Capítulo 15

Mulai dari awal
                                    

Acabo por perder-me nos pensamentos e adormecer, sentindo a pele macia de Harry, inalando o seu cheiro, ouvindo o barulho das máquinas hospitalares e perguntando inúmeras vezes ao meu subconsciente que raio é que eu estou a fazer com a minha vida. Porque estou a dormir à cabeceira de um rapaz que está preso e não deitada na mesma cama que o meu namorado?

***

Coloco a chave na fechadura e abro a porta o mais silenciosamente possível. O meu pescoço dói devido à posição em que adormeci no hospital da prisão, passei lá toda a noite. Fui embora quando Harry ainda dormia. Retiro os sapatos à entrada com receio de acordar alguém, apenas são seis horas da manhã.

Caminho até ao corredor que leva ao meu quarto, sinto-me exausta embora tenha tido umas boas horas de sono. A minha mão vai até à maçaneta da porta e abro-a com cautela. Para minha surpresa não vejo James na cama, vou até à casa-de-banho e encontro-o com as mãos no lavatório e a cabeça baixa… A sua expressão é indecifrável, mas algo o incomoda.

“James?” Pergunto tentando captar a sua atenção. O mesmo continua debruçado sobre o lavatório e cabeça baixa.

“Onde raio estiveste?! Onde passaste a noite, April?!” Ele questiona furioso, o seu olhar vai directamente ao meu. O azul dos seus olhos está acinzentado, este não é o meu James.

“Eu tive que tratar de umas coisas de trabalho, desculpa não ter avisado.” Devo dizer-lhe a verdade? Acho melhor não, a verdade vai magoá-lo, ele irá sentir-se trocado.

“April, tu andas a trair-me? Quem é o caralho do homem?!!!” Grita desesperado, cerrando os punhos ao lado do seu corpo tentando manter-se calmo.

“O quê?! Como te atreves a dizer isso?! É claro que eu não te ando a trair!” Afirmo, parte de mim sente-se magoada por James achar que sou capaz de fazer uma coisa destas.

“Diz a verdade!!! Todas as chegadas tardias a casa, todas as horas extra que supostamente passas a trabalhar, a noite fora de casa! Caralho, April, são demasiadas coisas.”

“Não acredito que me estás a acusar disso! Tu devias conhecer-me, eu era incapaz! Trata-se de trabalho, apenas de trabalho!” Grito para o homem que está à minha frente.

“Nem penses em fazer-te de vítima! Não vires as coisas para o teu lado!” Tenho vontade de lhe dar um estalo, um estalo para que ele acorde para a realidade e se aperceba da barbaridade que está a dizer. Sinto um ardor na parte inferior do meu abdómen e lágrimas apoderam-se dos meus olhos.

“Porra eu amo-te! Como não percebes isso?!” Digo firmemente com lágrimas dolorosas a escorrerem-me pela face. “Isto é outra cena de ciúmes?!” Grito abanando freneticamente os braços no ar.

“Não são ciúmes! Apenas quero lutar pelo que é meu.” Diz um pouco mais calmo.

“Eu não sou nenhum objecto, falas de mim como fosse apenas tua posse. Tu possuis o meu amor, não a minha pessoa!” Cuspo.

Eu vejo o seu andar confiante até mim, ele empurra os meus ombros e faz as minhas costas embaterem na parede de azulejos atrás de mim. A sua mão vai até à parte de trás do meu pescoço e junta os nossos lábios bruscamente, desesperando o meu toque. A sua língua entra dentro da minha boca e eu respondo ao beijo autorizando as nossas línguas a dançarem de um modo selvagem. Ele separa os nossos lábios e leva os dele ao meu pescoço dando vários chupões e mordidelas.

“Desculpa.” Ele interrompe os seus beijos. “Apenas tenho medo de te perder…” Diz.

“Shshs” Digo saltando para o seu colo, as suas mãos vão até às minhas coxas para poder suportar o meu peso.

X Justice X || h.s.Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang