A Domina e o Centurião - COMP...

Oleh luclycan

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Na sociedade romana, a cultura de gladiadores chegou em outro patamar. Todo mundo agora patrocina um gladiado... Lebih Banyak

Capítulo 1 - Parte 2
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39

Capítulo 1 - Parte 1

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Oleh luclycan

   — Avise-me se ela chegar! — disse Camila a Panda, sua escrava pessoal, enquanto curava a Fabia, a escrava cozinheira.

   Fábia chorava e tremia. A coitada derrubara uma panela de banha fervente quando fritava línguas de rouxinol. A queimadura invadia o pulso e o braço numa chuva de pintas vermelhas, a mão era só carne-viva.

   Camila pairou suas mãos sobre o ferimento e rezou mentalmente para o deus da cura, Esculápio. Por favor, use o seu poder através de mim e cure essa pobre moça.

   Apesar de ficar com os olhos fechados durante todo o procedimento, deixou uma miniatura de mármore do deus próximo, sobre um criado-mudo. Sentia-se confortável dessa forma.

   Em pouco tempo, uma luz esverdeada foi expelida das mãos da Camila e uma nuvem esmeralda rastejou sobre os ferimentos da escrava. Fábia fez uma expressão de alívio. Tudo estava dando certo. Depois de tanto tempo sem orar para Eusculápio, Camila temia que o deus tivesse lhe dado às costas.

   Sentiu que tinha terminado. Abriu os olhos e viu a mão da cozinheira sem nenhuma marca ou cicatriz. Obrigada, Esculápio, farei preces a você essa noite.

   Fábia estava ofegando, ao mesmo tempo, analisava as mãos com perplexidade.

   — Não sei como agradecer! — disse a cozinheira, com olhos cheios de água.

   — De duas formas. Não contando o que viu aqui a ninguém e fazendo aquele pudim de claras que eu amo!

   — Vou caprichar! — A moça devia ter a mesma idade da Camila, mas não podia ficar mais um minuto ali por causa das suas atribuições.

   Camila passou a mão pelos seus cabelos castanhos e se esticou. Sempre sentia-se bem após curar alguém. Depois, prometeu a si mesma que não faria isso novamente tão cedo. Quando seus pais descobriram que ela tinha essa capacidade, proibiram-na  de usá-la. Mulheres com esse tipo de poder eram recrutadas para serem sacerdotisas.

   E sacerdotisas não conseguiam um bom marido. Nenhum nobre toleraria sua esposa passando o dia trabalhando, ao invés de cuidar da casa ou enfeitar-se para ele. Eles tem razão. Outro dia encontrou uma ex-babá na sarjeta. Simplesmente porque o marido morrera e não deixara um vintém para ela. Uma mulher não podia viver sem um bom partido.

   Panda voltou do corredor piscando aceleradamente e Camila pegou a estatueta de Esculápio e colocou, com cuidado reverente, embaixo da cama. Ilithya surgiu pelas cortinas da entrada em arco do quarto, junto com uma animação incomum, até mesmo para ela.

   — Filha, tenho notícias fantásticas.

   Mais um marido deve ter entrado em cena. Camila sentou-se na cama sem se preocupar em fingir interesse. Mesmo sem dizer nada, a mãe continuou.

   — Sabe quem veio comprar um gladiador novo hoje? Seus antigos colegas de estudo.

   Camila arregalou os olhos até o limite, ficara genuinamente interessada.

   — Tibérius esteve aqui? Ninguém me chamou?

   — E o Vettius também! — completou a mãe — Eles estão no escritório do seu pai, achei que você poderia aparecer, casualmente. — comentou a Ilithya e Camila gostou da ideia.

   Ilithya saiu do quarto e Camila demorou a absorver o que estava acontecendo.

   Hoje era o aniversário de dezoito anos do Vettius, um amigo muito rico e chato, o qual sua mãe queria lhe empurrar para um casamento.

   À noite, Vettius celebraria sua festa e Camila não estava nem um pouco a fim de ir. Não até agora. Ela levantou da cama agitada com um sorriso radiante. Ver o Tibérius seria um sonho.

   — Panda! Traga-me aquele vestido azul. Aquele que eu comprei semana passada.

   — Calma, assim vai assustar o homem. — disse a Panda, já começando a pentear seus cabelos castanhos.

   — Não fale isso nem brincando, sabe quanto tempo espero por ele?

   — Dois anos, um mês, três dias e essa manhã. — disse Panda com ar divertido e Camila fez uma careta.

   — Vou pegar aquele vestido verde, realça a cor dos seus olhos — decidiu  Panda. A escrava tinha quase a mesma idade da Camila, mas a cuidava dela como se fosse uma ama bem mais velha.

   — Será que ele ainda me quer?

   — Será que você ainda vai querer ele? E se e ele tiver diferente? Com dentes podres, verruga no nariz, barriga grande...

   — Para mulher, ele é perfeito! — interrompeu a Camila, afastando as imagens da mente.

   Panda escolheu um vestido que moldava-se bem aos seus seios grandes, sem ficar indecente no decote. O que era um desafio, pois Camila tinha seios avantajados. Era bom ter alguém que conhecia os seus gostos.

   Ao se arrumar o mais rápido que pôde, foi em direção ao escritório do pai, que encontrava-se após o corredor que conectava a residência na escola de gladiadores.

   Havias três grandes ludus de gladiadores na cidade, seu pai era dono de um deles. Camila quase nunca fora a arena de treinos. Lucius não gostava da forma como os escravos babavam em cima dela e ela também não fazia tanta questão. Achava esse esporte violento demais, mesmo sabendo que dali que saiam os luxos da sua casa.

   Viu a porta dupla de mogno escuro do escritório. Uma porta a separava do amor da sua vida. Empurrou num ímpeto maior do que planejara.

   Três pessoas a encaravam. Nenhuma delas era o Tibérius.


====


Há 2 semanas e 12 horas...

   Marcus assoprava o apito para fazer a fila de trás tomar à dianteira. Notara dois legionários sangrando, que não tiveram o bom senso de trocar de posição.

   Assim ele foi para a segunda fileira da centúria. Ainda era uma posição que ele conseguia ver tudo que ocorria ao redor. Como Centurião, cabia a ele coordenar cem homens.

   Gauleses impetuosos avançavam sobre a linha de batalha romana. Seus inimigos eram selvagens, grandes e viviam para a guerra.

   Eram mais numerosos, maiores, mais fortes e, na mesma medida, mais burros. Se jogavam feito loucos nas linhas coesas romanas, sendo derrubados feito trigo na colheita.

   — Minha lança está com fome senhor, me deixe ir para frente! — disse um soldado na fila de trás e Marcus respondeu com uma risada — Espere sua vez, legionário.

   A adrenalina de batalha era inexplicável. Passaram semanas andando por território hostil, cansados, com fome e medo. Por mais que a maioria não admitisse.

   Mas na hora da batalha, um furor selvagem transformava os homens em demônios de Hades.

   O soldado a sua frente gritou por causa de uma lança que encontrou seu ombro e furou profundamente. Marcus o puxou e voltou para a dianteira.

   Não havia espaço para um Centurião, que não fosse à linha de frente. Muito menos para um adepto de Marte, o deus da guerra.

   Ao trocar de posição, posicionou o escudo para recepcionar o dono da lança. O inimigo tinha uma barba que se alongava até o peito. Rosto sujo de lama seca e rachada. Possuía um ombro inchado e lutava com duas armas.

   Revelou um sovaco cabeludo quando ergueu um machado e deu uma pancada violenta, que se chocou no escudo do Centurião. Depois, tentou explorar alguma brecha com a lança. Era um guerreiro traiçoeiro.

   A cada três golpes do homem, aparados pelo escudo, Marcus tentava açoitar com a sua lança. O selvagem esquivava com precisão.

   Marcus assoprou duas vezes o apito, dando uma ordem para a fila avançar abruptamente e pressionar a frente deles. Ficou a centímetros do gaulês. Havia certa intimidade naquilo. Naquele momento, eles dividiam o mesmo espaço, respiravam o mesmo ar. O homem rosnava e empurrava e Marcus fazia o mesmo.  Não havia espaço para fazer nada diferente disso. 

   Já viu homens desmaiarem de asfixia nesses embates abafados de empurra-empurra.

   Na verdade, não havia nada para se fazer com uma lança. Posicionou a lança com a ponta pra cima e afundou o cabo na terra, largou. Com a mão esquerda, com dificuldade, tirou uma faca curta, que levava na cintura e cravou na coxa do inimigo. Ele gritou feito um javali sendo abatido. Não acreditava que muitos não davam valor a uma boa e velha faca bem afiada.

   Marcus arrastou a lamina para o lado, rasgando carne. O couro do desgraçado é duro.

   Sentiu o calor do sangue espalhar-se sobre seus pés. A frente inimiga voltou a se organizar, retornando ao espaço saudável de batalha. O homem saiu mancando, enquanto outro vinha tomar o seu lugar. As pressas, Marcus guardou a faca, pegou a lança e tentou fura-lo pelas costas. Não deu tempo.

   Não tem problema, esse não terá muito tempo de vida. A batalha prosseguiu e a máquina de guerra romana era implacável. Bloquear, estocar, bloquear, avançar, bloquear, estocar.

   Olhou para o lado e notou um bárbaro em especial. 

   Havia um rodízio de legionários trocando de posição na frente dele. O selvagem era umas três cabeças mais alto que os romanos. Parecia poderoso e incansável. Marcus passou pra fileira de trás e atravessou o corredor de legionários até ficar atrás do soldado que enfrentava esse guerreiro. Ordenou para que ele recuasse e tomou o seu lugar.

   O selvagem não era um guerreiro comum. Era agraciado com o legado de algum deus pagão. Dava para ver os sinais animalescos em seu rosto. O nariz do homem parecia deformado como o de um porco. Resfolegava feito um cavalo. Olhos negros onde devia ser branco, ostentando um orbe azul brilhoso. Era uma oportunidade.

   Uma chance para subir seu conceito com Marte e se tornar um berserker. Um homem agraciado com o legado do deus guerra. 

   O Centurião avançou recebendo um ataque poderoso em seu escudo. Forte, muito forte. Marcus ficou excitado. Não estava ligando para a linha agora, queria espaço para lutar contra esse guerreiro. Homem contra homem.

   Apitou um silvo longo e os legionários sabiam o que significava.

   A coluna avançou e engoliu o pagão, jogando-o para dentro de um quadrado de homens, deixando Marcus e seu oponente no meio, uma arena de soldados. Enquanto a linha de frente ainda lidava com o restante dos gauleses.

   Com apenas uma ordem ele poderia mandar matá-lo por todas as direções. Mas não era isso que queria.

   Marte, ofereço essa escaramuça em sua homenagem. Bateu duas vezes em seu escudo lançando um desafio. O selvagem olhou para os lados, assustado. Já estava derrotado, mas podia levar a vida do Marcus antes de ser fatiado por dezenas de soldados. Claramente Entendeu e aceitou o convite de bom grado.


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*O pseudonimo do autor mudou de Luc Lycan para Luciano Lobo*

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