O início do sonho

By BiaCout

4.2K 795 1.4K

(Continuação do livro Sonho Realizado) Como um sonho começa? Ele não surge simplesmente mas quando se sonha m... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Pausa

Capítulo 18

89 17 15
By BiaCout

Enquanto Janete e Antônio brincavam de Tom e Jerry, Bruno ia ao bar de sempre, esperando que Marcelo já estivesse lá. Era engraçado ver a alegria dos jovens universitários, cheios de sonhos e planos para o futuro, ele já fora assim. Só esqueceram de avisar que a vida de adulto era um pouco mais difícil, porque a caminhada ainda continua até você alcançar o que quer para a sua vida.

O bar, com cadeiras e mesas de madeira espalhadas pela calçada, estava lotado. Se não tivesse alguém conhecido em uma delas, teria que ficar no balcão. Mas Bruno conhecia a maioria daqueles que estavam ali, olhou ao redor e avistou a moça que passaria a noite. Sua acompanhante do casamento já havia rodado há um tempo. De roupa de trabalho, afrouxou a gravata e procurou Marcelo, que ao contrário dele, teve oportunidade de trocar o macacão da produção.

— Fala bro! Quer uma breja?

— Manda ver! - Bruno sentou-se ao lado do amigo, o assunto teria que ser tratado em códigos, afinal não era de bom tom falar disso na frente das moças da mesa.

— Sabe, conheci a vila. - Marcelo passou o copo para Bruno sem o colarinho, esse bebeu de um gole só. Marcelo encheu de novo.

— E é bom lá? - o olhar que recebeu foi de nojo, afinal o grupo transado era sempre o mesmo, como exemplo Jaqueline estava na mesa com eles.

— A cerveja é gelada pelo menos. - Bruno entendeu. Marcelo pelo seu porte não precisava pagar para ter sexo, tinha lábia de bohemio, beleza de Deus ébano e um olhar avassalador para qualquer mulher. Eles riram e brindaram. - O que vi, me deixou curioso.

— O que seria meu amigo? - mais um gole ávido e o tirar de vez a gravata, essa foi parar no bolso.

— Uma correria - Marcelo lambeu dos lábios a gota de cerveja. - Uma menina com cara de assustada, sai correndo pela porta da casa da luz vermelha.

— Até aí, imagino várias coisas. - pegou o copo e deu gole, mas congelou com eles nos lábios.

— Era Claudinha, Bro. Sei que era ela, apesar dos hematomas.

Bruno o olhou intrigado, Marcelo devolveu preocupado. O ar pareceu pesar, todos na mesa se calaram mas o bar não. Como podiam estar se divertindo Bruno não sabia. Olhou ao redor e respirou fundo.

— E onde ela está? - pergunta saiu baixa, mas ouviu quem interessava.

— Não sei, logo que ela saiu da casa eu fui atrás mas não a via. Não sei por onde foi...

Os pensamentos embaralhados e a cerveja descendo mal, Bruno ficou quieto. A mesa entrou em outra conversa apesar de o mundo estar de pernas para ar. Será que deveria ir na polícia? Será que devia correr ele mesmo? Será que...?

— Antônio.

Partiu sem virar o copo na mesa ou deixar uma cerveja paga. Marcelo sabia que a presa fazia isso, continuou a desconversa quando perguntaram onde ele fora. Piscou para a moça que estava interessada em Bruno e logo começou a conversar com ela, aquela noite seria longa, para uns boa para outros nem tanto...

....

Antônio e Janete estavam exaustos. Ele tentou mais um carinho na esposa, mas não houve sucesso. Sabia da lei do resguardo mas o que ela aprendera com o corpo era o suficiente para o aliviar, por hora. Mas naquela noite, nem ele prosseguiu. Já haviam brincado muito.

O emprego estava a mil, logo a abertura política aconteceria e as especulações de como afetaria o meio tecnológico era o assunto da empresa. Ele teria que agir para ter o seu próprio negócio e o momento estava se aproximando. A casa era ótima, mas dava trabalho para Janete apenas. Uma boa dona de casa, não deixava uma poeira no lugar.

Assim, o dia dela foi cuidar da casa e da filha, fora os alunos que foram em horário diferente e atrapalhou a sua rotina. Quando Janete caiu na cama, apagou.

Até que um barulho a fez mexer, Antônio ficou alerta com o movimento incomum e ouviu outro barulho maior, vindo da sala de estar. Parecia que a televisão caíra no chão. Em um pulo ele ficou de pé e, de cueca samba canção, caminhou até a porta.

— Joana - falou Janete baixo atrás dele, que apenas assentiu.

Ele caminhou até a sala e ela até o quarto da menina que estava mais próximo no corredor. Chegando lá, ele viu um homem de jeans com a camisa social para fora do cós e o olhar desnorteado. Antônio apenas pensou nas mulheres que tinha que defender.

Pegou uma prateleira de madeira que estava ali após Janete ter tirado do armário do banheiro e ainda não tinha jogado fora, foi devagar até o homem moreno e de bigode. Parecia bêbedo, antes fosse o efeito do álcool, Antônio conhecia bem com ficava as pessoas que se drogavam. Aquele estava muito pior!

— O que faz na minha casa?

— Cadê ela? Minha menina só pode estar aqui! Cláudia! Cadê você meu amor? - o homem gritava em plenos pulmões.

— Cláudia está desaparecida há dias, rapaz. Quem é você?

— Sou o dono dela! A quero agora! - ele puxou uma arma da parte de trás da cintura e apontou para Antônio, no momento que Janete apareceu com a filha no colo. O grito dela foi estrondoso.

— Calma - ele se colocou a frente da esposa. - Já disse que Cláudia não está aqui - apesar das palavras calmas Antônio tinha um coração acelerado.

Pelo canto do olho viu um movimento atrás do homem que ameaçava sua família. Queria ligar para a polícia mas esperou, até alcançar o telefone demoraria e drogado do jeito que o homem estava, qualquer movimento brusco o faria atirar.

— Eu quero Cláudia agora! - berrou segurando firmemente a arma para Antônio. - Que se exploda Marina!

Aquilo sim era uma informação, as peças começavam a se encaixar para Antônio. Aquele só podia ser... Não teve tempo de completar o raciocínio.

Bruno entrou e acertou Jorge na cabeça, com uma garrafa que Janete guardava na varanda. No golpe, Jorge caiu desmaiado e Janete chorou baixinho.

Os amigos se olharam e agiram rápido, tiraram o homem da casa e o amarraram a um quarteirão de distância. Claro que Antônio lembrou de se vestir, mas a camisa ficou em esquecida no ombro. Tudo o que queria era dar uma autora naquele que ameaçara a sua família.

Continue Reading

You'll Also Like

366K 23.1K 61
Jeff é frio, obscuro, antissocial, matador cruel.... sempre observava Maya andando pela floresta, ela o intrigava de um jeito que ele mesmo não conse...
81.9K 3.8K 74
✞༒𝖁𝖎𝖓𝖓𝖎𝖊 𝖍𝖆𝖈𝖐𝖊𝖗༒✞ 𝑺𝒖𝒂 𝒑𝒓𝒐́𝒑𝒓𝒊𝒂 𝒇𝒂𝒎𝒊́𝒍𝒊𝒂 𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒑𝒓𝒆𝒛𝒂. 𝑺𝒆𝒖 𝒑𝒂𝒊 𝒍𝒉𝒆 𝒕𝒓𝒂𝒕𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒊𝒏𝒅𝒊𝒇𝒆𝒓𝒆𝒏�...
1.8M 134K 43
Strix é uma escola de submissas onde mafiosos investem para terem as suas. Emma foi criada na Strix e ensinada para se tornar uma, mas a garota não é...
105K 7.5K 39
𝗖𝗥𝗜𝗔𝗥 uma criança não é um assunto fácil ainda, mas quando os dois melhores pilotos da atualidade são os pais. "Eu passei nove meses com ela na...