Capítulo 17

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— Quinze dias, bro! Quinze dias de agonia. - falava Antônio ao telefone com Bruno.

— Calma, vou me encontrar com Marcelo hoje e poderei saber algo de Cláudia.

— Sim. Isso também. Espero estar enganado, mas acredito que tenha algo haver com Marina. - o papel que ele procurava estava embaixo da pasta a frente, ao puxar o barulho foi alto. Levando as canetas ao chão.

— O que houve Bro? Será que Marina tem algo com isso?

— Hoje estou desastrado, precisando me aliviar, se me entende. - Antônio suspirou. - Nunca confiei no broto, sabe disso. Se alguém me falar que ela rouba eu irei acreditar...

— Tonho vou ver se a informação de Marcelo é valida. Quanto ao seu alívio, melhor se manter. Logo o resguardo acaba e você poderá se satisfazer. - dito isso Bruno desligou o telefone e voltou ao trabalho.

Por sua vez, Antônio não se contentou. Revirou-se na cadeira e tentou se acomodar. A secretária entrou na sala com os documentos e ele não resistiu a olhar suas pernas, a mostra na saia abaixo do joelho. Respirou fundo e foi profissional com ela, mas seu corpo clamava pelo alívio. Trabalhou naquela manhã com pensamentos pecaminosos, ainda mais para um homem casado.

No fim, Janete gostara da casa e tinha aceitado o que Antônio dissera. Ele havia avisado que a casa era idêntica a outra porém não a mesma. Se mudaram naquele dia mesmo, depois do almoço Antônio parou o caminhão em frente e tiraram os móveis com cuidado. O cheiro da tinta já havia passado. Vislumbrada com o novo lar se deu por satisfeita, mas algumas caixas teriam que esperar a noite, se Joana dormisse.

Adiantar a mudança fora ideia de Antônio, estava ansioso por aquilo e um tanto nervos como se houvesse uma ameaça, Janete não se importou.

Já instalada, ficou contente com a mesa na cozinha, podendo fazer o jantar ou dar aulas particulares enquanto olhava Joana em seu carrinho. Perdeu alguns alunos pela mudança mas estava satisfeita com os que ficaram com ela. O dinheiro era para ela, já que Antônio não deixava falar nada em casa.

Julita sempre a ajudava mas uma ajuda diária seria mais necessária, logo pensou em falar com o marido se poderiam chamar alguém para ajudar no serviço doméstico, aqueles mais pesados. Claro que ela já tinha alguém em mente, parecia uma boa menina, de família e estudiosa. Aceitaria bem serviço se combinado um preço justo, que para ela seria para se manter na escola.

Sua família mantinha o necessário em casa, mas as despesas com o material escolar estava sobrecarregando o orçamento familiar. Keila nem pensava em deixar os estudos, por isso já tinha conversado com Janete. Apesar da casa ser maior e luxuosa, o bairro era hulmide e muitas famílias passavam por essa situação.

Joana chorou e Janete a pegou no colo, seguiu os passos de sua mãe sem perceber. Fralda, banho e peito. Descobriu que era fome e percebeu que estava na hora.

— Meu anjo, tudo para você e sempre para você. - acariciou os cabelos pretos da bebê.

O dia passou tranquilo para todos, menos para Cláudia que recebera a visita de Jorge.

A noite, Antônio coçava-se em casa, sentava e levantava. Pegava Joana no colo e passeava com a desculpa de acalmar o pranto, que de certa forma estava dando certo. Janete colocava a mesa da janta e após comerem deu o último leite a filha, depois desse apenas de madrugada. Antônio olhava o seio da mulher com desejo, chegou a salivar pensando em sua boca ali. Nem sentiu o gosto bom do jantar e pouco ouviu o que Janete falava. Apenas concordou.

Depois da sessão de tortura, Janete levantou a fim de levar a bebê para o seu quarto, decorado com detalhes rosas para combinar com a roupa de cama, ou seja, do berço.

