7: descobrindo

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"Eu me pergunto se estou sendo real

Eu falo o que penso ou eu filtro como me sinto?
(...)
Eu me pergunto, eu me pergunto

Logo antes de fechar meus olhos
A única coisa que está em minha mente
Tenho sonhado que você também sente isso
Eu me pergunto como é ser amado por você"

Wonder| Shawn Mendes

AINDA COM OS olhos fechados, as memórias da noite anterior percorreram todos os caminhos do labirinto escuro que era minha mente enevoada

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AINDA COM OS olhos fechados, as memórias da noite anterior percorreram todos os caminhos do labirinto escuro que era minha mente enevoada. Desde a hora que chegara á festa, até ao momento em que estava vomitando as tripas no vaso.

Abri os olhos e me sentei na cama sentindo o mundo ao meu redor querer ruir sobre minha cabeça.

No entanto, eu não pude deixar de tornar todos os movimentos em meu corpo destruído pelo álcool excesso em minhas tripas, bruscos, pois aquele pedido de chamada irritante em meu laptop me dizia para atender.

E eu o fiz. Não porque era Angie, mas sim porque eu precisava que a porcaria do som estridente parasse de martelar as paredes de meu crânio. Aquilo era uma tortura que eu não queria passar. Não depois de toda a tragédia que havia sido a noite passada.

— BOM DIA!! — e a última coisa que eu realmente precisava era a minha amiga de infância gritando em meus ouvidos.

Porque quando eu precisava meu computador tinha sempre o som dos alto-falantes trancado?

Convenientemente ele estava destrancado. Logo agora que não era necessário e eu estava prestes a jogar o computador na parede só para que eu pudesse dormir afogada meus lençóis até que a luz do sol não me fizesse querer morrer por interferir tanto com minha cabeça completamente destruída.

Pressionei minhas pálpebras com força e massageei minhas têmporas suprimindo um suspiro de dor. Percebi pelo silêncio de Angie que a mesma era possuída por todas os questionamentos possíveis naquele momento.

— Ok... Que merda aconteceu com você, Aria? Parece que rebolou no gramado a noite toda. — ela se referia a meu cabelo duas vezes mais volumoso que o normal, minha cara amassada e maquiagem defeituosa. Inspirei uma dose de coragem e enfrentei minha dor, abrindo os olhos. Angie continha um sorriso malicioso em seus lábios rosados que se dirigia a mim.

Seus cabelos cor de fogo estavam presos em coque básico e desfeito, dando aquele ar desleixado que tão bem ficava nela e uma camiseta preta de estampa dos Ramones em em corpo. Atrás dela, seu quarto se encontrava em perfeito estado e organizado, tirando a cama de casal. O que me fez imaginar que ela tinha apenas acordado, ajeitado seus cabelos para ligar para mim em seguida.

— Eu não rebolei. Pelo menos não no gramado. — constatei, passando os dedos por meus cabelos, depois de perceber o lixo que me encontrava. Os amarrei em um coque também, a vendo rir.

NICKTOPHILIA #1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora