Os olhos da Noora intercalam entre mim e a Astoria. Ela tentava processar o que havia acontecido.

- Draco, eu não consigo entender, me disse que você e a Astoria não tinham nada, disse que ela nem se importava com você, falou que nunca encostou nela. - me olhava perdida, foi como um soco no estômago.

- O quê? Eu não beijei você, sua cobra! - Vocifero querendo arrancar a cabeça daquela mentirosa.

- Vai dizer que não nos beijamos horas atrás no seu quarto? - Astoria me desafia.

- Sim, mas não foi do jeito que está pensando, Noora. - seguro o braço dela antes que ela vá embora e nem me dê a chance de explicar. - Ela me beijou! - tento me explicar.

- Tá aí uma coisa que todo homem diz e mulher nenhuma acredita. - Blasio diz brincalhão e eu posso me imaginar matando ele ali mesmo.

- Por favor, me escuta. - peço para ela a impedindo de se mexer, um tapa atinge o meu rosto, me fazendo segurar as suas duas mãos. - Primeiro você me escuta. - tento manter a calma.

- Eu já escutei o suficiente. - ela esbraveja correndo de mim.

Não. Não. Não.

Antes que ela possa sair, a agarro pelas costas e após muitos chutes e tapas, a consegui colocar para dentro do meu dormitório, o trancando logo em seguida.

- Você me bate depois que me escutar. - aviso a colocando na cama. Passando a mão na perna machucada. - você é violenta demais, acho que não vou conseguir jogar amanhã.

- Voltei aqui para você se explicar ou para você se consultar comigo? - me dá um fora.

- Eu não a beijei, pelo menos não de início. - explico e ela me interrompe.

- É essa a sua defesa? - ela se levanta e eu a empurro novamente na cama.

- Da pra você não me interromper? - peço e ela arregala os olhos.

- Está abusando da minha boa vontade.

- Boa vontade? Eu arrastei você até aqui e você me chutou inteiro, não teve boa vontade alguma.

- Malfoy, eu te dou 10 segundos. - ela ordena me fazendo arrepiar, seus olhos me confrontavam e eram semelhantes aos de uma cobra.

- E-eu...

- Acabou o seu tempo. - ela se levanta novamente me fazendo ficar na frente da porta.

- Eu juro que não a beijei, ela me beijou. - Digo olhando nos seus olhos. - Eu estava aqui, tinha acabado de tomar banho e estava deitado na cama, ela entrou no meu quarto e me beijou. - procuro em algum lugar no rosto bravo um indício de que acredita em mim.

Ela solta a maçaneta, posso respirar de alívio.

- Por que está se explicando para mim? - seguro os cotovelos dela. - só uma noite, esqueceu?

Sorrio a abraçando pela cintura.

- Eu queria tanto que pudéssemos ficar juntos. - ela me olha sorrindo.

- Mas podemos.

Nego com a cabeça, é claro que não podemos, se pudéssemos, eu iria estar beijando-a até durante a aula do Snape.

- Eu adoraria, Noora, mas infelizmente não é possível.

- Claro que é, se fizéssemos escondido. - ela me beija e eu tento manter a concentração. - Só precisa me dizer o motivo. - nego com a cabeça a afastando.

- Isso eu não posso, Noora, não... - ela senta no meu colo me fazendo perder a fala. Ela deve ser algum tipo de anjo ou coisa assim.

- Eu juro que não vai fazer mal, você não confia em mim? - ela me olha triste brincando com a gola da minha camisa. - sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe? - sussurra enquanto beija o meu pescoço.

- A minha família descobriu o meu ponto fraco, bom, não só ela, como o lorde das trevas também, maldita Bellatrix. Ele consegue se comunicar conosco por meio da marca, e toda hora me mandar matar o cara, se eu não fizer, você vai morrer. - digo antes que eu possa controlar a minha língua.

- Tem mais algum outro comensal aqui em Hogwarts pra te ajudar a fazer isso? - sua voz me faz ficar mais fraco ainda. Assinto.

- O Snape está aqui o tempo todo. - gemo quando ela morde a minha orelha. - Tem também a única forma de invadir hogwarts, um armário sumidouro.

- O que? - ela responde assustada parando de me beijar.

- É isso. - digo baixo a puxando para o meu colo novamente, não conseguia raciocinar mais com ela me beijando daquela maneira. - Acha que pode ser minha? - pergunto passando a língua pelo seu maxilar.

- Não. - se levanta me fazendo cair a ficha, ela acabou de me enrolar? - eu disse que só era sua se me implorasse, não disse? - assim que ela põe a mão na maçaneta, corro em seu encontro.

Sabe a parte do anjo? Eu retiro o que disse, ela era um demônio. O mais tentador que existe.

- Quer, que eu implore? Eu imploro. - digo a colocando contra a porta. - Por favor, seja minha.

Um sorriso brinca nos lábios avermelhados.

- Não assim, vai ter que me implorar de joelhos. - o meu orgulho infla como uma bola.

Eu não vou ficar de joelhos para ninguém, esse é o ápice da humilhação.

- isso não vai acontecer.

- Então isso... - aponta para nós dois. - não vai acontecer.

BE EVIL || DRACO MALFOYحيث تعيش القصص. اكتشف الآن