— Nete, vem aqui por favor - ele estava sentado no sofá e bateu ao seu lado. Ela atendeu o pedido, decifrando o olhar de desejo.

— Antônio - aquele tom de advertência fez a pele dele arrepiar, nada como um desafio.

— Sabe eu estava pensando - Antônio se aproximou e lhe beijou o pescoço. - A gente podia brincar um pouco - beijou o seu colo. - Apenas uma brincadeira - segurou o busto farto de leite.

Janete estava quente desde o primeiro contato. Agarrou o pescoço de seu marido que por sua vez a colocou em seu colo. O beijou na boca acendeu ainda mais os dois que esperavam ansiosamente o tempo do resguardo. O que não impediu Antônio de passear com a boca pelo corpo de Janete.

Primeiro tirou- lhe a blusa e beijou toda a extensão da barriga, acariciando o umbigo com a língua, chegando no pequena cicatriz a cima do sexo. A admiração dele aumentou ao ver aquele sinal e depositou um beijo delicado ali. Janete estremeceu com a promessa e quando ele tirou o seu short, deixando de calcinha.

Ele o puxou e beijou a boca e pescoço, tirando sua camisa e massageando os músculos definidos. Repetiu os gestos dele e chegou a cintura da calça. Com o tempo aprendeu alguns truques, então se pôs de joelhos no chão e abriu a calça sendo saudada pela sua ereção. Antônio, desde o vacilo do dia do parto, se mantera fiel, mas quinze dias era muito! Ainda mais vendo os seios da esposa, sabia que era errado desejar vendo-a dar de mamar mas não conseguia aguentar.

Enquanto ela o torturava com a boca, ele jogava a cabeça para trás sentindo os músculos se tensionarem e desejando mais. Em um gesto rápido, a colocou deitada no sofá e fez o mesmo com ela, que gemia baixo para não acordar Joana. Entregue ao desejo, Antônio foi cuidadoso e se posicionou cima dela, quando...

— Não, Tonho - ela o repreendeu ofegante. - Não podemos.

— Só um pouquinho, Nete. Estou subindo pelas paredes...

— Se fizermos, poderei ficar mal de saúde, amor. Agora falta pouco. - As mãos dele passeavam entre a umidade dela até os joelhos, seu membro a ponto de bala.

— E se... - ele não teria de propor aquilo. Teria? - E se tentássemos algo novo?

— Como assim? - ela ofegava pelas carícias dele e fechava os olhos aos sentir.

— Aqui - ele passou a mão onde queria estar. O que a fez pular de susto do sofá.

— Você está louco? - dessa vez ela gritou. - É sujo e nojento!

— Nete, por favor. Preciso de alívio!

— Então vá tomar um banho frio! Não me confunda com suas putas Antônio! - ela pegava as roupas do chão e começava a vestir. - Isso que você quer é errado e asqueroso! Eu não aceito.

Ele respirou fundo e percebeu que assustou para valer.

— Tudo bem, então volte para cá. Vamos continuar a brincadeira, sem eu entrar, tudo bem?

Ela parou e olhou. Não era justo deixar um homem tão cheio de vida como Antônio na vontade assim. Sorriu maliciosa e tirou o que havia vestido.

— Tudo bem - falou sensual. - Mas para isso você terá que me pegar.

Ele não pensou duas vezes ao levantar do sofá e correr atrás dela. Na antiga casa, a corrida era menor, mas ali ele teve que provar sua agilidade. Pegou e a encurralou na parede, beijou e passou a mão pelo seu corpo, mas ela fugiu de novo.

Rindo feito crianças e fazendo carícias de adultos, pararam apenas no chuveiro, onde tomaram um banho e ela o aliviou. Para ele foi uma sensação ímpar e retribuiu com carinho o que recebeu. Seguindo as recomendações médicas é claro.

O início do sonhoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora