Capítulo 28 - Alívio.

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— É claro que sei! — Falou animado. — E eu quero isso, porque eu gosto de você, Greg, muito mesmo...

— Eu também já gosto muito de você, Chico. — Sorriu, feliz por ter tido a coragem de falar aquelas coisas, apesar da timidez.

— Mas sobre o Gui, fale apenas quando você sentir que é o momento certo, não se sinta pressionado, tá? — Francisco aproximou seus rostos, dando-lhe um selinho e colando sua testa na dele. — Eu posso esperar por você o quanto precisar...

Gregório sentiu seu coração acelerar, não estava preparado para aqueles sentimentos que tomavam conta de seu peito. Não imaginava o que era estar ao lado de alguém tão compreensível, carinhoso, bem-humorado e, de quebra, com um charme inigualável.

E Francisco, por mais feliz que estivesse por ver que Gregório estava pensando naquilo, não queria que ele se sentisse preso. Ainda não eram um casal oficial e mesmo que quisesse muito, não queria que ele se sentisse pressionado, sabia que cada coisa viria no seu tempo.

Entretanto, o que o estagiário não imaginava, era o quanto aquilo estava se passando pela mente de Greg. O gerente já estava pensando em um relacionamento sério desde o dia que resolveu lhe dar uma chance. E, na verdade, poucas coisas impediam Gregório de se entregar totalmente, seus receios iam muito além de contar ao irmão. O medo de Otávio estragar a sua felicidade também era constante.

•••

— Bom, eu ainda acho que a nossa escolha de, não questionar o Greg e o Fran, foi a melhor decisão que tomamos. — Augusto falou ao namorado. — Eu conheço o Fran, ele me conta tudo, então se ele está escondendo algo de mim, é porque ele tem os motivos dele... Eu tenho que respeitar isso, mas meu medo é eles estarem sofrendo, fico pensativo. E se eles realmente tiveram alguma coisa, mas se arrependeram e por isso querem guardar segredo?

— Sobre eles terem se arrependido, eu não concordo muito. Estou desconfiando de que eles ainda estão se encontrando e trocando mensagens.

— Sério? Por que, Gui?

— Assim como você conhece o Fran, eu também conheço meu irmão. Sei bem que ele não é de ficar rindo para o celular e esses dias ele ficou o dia todo perdido, esquecendo as coisas, também não tá trabalhando exageradamente como antes... — Expôs, fazendo o namorado erguer as sobrancelhas em surpresa. — Ele fazia isso no começo do namoro com o Otávio, quando estava claramente apaixonado... E hoje ele não desgruda mais do celular. Ou é o Francisco, ou é outra pessoa.

— E você já tentou perguntar alguma coisa pra ele?

— Já perguntei quando ele estava sorrindo todo bobinho para o celular. Ele disse na cara dura de que não era ninguém e que só estava lendo artigos, mas eu nunca vi ninguém lendo artigo com aquela cara de adolescente apaixonado, então eu vi que ali tinha coisa. — Guilherme respondeu, suspirando em cansaço. — Eu não aguento mais essa situação, você sabe que eu sou fofoqueiro, quero muito perguntar se eles tão tendo um caso ou não, pra acabar logo com isso.

— Eu entendo Gui, também me sinto ansioso assim, mas acho mesmo que isso do seu irmão estar conversando com alguém é só uma coincidência. Porque se fosse mesmo com o Fran, ele é meu amigo, com certeza já teria me contado. Se estivessem juntos, qual seria a finalidade de esconderem isso da gente, afinal?

— É isso que eu penso! A gente saberia guardar segredo se eles quisessem! E isso do Greg pegar táxi pra ir se encontrar pra beber com um amigo dele não colou pra mim. Ele nem tem amigo homem! — Falou, logo rindo ao final da frase. — Tenho certeza de que ele sai de táxi porque o carro dele ficaria para fora da casa do Fran e a gente veria que ele está aqui!

WorkaholicWhere stories live. Discover now