amargamente.
Assim que atravessamos o enorme portão, meus olhos capturam duas mulheres seminuas, ambas agarradas ao Selvagem. Uma loira no lado direito e uma morena no esquerdo. Reviro os olhos profundamente e desvio o meu olhar para qualquer outro canto que não seja o dele. É impossível não me recordar da nossa "conversa" mais cedo. Esse babaca é tão intrometido e vulgar. A forma como se refere à minha virgindade é extremamente ridícula. Ele em si é ridículo.
Um brutamonte metido e tatuado.
Aliás, aparento mesmo ser uma inexperiente?
— Princesa!
Ouço a voz de Taehyung e logo ele está em nossa frente, agarrando a sua namorada.
— Oi, meu amor! — A loira exclama animada, nos braços do seu amado.
Respiro fundo e encaro os meus pés.
— Oi Lory. Como vai? — O Kim me cumprimenta, sempre com um sorriso quadrado.
YOU ARE READING
𝐒𝐄𝐋𝐕𝐀𝐆𝐄𝐌, 𝘑𝘦𝘰𝘯 𝘑𝘶𝘯𝘨𝘬𝘰𝘰𝘬
RomanceLoretta Clark estava vivendo a sua vida afundando-se em livros de romance e esperando o seu príncipe encantado surgir. Isso até alguém parecer, no entanto, Jungkook estava bem longe de ser um príncipe: tinha tatuagens por todo o corpo, brincos e pie...