23 • Karla Camila

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— Camila-

— Eu jamais, Lauren, JAMAIS chamaria ele para vir aqui sem a sua ciência e ainda mais com a Dinah aqui se passando de gerente de RH! — a segurou pelos ombros, nervosa. — Eu sei que hoje é um dia muito especial para você e não tem lógica eu chamar o meu marido, que estou evitando há um bom tempo, para me prestigiar!

— Eu entend-

— E eu só estava abraçada com ele naquela hora, lá embaixo, porque meus pais me ligaram. Eu avisei para eles que estava trabalhando como modelo e falei do desfile, então eles fizeram uma chamada para me desejar boa sorte! — Camila falava sem puxar ar para os pulmões.

Achava que explicando tudo de uma só vez não daria tempo para Lauren ficar brava consigo. Mas Lauren não estava brava. Pelo contrário, quando o ciúme invadia suas veias, o que deveria ser raiva se transformava em uma outra coisa bem mais interessante para a relação.

— Eles não sabem sobre o que eu e Shawn estamos enfrentando, mas eles vão saber assim que eu sair daquela casa. Eu prometo!

— Cami-

— Você está brava comigo? — deixou de segurar os ombros, para agora agarrar as laterais do rosto de Lauren — Por favor, fala que não. Eu não queria estragar a sua noite, Lo. — agora o timbre da cubana oscilava entre um tom dengoso e outro dócil, desarmando Lauren. Ou melhor, excitando Lauren. — Eu juro que eu-

De repente, a latina é interrompida de surpresa no meio de sua justificação.

Sem pedir permissões, muito menos lhe ceder uma resposta, Jauregui aproveitou a pouca proximidade que se mantinham e fez aquilo que seu sexo estava ordenando: agarrou Camila no meio do piso do backstage, iniciando um beijo selvagem que continha muito mais que a raiva intrínseca. Envolvia ciúmes. Envolvia sentimentos de posse. E se ela não poderia descontar tudo o que estava sentindo agora por conta do desfile, no mínimo precisava mostrar a Camila o que a noite a esperava no "pós".

— Odiei vê-lo te tocar...

O beijo quente, encaixado e lento despertou em Lauren aquilo que ela estava guardando há três dias desde que Camila entrou em seu ciclo menstrual e interrompeu as relações.

— E você se comportou tão mal ao deixar ele passar a mão no seu corpo, Camila...

Estavam sozinhas, com a porta trancada, seguras no único lugar que possuíam certeza que não estariam sendo gravadas por uma escuta, então o que custava aproveitar um pouquinho do momento e dos ciúmes que lhe percorria?

Logo, Lauren capturou a cintura de sua modelo com autoridade, a envolvendo numa pegada e pressão perfeita, dizendo ali "você é minha, só minha." com os lábios selados no pé de seu ouvido. A trazia para mais perto, a apertava e a estapeava de leve por estar extremamente atraente com aquele conjunto de top e calça branca apertados. Marcava tudo e era por esse motivo que a empresária se encontrou tão enlouquecida em pouco tempo.

— E eu odeio... — separou as bocas, porém as deixando a decímetros de se tocarem. Era dessa forma que jogava e era assim que faria Camila implorar para gozar daqui a algumas horas. — Eu odeio ver alguém tocando o que é meu de uma forma que só eu posso tocar. — sussurrava baixo, rouco, ao que arrastava os lábios pela pele bronzeada, a mirando com seriedade. — E você é minha, Srta. — o corpo de Camila trepidou. — Repete que você é minha.

— Sua... oh... — rolou os olhos lentamente — Eu sou... sua, Lauren.

— Minha. Só minha.

Aquilo, se possível, dissipou a sanidade de Camila de uma maneira que ela nunca pensou que seria capaz. Não se sabia mais se era sobre a íris esverdeada, um tanto turva agora, que estava focada em seus olhos castanhos; ou se era pela pegada de Lauren e no modo que fazia os corpos se esfregarem um no outro mesmo que ainda usando roupas, onde os músculos de Camila iam relaxando, perdendo à força. Suas pernas, por exemplo, bambeavam a cada tapa que recebia na bunda seguido de uma provocação no ouvido. O perfume forte, a respiração ofegante de Lauren contra seu pescoço, exatamente tudo a fazia chegar no limite por aquela mulher.

A Amante do Meu Marido (Concluída)Where stories live. Discover now