10. Vícios

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Ponto de Vista Jeon Jungkook

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Ponto de Vista Jeon Jungkook

Corridas, cigarros, festas, mulheres e bebidas.

Frequento rachas desde os meus treze anos de idade e no momento em que completei quinze, comecei a disputar com os meus amigos. No início era por diversão, apenas isso. No entanto, todo esse ciclo começou a me trazer muitos vícios e benefícios também. Então dei início à farra, como qualquer outro adolescente que deseja descobrir os prazeres da vida. Fugi de policiais, cometi pequenos furtos, me droguei, comi mulheres sem nem mesmo saber os seus nomes, bati em alguns caras, bebi até esquecer o meu nome e fiz tatuagens pelo corpo.

Uma algazarra total.

A melhor parte, com toda certeza, foi ter me tornado alguém extremamente competitivo e cobiçado pelas mais belas mulheres. Sexo é vida e já fodi tantas gostosas em uma noite apenas, que meu pau chegou a implorar por um descanso. A sala estava cheia em uma das minhas primeiras fodas. Loiras, morenas, ruivas. O cardápio estava deliciosamente recheado e pensei que não daria conta de todas. Era o meu "prêmio" por ter vencido Jason Malone, um dos melhores competidores dos rachas em que participei no início. Ainda era um garoto de dezessete e Jason estava na casa dos vinte.

Ele era o melhor.

O mais rápido, o mais sábio e o mais temido.

No entanto, eu o venci e não parei de vencer desde aquele dia. Fui me aperfeiçoando a cada manobra, destruindo sem piedade qualquer obstáculo que entrasse na minha frente para me tornar como Malone. De iniciante, saltei para o competidor mais respeitado entre todos os outros. Antes mesmo de completar dezoito, eu já tinha uma pequena fortuna, graças ao dinheiro dos rachas. Não me importava se era dinheiro sujo ou não, apenas desfrutava do luxo e das mulheres que toda a grana trazia consigo. Bebidas, mulheres e corridas. Esses sempre foram os meus maiores vícios.

O desejo dos meus pais era que eu entrasse em uma boa faculdade e tomasse frente nos negócios da família, ou seja, trabalhasse na empresa, de terno e gravata, como um verdadeiro engomadinho.

Puta que pariu!

Jamais.

Esse era o plano deles, não o meu.

Desfazendo totalmente os sonhos do meu pai, doei meu corpo para uma tatuadora, muito gostosa por sinal. Meu velho odiava tatuagens e não me importei em encher o meu peito, os braços e o pescoço com algumas. Era viciante e eu não sentia nenhuma dor ao fazê-las e sim prazer. Muito prazer. Algo inabalável. A dor me deixava excitado, quase de pau duro na frente da tatuadora. Sindy era a melhor e não digo no contexto profissional, ela sabia me enlouquecer. O Sr. Jeon surtou. Como dizia a minha mãe: já não bastava as corridas ilegais, o seu único filho havia "vendido a alma para o diabo".

Uma expressão muito cafona, aliás.

O meu velho partiu depois de um infarto e tenho a plena certeza de que fui eu quem o matei. A empresa desmoronou e mudamos de Seul, na Coreia da Sul, para São Francisco, na Califórnia. Com o dinheiro da venda da empresa, minha mãe comprou uma casa em um dos melhores bairros da cidade e eu preferi um cafofo mais discreto, que tivesse uma cama bem resistente para as noitadas com as americanas e um carro potente para os rachas: um mustang vermelho. Ele é como a minha marca registrada. Ingressei em um novo País e em uma nova vida, mas com o mesmo objetivo: correr e dar o melhor de mim nas pistas.

𝐒𝐄𝐋𝐕𝐀𝐆𝐄𝐌, 𝘑𝘦𝘰𝘯 𝘑𝘶𝘯𝘨𝘬𝘰𝘰𝘬Where stories live. Discover now