41: eu vou lutar por ele mesmo

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"Não consigo dormir, todos os meus amigos estão preocupados novamente

É um ciclo do qual não vou sair

Sou a piada de uma piada doentia

Não consigo me forçar a sair de casa

Mas tenho medo de ficar sozinho

Eu digo que estou bem, mas parece que estou morrendo

Por que as palavras na minha cabeça ficam tão violentas?

Metade do tempo estou apenas sobrevivendo

Mas estou tentando, estou tentando"

I'm trying| Alexander Stewart

Eu estava ciente de ter prometido a mim mesma nunca mais ficar bêbada, não depois de quase ter me afogado com o meu próprio vómito, mas Elena me fez trair essa promessa assim que pôs os pés dentro do meu quarto

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Eu estava ciente de ter prometido a mim mesma nunca mais ficar bêbada, não depois de quase ter me afogado com o meu próprio vómito, mas Elena me fez trair essa promessa assim que pôs os pés dentro do meu quarto.

Não era como se ela tivesse algum tipo de perfume que deixava alguém bêbado ou cheio de vontade de beber, ou tivesse entrado com uma arma apontada na minha cabeça e obrigado a beber metade da garrafa de uísque que conseguiu comprar, mas a sua energia era quase tão animada, perigosa e manipuladora quanto fazer qualquer uma das outras opções.

E mesmo dizendo que não beberia, o que durou cinco minutos, eu me sentia compelida a dar-me um pouco de felicidade, mesmo que fosse temporária.

Porque... porque não?

Se todo mundo cometia erros voluntariamente, todos os dias e a toda a hora e o mundo deles não acabava, porque eu teria que me privar de experimentar algo e aproveitar a presença das minhas amigas? Se o meu mundo não acabaria, porque agir como se o fizesse?

Eu tinha todo o direito de escolher fazer algo errado, mesmo que durasse pouco. Não era disso que a vida era feita? Pensar nos momentos de diversão, de ir além de nós mesmos, em vez das coisas a longo prazo cuja rotina acaba por matar?

Eu me abençoei com a palavra foda-se e minha noite melhorou consideravelmente.

— Ok. — Elena voltou de uma crise de riso e respirou fundo, tomando outro gole da garrafa. — Eu nunca... Ah! Mandei nudes.

Fui a única que não levantou a mão.

Ambas olharam para mim, surpresas, mas não surpresas.

— Porque?

Dei de ombros, respondendo a Elena.

— Nunca surgiu a oportunidade. E ultimamente não temos feito nada demais.

— Sim, isso é porque você tem estado fugindo de tudo e todos, mas principalmente dele. Eu já notei.

Os meus olhos se arregalaram quando senti uma dor no peito. Como se eu tivesse sido esfaqueada bem no meu do meu coração já sangrando por dias, agora.

NICKTOPHILIA #1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora