Capítulo 14 - Solucionando.

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— Tudo bem, Gui. — Augusto forçou um sorriso. — Mesmo assim, mesmo você não querendo ter mais nada comigo, quero mesmo que me perdoe, você não tem noção do quanto o carinho que eu tenho por você é grande.

— Eu te desculpo, mas é só isso.

— Tudo bem, já é o bastante. — Augusto deu um passo para trás, colocando as mãos dentro do bolso da calça. — Então eu acho melhor já ir...

— Então não tem mesmo outras explicações para o que aconteceu hoje? — Guilherme questionou, afastando-se.

— Explicações? O que você quer saber? Porque quando você me ligou pra me dar a grande notícia e em seguida desligou sem dizer mais nada, eu tentei ligar de volta, eu queria conversar e você não atendia, foi por isso que eu vim.

— Eu só não queria conversar por telefone, eu não conseguiria! — Falou, passando as mãos pelo cabelo, tentando conter parte da raiva que começava a se externar através de sua respiração acelerada. — Se for para ir embora assim, então por que você veio?

— Eu só queria saber se você estava bem. — Augusto falou, sem conseguir encará-lo, somente sua voz o deixava mexido.

— Não, Augusto, eu não estou bem, como pode ver. — Guilherme declarou, apertando o fundo das mãos contra os olhos, tentando controlar uma insistente vontade de gritar. – Mas garanto que eu vou ficar.

— Você não quer que eu vá? Quer?

Guilherme não respondeu, ficando de costas, onde o outro percebia que ele inspirava fundo, tentando recuperar o ritmo normal de sua respiração. Augusto sentia-se sentimental com a situação, mas não ao ponto de descontrolar-se em frente ao rapaz, não queria expor suas fraquezas naquele momento.

— Olha Gui, eu já vou indo... — Falou, com ele ainda de costas. — Se você quiser me ligar ou aparecer em casa qualquer dia, eu vou adorar.

— Só queria destacar que não há nada entre nós. – O mais jovem virou levemente o rosto.

— Me desculpe, Guilherme. — Corrigiu-se, falando mais seriamente. — Sei que a última coisa que você quer agora é me ver, então eu só espero que você realmente tenha escolhido essa decisão como a melhor pra você, caso não seja, eu vou estar disponível para conversar... Além disso, caso tenha certeza de que se afastar de mim é realmente o que você quer, pode ter certeza de que eu não vou ser contra também.

Augusto não esperou que ele virasse novamente para despedir-se, simplesmente indo embora com poucas palavras. Não escondia que seu coração estava em pedaços, mas também não poderia dar razão a algo que não concordava. Guilherme ouviu os passos e Augusto parou, pouco antes de fechar a porta, olhando para trás com alguma esperança. Enquanto a fechava, não pôde deixar de murmurar.

— Mimado.

— Hipócrita... — Guilherme sussurrou para si, sabendo que Augusto não ouviria.

— Desculpa, eu ouvi um pouco da conversa. — Gregório aproximou-se da sala. — Então vocês terminaram mesmo?

— Parece que sim. — Guilherme lamentou-se, olhando para o chão como se houvesse algo esplendidamente interessante ali, com o irmão sentando-se ao seu lado.

— Não diga isso, você nem imagina qual é o terror de ficar entre o término e um possível retorno. — Falou com firmeza. — Acredite em mim, eu passo por isso sempre com o Otávio e o sentimento de incerteza é péssimo.

— Ele não me deu escolha, ele só concordou, não tentou nem mesmo ser contra o término.

— Então foi você que terminou tudo, não foi?

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