Capítulo 37 - Arrependimento.

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— Olha que beleza, você sabe mais da vida dele do que da minha.

Gregório sentiu o frio criar estacas de gelo que atingiram seu coração e a partir daí as lágrimas ficaram mais difíceis de conter. Francisco também se segurava, mas seus olhos já se avermelhavam, foi aí que conseguiu reunir forças para dizer, mesmo que em sussurro:

— Acho melhor você voltar pra ele...

— O quê?

— Eu te amo, Gregório, você sabe disso. — Fez uma pausa, fungando. — Mas você não me ama, eu devia ter suspeitado disso quando você ignorou minha declaração, você nunca foi meu, você é dele.

— Chico, não confunda as coisas...

— Eu entendo, sabe? Você se divertiu muito comigo ou eu espero que tenha, pelo menos. Eu te ajudei a esquecer os momentos horríveis que você teve com ele, mas agora você acha que há momentos melhores que podem viver juntos, porque ele está se tratando e tudo mais, então eu sei que eu não sou mais útil. A gente tá prolongando isso à toa.

— Francisco... — Pediu, vendo-o se martirizar.

— É melhor você ir, Gregório.

— Francisco, por favor...

— Eu estou terminando. — Mordeu o próprio lábio. — Isso não é o que eu quero pra mim, então eu estou te deixando livre.

— Não faz isso. — O gerente suspirou, sentindo seu queixo tremer levemente.

— Por favor, só vá embora.

Gregório não conseguia retrucar, só Deus conseguiria dizer precisamente o porquê desse silêncio em seu interior, essa incapacidade de lutar por aquele homem que lhe fazia tão bem, mas que no momento, estava mandando-o embora.

As lágrimas que desciam por seu rosto eram de raiva, de tristeza, de medo. Toda a impotência que temia que tivesse, estava se manifestando e não conseguia calar a voz sombria em seu interior que dizia que a razão de não conseguir responder, era porque Francisco estava certo.

Gregório partiu, carregando uma dor profunda no peito, o mais difícil era saber que Francisco tinha razão, apesar de não querer aceitar. Foi para casa com aquele sentimento de perda inexplicável, o mais difícil era tê-lo deixado em prantos para trás.

Aquela noite foi uma tormenta para ambos, pois enquanto a energia deles que lutava contra a madrugada, não esgotasse, não cairiam no sono, já quase amanhecendo quando finalmente dormiram.

•••

O gerente acordou com batidas na porta de seu quarto, Guilherme, que havia ligado inúmeras vezes para seu celular na noite passada, chamava incansavelmente por ele, querendo saber o que tinha acontecido por não ter voltado para a festa no dia anterior.

Gregório abriu a porta, esfregando os olhos, não demorando para que o caçula percebesse que os olhos dele estavam inchados e não pelo sono. Guilherme abraçou o irmão, mesmo que não soubesse o que tinha acontecido, era mais do que visível de que ele não estava bem.

— Então você já sabe que eu e o Francisco terminamos? — Sussurrou, ainda em meio ao abraço.

— Eu não sabia! — O irmão afastou-se, para poder encará-lo. — Então foi isso?

— Eu espero que a mamãe não fique chateada comigo por eu não ter participado ontem, eu realmente não estava com cabeça pra isso.

— Ela nem deve ter percebido, estava rodeada de gente e ainda estava esperando o pai chegar do aeroporto.

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