25: da paixão ao ódio

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"Por que você tem que deixar as coisas tão complicadas?
Eu vejo o jeito que você é
Agindo como se fosse outra pessoa, me deixa frustrada
E a vida é assim que você
Você cai e você rasteja, e você quebra e você pega o que você recebe e transforma isso em
Honestidade, você me prometeu que eu nunca iria descobrir que você está fingindo
Não, não, não"

Complicated|Olívia O'Brien

EU NÃO CONSEGUIA deixar de ser babaca, mesmo que quisesse

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EU NÃO CONSEGUIA deixar de ser babaca, mesmo que quisesse. Todo mundo sabia disso. Eu mesmo, inclusive.

E não era porque eu queria. Era simplesmente algo que vinha preso em meu DNA. Algo que eu não era capaz de contrariar. Algo que me fez fugir do quarto de Aria na manhã que se seguiu após termos feito sexo.

Nessa noite não dormi.

Passei grande parte do tempo observando o seu corpo relaxar enquanto caía no sono profundo e outra porção dele pensando no caminho que havíamos tomado e tentando me manter acordado.
E quando finalmente deram sete da manhã escapei da casa dos Flores, deixando um bilhete sobre o balcão da cozinha agradecendo a hospitalidade, avisando que tinha ido embora às sete e alegando que estava tudo bem.

Como se eu não tivesse tirado a virgindade de Aria bem debaixo de seus narizes e fugido como um covarde.

Porra

Nick McCartney merecia um soco bem certeiro no rosto. E me importaria muito menos se fosse Matt a fazê-lo.

Mas não havia sido minha intenção fazê-la se sentir usada, ou descartável mesmo depois de eu alegar pensar nela e apenas ela por algum tempo, agora. Eu só... Não sabia lidar com o que havia acontecido no sábado a noite, então apenas agi como faria normalmente.

Só que eu havia me esquecido que o sexo que havia tido com Aria não tinha sido normal, e a morena muito menos era como as outras garotas com quem eu havia passado a noite e escapado logo depois.

Clark havia sido aquela que entregou algo importante dela para mim. A única que confiou em mim mesmo não devendo. A que quase me ouviu admitir estar gostando imenso dela.

Depois que me deitei ao seu lado, encarei o brilho em seus olhos e observei a luz da lua iluminar o perfil de seu lindo rosto, meu cérebro absorveu uma percepção. Uma que por pouco não fui capaz de segurar e quase arruinou tudo.

Foi uma hora terrível para estar pensando em Matt, mas não consegui impedir a sua voz abruptamente atrofiando o meu sistema com a conversa que havíamos tido mais cedo sobre mim e sua prima.

Nick McCartney estava oficialmente enfiado na merda. Afogando nela.

Deus, eu quase admiti estar apaixonado por ela.

E porquê?

Só porque fizemos sexo? Só porque já cogitei contar a ela meu passado apenas para prepará-la para o fardo de ter que lidar comigo?

NICKTOPHILIA #1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora