T h e B e a s t

By Thamhitsu

223K 20.7K 7.2K

O primeiro trabalho de Kara está longe de ser o dos seus sonhos, lutou com unhas e dentes para conseguir ingr... More

capítulo 1 -sacrifícios
capítulo 2
capítulo 3
capítulo 4
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
Remembering
capítulo 23 - First time
capítulo 24
capítulo 25
capítulo 26
capítulo 27
capítulo 28
remembering part-2
capítulo 29 - Descoberta
capítulo 30
capítulo 31
capítulo 32
capítulo 33
Capítulo 34 -It's not goodbye
capítulo 35 -part of us
capítulo 36 - to love oneself
remembering - last
capítulo 37
capítulo 38 - forever mine?
capítulo 39 - our little piece
capítulo 40 - Epílogo
não é capítulo c:
nova fic

remembering part-3

3.3K 349 138
By Thamhitsu

7 anos atrás.

Os meus olhos cansados leram a mensagem que eu acabara de receber e logo já estava desperta.

Precisamos conversar, estou online te esperando.

Chutei o lençol enroscado nas pernas e me levantei do colchão, tateando a parede até encontrar o interruptor e acender a luz do quarto. Caminhei até o pequeno espaço entre a porta e a janela em frente à cama, e me sentei na cadeira em frente à escrivaninha.

Então liguei o notebook, forçando-me a abrir as pálpebras semicerradas por conta da claridade depois de já ter me acostumado ao escuro.

O alarme avisando sobre a chegada da mensagem havia me acordado e, ao conferir as horas, percebi ser pouco mais que uma da manhã.

Esfreguei os olhos e preenchi os pulmões ao limite, preparando-me para a ligação que estava prestes a fazer. A sua voz hesitante ressoou alta pelo ambiente silencioso após o primeiro toque e logo em seguida a sua imagem apareceu na tela.

Olhos inchados e avermelhados me encaravam e eu soube naquele instante que ela estivera chorando.

— Lena...

— O que aconteceu, Lana? — a resignação se fez ouvir em meu tom de voz.

E vendo a dor em suas feições eu quis atravessar o monitor para estar lá com ela.

Ela soltou o ar pelos lábios trêmulos e fungou, deslizando as costas da mão no nariz.

— Eu... — Desviou o olhar para o lado

— Você sabe que o meu maior sonho é ser modelo, não sabe? Sabe o quanto eu amo o meu trabalho...

Eu sabia, pois a grandiosidade do seu sonho se comparava com o meu, E o meu maior sonho era ela.

Eu sonhava em ter uma família com ela, e estava sendo difícil aguardar tanto pelo momento perfeito. Se dependesse de mim eu já a teria pedido em casamento.

Não me importava a distância entre nós, sabia que tinha um emprego certo nos negócios da família, eu ainda não estava a frente da empresa, mas quando eu estivesse eu poderia expandi-los para qualquer lugar… Se ela decidisse continuar em Nova York, eu não me importaria de me mudar para lá.

— Eu sei, amor — confirmei, franzindo a testa com a minha preocupação evidente

— Por que está chorando, minha flor? — Levei a ponta do dedo para lágrima que acabara de escapulir em seu olho, chocando-o contra a tela.

— Lena, eu... — soluçou — preciso saber que você entende, de verdade. Entende que eu faria de tudo ao meu alcance para não desistir do meu sonho. As coisas finalmente começaram a dar certo para mim, muitas portas estão se abrindo e... — outro arfar e mais lágrimas deslizando pelas bochechas coradas

— Eu não posso...

As palavras proferidas de seus lábios rubros eram como espinhos, elas se cravaram profundas e dolorosas em meu peito.

Elas soavam muito como o fim.

No entanto, fiz a pergunta, esperando fodidamente que eu estivesse errada.

— Você não pode o quê?

Sua expressão se contraiu em dor e inspirando fundo ela disse:

— Eu não... — Balançou a cabeça profusamente.

— Lena, eu não voltarei para o Natal. Cancelei as passagens e...

Meus pés batucavam céleres ao chão no mesmo ritmo frenético do meu coração. Abri a boca para falar, mas ela foi mais rápida e continuou.

— Por favor, me diga que você entende!

Cerrei os olhos com força, afundando as mãos nos cabelos e ficando as unhas no coro cabeludo.

— Entendo, Lana — assoprei fracamente.

Não seria a primeira vez que ela cancelava uma viagem, mas como eu disse, eu entendia a importância de sua carreira e como era difícil conseguir oportunidades diante de tanta concorrência.

— Promete? — perguntou em um sorriso trépido e molhado. Assenti, atordoada demais para produzir palavras.

— Ótimo... — assentiu de volta, seu olhar perdido me dizia que estava pensando

— Então precisamos conversar.

Uni as sobrancelhas, pendendo a cabeça para o lado.

— Pensei que essa fosse a conversa. Tem mais? — engasguei estarrecida.

Lana inspirou fundo e colocou sua franja solta para atrás das orelhas.

— Será... — hesitou, suas íris reluziam enquanto estudavam minha reação

— Será que você poderia vir aqui o quanto antes?

Preciso te contar uma coisa. Eu achei que conseguiria fazer isso sozinha, mas não posso...

[...]

Faltando dois dias para a véspera de Natal foi complicado conseguir um vôo de última hora. Mas lá estava eu, apesar do gelo que a sam estava me dando e das reclamações dos meus pais quando souberam que eu não iria mais comparecer à ceia.

Eu tentava me comunicar com Lana, mas o seu número estava caindo na caixa postal. O vento gélido lambeu meu rosto tão logo saí do táxi, fazendo o meu corpo estremecer. Maldizendo o frio eu corri em direção à portaria do prédio, e suspirei em alívio ao ser abrigada pelo ambiente aquecido.

Era tarde da madrugada e, quando Lana abriu a porta para eu entrar, levou-me pela mão até a cama e voltou a dormir. Deixando assim a conversa para depois.

Na manhã seguinte, porém, ela saiu para um ensaio fotográfico junto com Sasha e avisou que só voltaria de tarde.

Sozinha no apartamento eu preparei a pequena mesa e, no improviso, pedi entrega de um restaurante italiano para o jantar. Escolhi uma variedade de massas acompanhadas de uma boa garrafa de vinho. Seria nossa simplória ceia particular. Já que eu não sabia quais eram os seus planos para o Natal, decidi comemorar com Lana naquela noite.

Esperava que Sasha nos deixasse a sós ao menos por algumas horas. Eu tinha certeza de que, seja lá o que Lana queria me dizer, Sasha já sabia. Então, tirei vantagem da situação, e a enviei uma mensagem pedindo que nos desse um tempo.

Aguardei ansiosa e, quando a vi atravessando a porta da sala, levantei-me da cadeira e a recebi com um beijo. Ela estava tensa em meus braços, por isso descolei nossos lábios e a fitei nos olhos, encontrando-os marejados.

— Lana, você está me deixando preocupada... — Segurei seu rosto com cuidado

— O que está acontecendo?

Ela desviou o olhar, notando pela primeira vez o jantar à luz de velas.

— Lena — tapou a boca com uma mão, abafando a sua voz

— Por que fez isso tudo?

— Porque eu quis um momento especial com a minha garota — disse em um sussurro, beijando o canto da sua boca. Ela voltou sua atenção para mim com um sorriso triste, então se soltou.

— Você me ama, certo? — perguntou com lágrimas nos olhos.

— Ainda acredita nos meus sonhos e sabe o quanto são importantes para mim?

— Você sabe que sim, Lana. — franzi o cenho. Ela já havia me perguntado aquilo antes de eu vir para cá.

Lana se afastou, meneando a cabeça copiosamente. Como se estivesse pensando e organizando as próximas palavras a serem ditas.

— Lena, eu... — exalou pelos lábios trêmulos

— estou grávida.

Meu coração deu uma guinada no peito, então meus olhos desceram do seu rosto até a barriga lisa.

— De verdade? — perguntei atônita, sentindo os músculos do das minhas bochechas se contraírem. Eu estava sorrindo.

— Sim — soltou em um suspiro longo.

— Lana, isso é... — Aproximei-me dela, circundando sua cintura e me ajoelhando

— maravilhoso!

— O quê? — Segurou-me pelos ombros e me empurrou.

— Lena, não! Eu não posso...

— Como assim não pode? — perguntei confusa, sentindo o coração apertar com o seu tom de voz.

— Eu não posso ter isso — respondeu ao tocar a própria barriga.

— Não entende? Isso acabaria com minha carreira, Lena — choramingou, voltando a me empurrar até que eu a soltasse.

— Lana, por favor, não fale assim, não é "isso".. é nosso filho — pedi com lágrimas borrando minha visão e apalpando desesperado o meu bolso à procura da caixinha.

— Tudo vai dar certo, minha flor. A gente se casa, e eu cuido de você... Cuido do nosso bebê. Você pode voltar a trabalhar depois que ele nascer…

Tirei a caixinha do bolso e, ainda ajoelhada, revelei o anel, Lana balançava a cabeça enquanto chorava, mas, ao ver o anel de diamante, arfou alto e cobriu a boca com ambas as mãos.

— Eu te amo, Lana — engoli o nó da garganta e continuei

— Eu sempre apoiarei os seus sonhos, mas me permita realizar os meus também. Permita-me ter uma família com você, permita-me ser mãe. Vamos realizar os nossos sonhos juntas, amor.

Ela soluçava em meio às lágrimas. Segurei na mão dela e depositei o anel na sua palma, aguardando por uma reação. Esperando por sua resposta. E, quando ela o deslizou por seu dedo, pude respirar de novo.

— Eu te amo — eu disse sorrindo.

Ela desgrudou os olhos do anel ao ouvir a minha voz e me olhou.

— T-também — respondeu aos soluços.

Levantei-me num rompante e a ergui nos braços, distribuindo beijos por seu rosto molhado.

Continue Reading

You'll Also Like

313K 13K 60
╰┈➤ *⋆❝ 𝐢'𝐝 𝐫𝐚𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐧𝐨𝐭 𝐥𝐨𝐬𝐞 𝐦𝐲 𝐜𝐨𝐟𝐟𝐞𝐞 𝐭𝐚𝐛𝐥𝐞 𝐚𝐬 𝐚 𝐫𝐞𝐬𝐮𝐥𝐭 𝐨𝐟 𝐲𝐨𝐮 𝐩𝐢𝐬𝐬𝐢𝐧𝐠 𝐨𝐟𝐟 𝐭𝐡𝐚𝐭 𝐭𝐢𝐦𝐞-𝐛...
985K 17.1K 43
What if Aaron Warner's sunshine daughter fell for Kenji Kishimoto's grumpy son? - This fanfic takes place almost 20 years after Believe me. Aaron and...
958K 40.3K 81
Maddison Sloan starts her residency at Seattle Grace Hospital and runs into old faces and new friends. "Ugh, men are idiots." OC x OC
19.1K 193 39
Hi so this is my first time writing a fanfic, so sorry if it bad 😓😅 and uh yes in the book you guys are 17 or 16 And i do not own the characters or...