O início do sonho

Από BiaCout

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(Continuação do livro Sonho Realizado) Como um sonho começa? Ele não surge simplesmente mas quando se sonha m... Περισσότερα

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Pausa

Capítulo 2

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Από BiaCout

— Eu não aguento mais - falou Bruno segurando a barriga de tanto rir. - Fala de novo, para eu ver se eu entendi.

— Eu vou me casar com Janete - Antônio revirou os olhos, ao ouvir outra gargalhada do amigo de faculdade.

Bruno sempre fora o seu braço direito, estava ao seu lado quando saiu da casa do pais e começou o emprego. Moreno, de olhos pretos e magro, comparado a Antônio, sempre tinha uma palavra amiga, porém dessa vez, não parava de rir do amigo.

— Se ferrou de verde e amarelo, Tonho! - outra risada veio.

Antônio passou por trás dele e lhe deu um tapa na cabeça, mesmo assim não parava de rir. Boêmio como Antônio, sua garra e fama era lendária no Campus da faculdade. Boa parte do que Antônio fazia aprendera com ele, mas esse fazia escondido, por isso Janete aceitou o namoro. Ninguém sabia da metade do ele fazia.

— Pode parar. Você não está ajudando... - Antônio lhe deu uma cerveja enquanto na televisão passava o jogo de futebol, daquele domingo. Era sagrado verem juntos.

— Calma rapá, eu posso te ajudar. -  Bruno parou para respirar.

— Como? Ela está grávida! Grávida, Bruno. Não sei como isso aconteceu...

— Se não sabe, então você não é o pai - Bruno bebeu um gole da cerveja no gargalhou da garrafa de vidro.

— Vai te catar! Você entendeu o que eu disse. - Antônio irritado por ser motivo de riso, explodiu.

— Claro, Brô! Eu entendi. Mas agora que aconteceu não tem jeito. Terá que casar! - o time do coração fez um gol, fazendo os dois darem um pulo do sofá e baterem as mãos no ar.

— E se você me desse aquele chá? Aquele que sua tia faz.

— Janete não vai tomar. Carola do jeito que é, nem adianta você tentar. - eles sentaram novamente vendo o jogo desenrolar. - Se fosse o broto, ela tomaria.

— Nem me fale em Marina. Falei com ela e ela me desafiou. - Antônio passou a mão na cabeça.

— Imagino, aquela é osso duro de roer. Ela te desafiou a quê?

— A ser fiel.

Bruno não aguentou e dessa vez rolou no chão de tanto rir. Aquela era uma situação que ele queria ver, Antônio sendo fiel a Janete. Com suas aventuras frescas na mente, lembrava que Antônio não ficou nem seis meses fiel a namorada. Ainda não entendia porque ele a escolhera mas já que estavam juntos, respeitava a menina, mesmo sendo linda demais para o seu amigo e não merecer metade do que ele faria.

— Agora Tonho, não posso te defender. E estou do lado dela, farei uma aposta.

— Que tipo de aposta?

— Quanto tempo você vai conseguir se manter fiel. - Bruno segurou o ombro do amigo e gargalhou mais uma vez.

....

O jantar fora marcado para aquela sexta, às oito da noite, por a hora da janta. Antônio falará ao seu amigo que não poderia sair porque perdida a mão de Janete ao Seu Pedro. Após ouvir mais uma gargalhada e ser motivo de chacota para os colegas de farra, ele passou na joalheria com o dinheiro que pegara no banco.

Esperava ser o suficiente para comprar um anel adequado, mas os preços eram um absurdo. Mesmo assim, optou por um com uma pequena pedra de brilhante em cima do dourado. Singelo e simples, parecido com a Janete.

Riu ao ver a moça embalando a caixinha vermelha de veludo, depois dela suspirar. Aquela era uma conhecida da noite e vê-lo ali foi uma surpresa, vendo a compra ela se assustou. Mas assentiu.

— Só queria que você soubesse - ela deu uma pausa e olhou em volta. Vendo que estavam sozinhos no balcão continuou. - Que você foi o melhor da minha vida!

Antônio pegou a sua mão e a beijou, a moça fechou os olhos e sentiu o toque de carinho em sua pele. Não teria mais aquilo, ele iria se casar.

— Eu também não tenho o que reclamar - ele virou sua mão e beijou a palma, sinal de intimidade. Depois virou as costas e saiu da loja.

Deixou para trás a vida boêmia e a moça, que não lembrava o nome. Aquela noite fora uma das mais loucas que tivera. Além dela ficará com mais duas, separadas obviamente.

Foi para casa se arrumar. Em frente ao espelho de madeira e do tamanho ideal, ele vestiu a camisa de botão branca e uma calça cinza. Gostou do que viu ao tirar o pente preto do bolso e pentear o cabelo para trás. O sapato lustrado fazia barulho na calçada e chegou rápido a casa de Janete.

Abriu o portão branco e pequeno para bater na porta.

— Que bom que você chegou - falou Janete urgente, puxando-o para dentro. - Passou perfume?

— O que aconteceu? - falou junto com ela fazendo os dois rirem. - Não era para passar, está demais?

— Não. Está ótimo e lindo como sempre. Só atrasado.

Uma coisa que o sogro não gostava era de atrasos. Então andaram apressados pela sala até chegarem na mesa do jantar. Seu Pedro já estava sentado com Dona Julita.

— Boa noite. Perdão pelo atraso. - falou Antônio se sentando na cadeira ao lado de Janete.

— Faça a oração Julita. - foi a única fala de Pedro, que fechou os olhos e ouviu a esposa com atenção.

Após a oração, todos começaram a jantar o delicioso cozinho de Julita. Os pratos de louça pintados a mão preparava Antônio para o que vinha seguir. Não era qualquer ocasião, já jantara lá e não usou esse prato. Janete contou a mãe com certeza. Após a sobremesa, pudim de leite feito por Janete, todos esperavam a sua fala. Assim, a mesa ficou em um silêncio incômodo.

— Então, rapaz. Quer me falar alguma coisa? - Antônio engoliu a seco ao ouvir seu sogro, podia ver um fio de suor escorrendo em sua face. Janete pegou a sua mão na mesa e apertou dando a força necessária.

— Eu gostaria de pedir a mão da sua filha em casamento - ele falou de uma vez, senão poderia gaguejar.

O sorriso dos três se abriu para ele. Seu Pedro esperava por isso desde quando começaram a namorar há um ano. Sua filha não apresentaria alguém que não fosse para isso. Passou a mão pela cabeça calva.

— Pensei que nunca fosse pedir.

— Pai!

— Pedro!

— Ele frequenta nossa há um ano, ora. Demorou muito, mas foi bom porque o conheci melhor. - Pedro deu de ombros. — Vi que é esforçado, trabalha e estuda. Poderá dar um bom futuro s minha filha. Eu concedo!

As mulheres respiraram aliviadas e Janete abraçou o seu noivo. Antônio pegou a sua mão e colocou a aliança. Estava feito! Agora não teria volta, iria se casar e ponto.

— ...para daqui a seis meses...

— Não! - disseram a Julita e Janete juntas. Pedro olhou para Antônio que foi acordado pelo coro.

— Por que não? - Pedro ficou alarmado com o desespero.

— Já tenho casa, Seu Pedro. Precisamos apenas planejar o casamento. - Antônio riu. Tinha que convencê-lo, por ter amor a vida.

— Não entendi. O que está acontecendo aqui? - Pedro olhou a mulher e depois para a sua filha, irritado.

— Quero dar um um passo grande com sua filha, senhor. Não posso esperar. - Antônio tentou.

— O que quer dizer, rapaz? - agora a fúria estava voltada para Antônio.

— Nós já demos. Eu já sou mulher pai. Mulher de Antônio. - falou Janete envergonhada pela revelação.

— O que disse? - Pedro gritou ficando pé. Pegou Antônio pelo colarinho e o levantou.

Como o baixinho e gorducho conseguiu essa proeza não sabemos até hoje, mas a raiva se explica.

— Calma pai - disse Janete segurando os ombros do pai. - Vamos nos casar logo. - ao livrar do pedido, Pedro soltou um Antônio pasmo.

— Dois meses. Daqui há dois meses. - Pedro ajeitou a camisa e apontou o dedo para Antônio. - E nem pense em desaparecer, Antônio. Vou a sua casa ver se é própria a minha filha e se não for, você irá comprar outra!

Dito isso, Antônio suspirou. Dois meses era perfeito, a barriga não apareceria no vestido e sua vida seria salva. Depois do incidente a mesa, os homens foram conversar na varanda enquanto as mulheres arrumavam a mesa. O clima tenso e o medo deixavam Antônio sem palavras.

— Só não te capo porque quero netos - falou Pedro. Antônio pensava que isso poderia acontecer, já tinha resolvido essa questão.

Ficou quieto enquanto tragava o cigarro oferecido pelo sogro, sinal de paz. Aquele caminho para o altar seria longo, esses dois meses seriam eternos e ele estava ferrado, de verde e amarelo.

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