5. Galpão

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Acho que nunca me senti tão nervosa quanto me sinto agora

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Acho que nunca me senti tão nervosa quanto me sinto agora. Já fazem alguns minutos desde que Emma e eu entramos no táxi e desde então, o meu corpo tem reagido de uma forma estranha. Minhas mãos estão suando frio, minhas pernas tremem a cada esquina que o taxista vira e sinto a minha cabeça rodar, além de tudo isso, meu coração parece estar batendo na minha garganta. Estou uma confusão total.

Diferentemente de mim, a garota ao meu lado, canta alegremente e tropeça algumas vezes na letra da música Happier do Marshmello. Emma está um pouco alterada e reconheço através do tom de sua voz. Não foi uma boa ideia deixá-la me arrastar para o galpão. Não mesmo. Eu deveria ter insistido mais para que ela ficasse, mas sei que não adiantaria de nada. Quando a minha irmã deseja algo, ela se esforça até conseguir.

— Esse lado da cidade é bastante perigoso e há muitos marginais soltos por aqui. — Ouço a voz do taxista. É a primeira vez que ele comenta, pois parecia muito concentrado no trajeto. — Vocês deveriam ter muito cuidado, meninas. — Aconselha.

— Vamos ter. — É tudo que consigo dizer.

Deus deve estar me reprovando agora.

Eu sei disso.

Entrego o dinheiro da corrida para o senhor de cabelos grisalhos e nós duas descemos do veículo. Encho os pulmões de ar e olho para frente, avistando o enorme galpão. O meu corpo se arrepia. Assim como da primeira vez que vim a esse lugar, consigo ouvir perfeitamente o barulho alto dos carros e muitos gritos. Emma segura a minha mão e logo após isso, estamos caminhando juntas. Até a minha respiração está tensa e a minha maior vontade é sair correndo.

Como eu gostaria de estar no meu quarto agora, comendo uma pipoquinha e assistindo um filme...

Misericórdia!

— Vamos, Lory. Se apresse. — Ela resmunga.

— Estou dando o meu melhor. — Retruco, amargamente.

Assim que atravessamos o enorme portão, meus olhos capturam duas mulheres seminuas, ambas agarradas ao Selvagem. Uma loira no lado direito e uma morena no esquerdo. Reviro os olhos profundamente e desvio o meu olhar para qualquer outro canto que não seja o dele. É impossível não me recordar da nossa "conversa" mais cedo. Esse babaca é tão intrometido e vulgar. A forma como se refere à minha virgindade é extremamente ridícula. Ele em si é ridículo.

Um brutamonte metido e tatuado.

Aliás, aparento mesmo ser uma inexperiente?

— Princesa!

Ouço a voz de Taehyung e logo ele está em nossa frente, agarrando a sua namorada.

— Oi, meu amor! — A loira exclama animada, nos braços do seu amado.

Respiro fundo e encaro os meus pés.

— Oi Lory. Como vai? — O Kim me cumprimenta, sempre com um sorriso quadrado.

𝐒𝐄𝐋𝐕𝐀𝐆𝐄𝐌, 𝘑𝘦𝘰𝘯 𝘑𝘶𝘯𝘨𝘬𝘰𝘰𝘬Where stories live. Discover now