prólogo

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EU CONSIGO VER todo o caminho que levei até esse dia, em um pequeno filme de quinze segundos sendo projetado em minha mente

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EU CONSIGO VER todo o caminho que levei até esse dia, em um pequeno filme de quinze segundos sendo projetado em minha mente.

Como eu estava feliz por deixar Filadélfia e viver na Califórnia. Quando eu finquei meus pés na areia branca de Laguna Beach. Quando eu fui crescendo pessoalmente e aumentando minha lista de pequenas vitórias. Quando me envolvi com o único garoto de personalidade quebrada que alguma vez conheci e amei, e nesse mesmo tempo perdi quem mais me fazia bem.

Esse último ano de escola devia ser aquele ano perfeito que eu sempre mencionaria a meus filhos com os olhos brilhando de felicidade pelas coisas que ganhei, pelos momentos felizes em que participei e que eu nunca perderia a oportunidade de partilhar, envolto de todas aquelas experiências loucas que me tinham feito quem eu era hoje.

Não um ano cheio de decepção, dor e angústia. Não um ano em que eu passaria metade das horas sentindo algo se partir em peito, cada vez mais profundamente, a cada vez que a hora de deixar se aproximava.

E eu abdiquei de muita coisa nesse meio tempo, tal como ganhei. Então acho que não posso reclamar, posso?

Eu sei que faria algumas coisas de forma diferente, e se eu soubesse o que o futuro estava guardando para mim, eu não teria desistido, teria me antecipado, teria lutado para uma chance de felicidade, para ela, para nós. Para todos os que a amavam.

No entanto, ao vê-la ser retirada de mim sem misericórdia, eu levei aquele tapa na cara do universo de que eu não podia perder tempo. Que eu teria que continuar lutando, agora ainda mais.

E é aí que você, Nick McCartney, meu pequeno grande demônio, entra.

Você, mesmo tendo seu fodido passado te perseguindo a cada noite, a cada Natal, a cada nota de música que eu fazia soar ao piano... você nunca perdeu uma oportunidade de me fazer sentir mais alta, mais forte. Chapada em suas palavras, em seu apoio, em seus lábios. Chapada do simples facto de que eu nunca deixei de pensar em você desde o momento em que você me foi apresentado como melhor amigo de Matt, naquele restaurante, quando éramos crianças.

Você não é tão mau assim, mesmo que você provavelmente acorde todos os dias e se encare no espelho, enumerando variadas razões pela qual você não é merecedor de tudo de bom que você tem. Que não é merecedor de me amar.

Porque foi isso que te impediu desde o início. Da mesma forma que meu medo de me deixar ser consumida por tudo aquilo que te rodeava, me impediu.

Mas a verdade é que eu te conheço. Nick. Conheço cada música que te move, cada motivo que te faz sorrir. E sei que você quer que esse buraco negro que espera sugar todas as boas vibrações, desapareça, seja vencido pela emoção de viver sem remorso, culpa ou morte, ou sangue.

Você espera isso, e sei que ambos conseguiremos chegar lá. Porque cada um dá o que pode, e enquanto você me dá o seu puro amor, eu retribuo toda a força que você me passou quando eu necessitei.

Porque a cada beijo afastei um pouco da sua obscuridade, a cada toque, eu espalhava um pouco de minha luz sobre sua pele.
Porque eu sentia ser capaz de te trazer à vida. E, mesmo submerso em memórias da morte, você também me trouxe de volta ao bons prazeres da vida.

E é por isso que nesse momento eu prezo por um futuro. Um futuro brilhante em que a lucidez de seu sorriso seja o meu farol, enquanto eu me deito em seus braços e encontro o meu porto seguro durante a tempestade.

Porque eu posso dizer com toda a certeza que há luz no fundo do túnel imerso na escuridão. E você é a prova disso.

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NICKTOPHILIA #1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora