Capítulo 22 - Surpresa.

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Depois disso, só se lembrava de estar sendo acudido pelo pai, não se lembrava nem mesmo de chorar, mas sim de ver Dante sorrindo e o parabenizando pela coragem, que quedas aconteciam, mas que logo ficaria tudo bem. Foi levado para dentro de casa nos braços dele, que cuidou de seus ferimentos e deu um beijo sobre cada um dos curativos já postos.

Gregório, ainda em suas memórias, também se lembrava de que no mesmo dia, assim que passou pela porta, viu sua mãe aproximando-se preocupada, com Guilherme em seus braços, ainda bebê.

Era difícil conseguir segurar o sorriso pela lembrança, fazendo com que abraçasse o pai ainda mais apertado, começando a falar para ele das suas lembranças da infância gostosa que teve, onde com isso, passaram bons minutos conversando.

•••

Francisco nada fazia de muito importante quando ouviu a campainha tocar, se levantando e caminhando até a entrada da casa.

— Rafa? — O estagiário surpreendeu-se com a visita, ao abrir o portão.

— Me desculpa vir sem avisar, assumo que eu fiquei com um pouco de vergonha de vir assim do nada e com medo de você não estar em casa.

— Não tem surpresa melhor que essa. — Sorriu pra ele, dando espaço para ele. — Vem, entra.

— Então... Eu só queria te ver um pouco, nem preciso entrar.

— Que isso, por favor. — Convidou novamente. — Assim você conhece um pouco o meu cafofo.

— Eu não quero incomodar. — Rafael afirmou, seguindo-o para dentro da casa.

— Não repara a bagunça. — Francisco passou com ele pela sala de estar, indo à cozinha. — Achei que você estivesse na casa da sua vó. É hoje o aniversário da sua mãe, não é?

— É hoje sim. Eu acabei de voltar de lá, a festa foi de tarde e agora de noite minhas tias roubaram a minha mãe, elas queriam ir ao cinema e foram todas juntas.

— Eu fico feliz que tenha conseguido tirar um tempinho pra mim. — Francisco sorriu, dando um beijo demorado na bochecha de Rafael.

— Me desculpe se eu parecer meloso demais, mas é que eu estava sentindo a sua falta.

— Eu também senti. — O estagiário retribuiu o olhar envergonhado. — E então, você quer tomar um café? Suco? Cerveja? Um banho?

— Eu gostei da última opção. — Rafael deu uma risada alta.

— Você sabe que toda brincadeira tem um fundo de verdade, né? — Francisco esboçou sua típica expressão brincalhona.

— Sei disso. — O rapaz aproximou-se dele, tocando sua nuca, envolvendo sua boca em um beijo calmo.

O estagiário apressou-se em colar seus corpos, deslizando uma de suas mãos pelas costas de Rafael, sentindo vagarosamente o tecido de sua camiseta em seus dedos, tentando conter aquela pressa que já sentia há alguns dias.

Não queriam ir rápido demais, mas também não gostavam de esconder o que sentiam. E com aquele gesto de aparecer em sua casa no meio da noite, Rafael deixou claro de que estava mais do que pronto para o que tanto adiavam fazer.

•••

Dia seguinte, domingo.

Augusto ouviu insistentemente o interfone de sua casa tocar, mal havia conseguido abrir os olhos quando deixou sua cama extremamente sonolento. Olhou a hora em seu celular e praguejou, indo ver quem era.

— Espero que o motivo de você estar me acordando às sete da manhã seja muito bom. — Falou, ao dar de cara com o melhor amigo do lado de fora.

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