Capítulo 24 - Cinco Sentidos.

Start from the beginning
                                    

— Precipitado ou não, continue assim. — Riu baixinho, ainda olhando para seus dedos entrelaçados.

— Tem alguma coisa que você queira me dizer? — Gregório levou a mão livre para os cabelos dele, acariciando-o.

— Muitas. — Riu sem jeito ao finalmente olhar em seus olhos. — Mas agora eu só quero aproveitar essa noite com você, porque não sei quando isso vai acontecer de novo ou se é que vai...

— Francisco. — O gerente chamou sua atenção. — Não se coloque para baixo, eu estou adorando estar aqui e por mim, não será a última vez.

— É sério? — Sorriu, envergonhado. — Que bom.

— Vem cá. — Puxou-lhe pela nuca, para mostrar que realmente falava a verdade.

Suas bocas se atraíram mais uma vez, movendo-se como se já se conhecessem há tempos. As mãos se desgrudaram apenas para participarem do beijo, onde Gregório tocava a coxa do estagiário, enquanto suas costas eram dominadas por ele.

Francisco sentia os dedos dele subirem pela sua perna e com medo de que ele notasse o volume em sua calça, puxou a barra de sua camiseta para baixo em uma tentativa de proteger a região, sem desgrudar-se do beijo. Com a mão do outro subindo, sentiu delicadamente os dedos do gerente parecerem ainda mais curiosos, brincando com a barra da camiseta que segurava, percebendo que ele não largava o tecido.

Afastaram-se do beijo e abriram os olhos vagarosamente, sorrindo um para o outro como crianças bobas, até o estagiário olhar para baixo.

— Francisco, olha aqui pra mim.

— Oi? — Perguntou, erguendo a cabeça aos poucos.

— Eu sei que você está tenso, estou sentindo você todo receoso. — Falou, com uma das mãos ainda em sua nuca. — Do que você tem tanto medo? Me fala.

— Não é isso, é que... — Iniciou, sentindo a voz falhar.

— É que? — Incentivou-o a continuar.

— Você acabou de passar por uma situação complicada e eu não consigo parar de pensar nisso... — Desabafou, preocupado. — E eu também não posso tirar proveito de você... Eu sei que você provavelmente está esgotado agora.

— Esgotado?

— É, sentimentalmente. — Desviou seus olhos. — Eu não queria entrar nesse assunto, não queria quebrar o clima... Eu quero ser quem vai te animar, Greg, mas eu não quero forçar a barra.

— Sinceramente? Se isso é forçar a barra, então pode continuar... — Sorriu genuinamente. — Eu só sei que eu estou adorando estar aqui com você e você conseguiu o que queria, você já conseguiu me animar.

— Jura? — Encarou-o, com os olhos brilhantes.

— Juro. — Gregório sorriu com os olhos. — Só você conseguiu despertar esse lado em mim de aproveitar a vida, sem neuras. Só você me diverte assim, eu me sinto bem com você, Francisco, de verdade.

— E é isso que eu quero, eu quero fazer você se sentir especial. — O estagiário encarou-o, completamente apaixonado.

— Mais? — Se derreteu com a declaração dele, sentindo seu coração acelerar.

Francisco sorriu envergonhado, concordando positivamente com a cabeça, perdendo-se outra vez naqueles lábios úmidos e doces, queria mergulhar para sempre no sabor dele. Seu coração mal se continha toda vez que sentia a respiração quente dele em seu rosto e esfregavam suas peles.

Era como um sonho, não só poder tocá-lo como sentir que ele estava à vontade para deslizar a mão sobre seu corpo. Sentiu os dedos do gerente subirem por sua coxa, fazendo um calafrio subir ao ver que ele parava onde sua mão protegia.

WorkaholicWhere stories live. Discover now