34: detestável sentimento

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"Oh querida todas essas luzes da cidade
Não são capazes de brilhar mais que seus olhos."

Car's Outside| James Arthur

EU PODERIA TER vivido muito bem sem os ciúmes que passei a sentir desde que tive a conversa com Aria na virada de ano

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EU PODERIA TER vivido muito bem sem os ciúmes que passei a sentir desde que tive a conversa com Aria na virada de ano.

Sendo honesto comigo mesmo, talvez eu sempre tivesse á mercê dessa palavra no que tocava a Clark, mas eu não me dava ao luxo de admitir porque não fazia sentido admitir querer partir o braço de qualquer um que lhe tocasse, ou arrancar a língua de quem era corajoso o suficiente de flertar com ela na minha presença. Não éramos nada para além de conhecidos que se davam terrivelmente mal, na altura, e não faria sentido.

Mas agora, dias após ter entregue meu coração a ela e saber que tinha o dela, o meu limite de tolerância desceu significativamente, o que significava que a mínima interação masculina alheia com Aria fazia todos os sentimentos mais egoístas e negativos crescerem á flor da pele.

Eu era como uma bomba relógio, andando pelos corredores da escola naquela primeira semana. E os encontros escondidos em nossas casas e a forma hesitante como interagíamos em frente a todos, já não estavam mais me saciando.

Podia ser perturbador para qualquer um que me conhecesse minimamente, mas a verdade era que eu queria ter a liberdade de abraçar Aria quando sentia que devia, beijá-la quando a saudade era desesperadora demais sem me preocupar com a possibilidade de estar colocando nossas famílias em perigo. Eu queria Aria sem o medo que finalmente não sentia e passara meses lutando contra e mostrá-la ao mundo como parte de mim.

Queria deixar todo mundo sabendo que Nick McCartney estava de quatro por uma garota e não tinha vergonha disso.

Mas não podia, ainda, e isso me perturbava. Como se a qualquer momento fôssemos quebrar...

Balancei a cabeça, afastando todos os pensamentos intrusivos.

Não íamos quebrar. Dessa vez era real e eu iria com tudo.

— Você sabe... Eu acho que é melhor você confrontar seu pai e perguntar tudo o que você quiser perguntar, primeiro. — Matthew opinou, testando a minha paciência ainda recarregando em plenas oito da manhã. — E apenas decidir agir pelas próprias mãos se ele mentir. E claro, me avisar quando for fazer algo porque não vou te deixar lutar sozinho.

Neguei, tentando mesmo ouvir e absorver o conselho de meu melhor amigo, porque ele certamente teria razão, mas aquela cena no meu olhar periférico estava me incomodando para além da conta.

Me inclinei para beber a água da fonte e respirei fundo, limpando a boca com a manga do polo branco que eu tinha ganho coragem de usar. Quando recebi olhares descarados ao chegar na escola, minutos atrás, quis me esconder, mas lutei contra esse sentimento e aqui estava eu, prestes a cometer uma loucura por ver Johnson flertando com Aria sob a vista de todo mundo.

NICKTOPHILIA #1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora