Mas eu ainda o amo tanto, pode já não ter a intensidade que tinha no início, mas ainda é enorme o meu carinho por ele. Descalço-me e agarro na bainha da minha camisola, retirando-a. Retiro também a saia e deixo-a cair no chão juntamente com a minha roupa interior. Entro na banheira e dou cerca de dois passos aproximando-me de James, ele já deu pela minha presença porém continua de costas viradas para mim apenas com a água a escorrer pelo seu corpo. Coloco a minha mão no cabelo e solto o mesmo, pego no frasco de gel-de-banho colocando um pouco na minha mão. Passo a mão pelas costas  quentes do meu namorado, percorro as mesmas de cima abaixo massajando-lhe um pouco os ombros. Pouso a palma das minhas mãos nas suas costas e encosto a minha cara à mesma, respirando para cima da sua pele.

“Desculpa. Amo-te.” Sussurro esperando desesperadamente por uma reacção dele.

“Anda cá.” Um suspiro pesado sai da sua boca e ele vira-se para mim.

 Abre os seus braços e abraça-me fortemente, pouso as minhas mãos e a minha cabeça no seu peito, onde pequenas gotas de água escorrem. Os seus dedos fazem desenhos aleatórios pela minha espinha.

“Também te amo, princesa.” Sussurra contra o meu pescoço.

Os meus braços rodeiam agora o seu pescoço e beijo-lhe a ponta do lábio inferior. Ele rapidamente me puxa mais para perto dele e beija-me ferozmente, como se os meus lábios fossem vitais para ele. Desliza a minha mão para a sua nuca e aprofundo o beijo, explorando a sua boca com a minha língua, a mesma dança uma valsa lenta e calma.

***

“Eu conduzo!” Niall exclama fazendo-me rir um pouco. Atiro-lhe as chaves do carro e entro para o lugar do pendura.

“Não quero nem um risco no meu bebé, menino Niall James Horan.” Faço-lhe um olhar ameaçador, ambos rimos.

Coloco o cinto e elevo o volume do rádio percebendo que está a dar uma das minhas músicas preferidas, vou cantarolando e batendo com a minha mão na perna ao ritmo da música.

Estou um pouco receosa de como vou encontrar a minha mãe, será que a clinica lhe está a fazer bem e ela está a melhorar? Ou o prognóstico é mau e ela nunca mais irá ser a mesma? Não, isso não pode acontecer, eu apenas me tenho que manter positiva e pensar que este episódio foi apenas mais uma recaída e que tudo correrá bem.

A clínica fica a cerca de 20 minutos da minha casa, é uma das melhores de Nova Iorque, eu assim o quis, era a única maneira de me certificar que deixava a minha mãe bem. Encontra-se virada para o mar, tem uma vista incrível e um bom ambiente. Eu só rezo a Deus que ela esteja melhor, mas na verdade eu não sei com o que me vou deparar. Irá ela reconhecer-me?

“April?” O meu irmão chama-me à atenção retirando-me dos meus pensamentos.

“Sim?” Questiono.

“Eu precisava de falar contigo. Eu já estou para ter esta conversa há algum tempo mas nunca surgiu oportunidade.”

“Estás a deixar-me nervosa, o que se passa? É algo com a Lux?!” Arregalo os olhos.

“Não, não.” Diz. “Eu e a Lux vamos viver com o nosso pai.” Ele afirma retirando os olhos da estrada, durante uns segundos, fitando-me.

“O quê?! Porque raio vão fazer isso?”

“April, não é nada contra ti, muito pelo contrário. Mas eu e Lux já estamos em tua casa há algumas semanas e eu não te quero incomodar. Nós não somos tua responsabilidade, tu não tens que pagar as nossas contas.”

“Niall, por amor de Deus. Vocês não incomodam, aliás eu gosto de vos ter por perto. E sabes perfeitamente que o dinheiro não é problema.” Respondo-lhe.

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