Loretta Clark estava vivendo a sua vida afundando-se em livros de romance e esperando o seu príncipe encantado surgir. Isso até alguém parecer, no entanto, Jungkook estava bem longe de ser um príncipe: tinha tatuagens por todo o corpo, brincos e pie...
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Depois de dançarmos duas músicas seguidas, Jungkook interrompeu o nosso contato no momento em que o seu celular começou a tocar. Ele me disse que iria atender e que voltava em seguida. Agora estou no banheiro feminino, olhando o meu reflexo no espelho e buscando controlar as batidas frenéticas do meu coração. Eu nunca estive tão próxima assim de um homem. Nunca fui tocada com tanta ânsia. A verdade é que me senti como uma princesa em seus braços, como se nada pudesse chegar até mim para me atingir.
Ele é o primeiro que faz eu me sentir dessa forma.
Lavo minhas mãos com o sabonete líquido e me preparo para retornar para à festa. Preciso encarar os meus familiares. Preciso encarar o papai, pois o mesmo me viu dançando com o Jeon e com certeza exigirá uma boa explicação. Também preciso encarar o selvagem e todas as sensações que ele me causa, as quais não são poucas. Respiro profundamente e saio do banheiro em passos rápidos, me equilibrando sobre os saltos e ouvindo o barulho irritante que eles fazem assim que tocam o chão brilhante do salão. Vejo o tatuado próximo a porta, com os braços cruzados e olhando na minha direção.
Meu peito vibra em emoção.
Me sinto intimidada com o seu olhar profundo.
Como sempre...
— Está na hora do jantar, Lory. — Emma surge em minha frente, interrompendo a minha passagem.
— Tudo bem. — Assinto com a cabeça. — Eu só preciso ir até o Jungkook. — Informo, ansiosa para estar perto dele novamente.
A loira suspira.
— Tem certeza? — Indaga, receosa.
— Tenho. — Afirmo.
Dou um leve abraço na mais velha e continuo o meu trajeto, desviando das mesas e das pessoas que encontro pelo caminho. O participante de corridas ilegais continua na mesma posição, completamente sério e com o maxilar travado. Me aproximo devagarinho, ficando em sua frente. Ainda não me acostumei — necessariamente — com a nossa diferença de altura e é provável que jamais vou me acostumar. O silêncio entre nós se prorroga por mais alguns minutos, até que o Jeon o quebra. Até a sua voz mexe comigo. Ela parece chegar até a minha alma, o que me deixa frágil.
Não posso negar que Jeon Jungkook mexe muito comigo.
— Pode ir ficar com a sua família, garotinha. Eu vou ficar bem, hm? Não precisa se preocupar comigo. — Expõe e solta um risinho em seguida.
Reviro os olhos.
— Você é mesmo um convencido. — Retruco, seriamente. — E eu não estou preocupada.
