“Não vou responder a nada.” Responde seco. O quê?! Só pode estar a brincar comigo, eu estou aqui para ajudá-lo. Ou não… o Harry frio voltou.

“Desculpe, mas vai ter que ser.” Inspira, expira, inspira, expira. Controla-te April, conta até dez.

“Não sei se percebeu, eu não vou responder a nada. E já agora o seu rabo fica incrivelmente sensual nessa saia preta justa, pena ser tão comprida.” Ele morde o seu lábio inferior. “Ninguém me vai conseguir retirar daqui, por isso não vale apena gastar as minhas palavras em perguntas estúpidas como o caralho.”

“Basta!” Grito batendo com a minha mão na mesa à nossa frente. Harry salta um pouco da cadeira claramente surpreendido com o meu gesto. “Se pensa que me consegue rebaixar está muito enganado! Eu não sou como as raparigas que morreram, eu não sou fraca e não dou a mínima importância para os seus comentários porcos! Eu apenas estou aqui para trabalhar, e mais nada. Eu não admito faltas de respeito. Agora continuemos, se quer sair disto com vida, continuemos!” Explodi e disse tudo o que já devia ter dito à muito tempo. A expressão de Harry era confusa, provavelmente não estava à espera desta minha reacção, acho que ele apenas esperava que eu saísse e me fosse embora por ter ficado ofendida.

Retiro do processo três fotografias e disponho-as brutamente na mesa, viradas para Harry. Nas fotos encontravam-se as raparigas mortas no local do crime. Consigo ver uma expressão de medo na face de Harry e os meus objectivos foram cumpridos, se ele pensa que me vai derrubar com os seus comentários… vamos ver agora quem vai ser a má da fita.

“Nola May, 16 anos, estaria hoje a completar 17 se não a tivesse matado. Portanto ela hoje poderia estar a ter uma festa de aniversário em vez de estar enterrada num caixão. Raptada enquanto ia para a casa de uma amiga, mantida em cativeiro durante uma semana. Alvejada no peito, foi essa a cauda da morta. Violada depois de morta, na autópsia. Encontrada num armazém abandonado de uma antiga fábrica de papel.” Falei bastante alto enquanto apontava para a primeira fotografia. A minha cara estava quase colada à dele, encontrava-me de pé.

“Megan Alexandra Kepner, 16 anos. Raptada enquanto caminhava para o seu trabalho. Sabe qual era o seu trabalho, Harry? Sabe?! Trabalhava em part-time num café, todos os dias depois das aulas para tentar ganhar algum dinheiro para ajudar a sua mãe a sustentar a casa. Violada antes de morrer, estrangulamento foi essa a causa da morte. O assassino usou o seu próprio cinto para a estrangular. Encontrada morta na mesma fábrica do que Nola, mas em dias diferentes.” Grito novamente, os olhos de Harry estão brilhantes e pergunto-me se ele vai chorar. Duvido, pelo o que aprendi nos últimos dias Harry Styles não chora.

“E por fim Olivia Hunt, 16 anos. Raptada enquanto ia comprar um ramo de flores, sabe para quê?! Ia visitar a campa do pai que morreu num acidente de viação quando ela tinha apenas 5 anos. Violada enquanto morria, foi violada enquanto era fortemente esfaqueada no corpo todo, especialmente no abdómen, portanto para além de sentir a dor de uma navalha a entrar dentro de si, sentia também a sua virgindade a ser sugada do seu corpo rapidamente. Encontrada também no mesmo armazém!” Concluo com uma voz dura.

“E agora Harry? Vai continuar a não responder a nada?! Não acha que estas famílias merecem respostas?! Ainda vai achar as minhas perguntas estúpidas como o caralho?!” Grito no tom de voz mais alto que consigo. Sento-me novamente na cadeira acalmando-me.

A cabeça de Harry está baixa agora, o seu olhar está posto nos seus pés, não lhe consigo ver a face. Pouso as minhas mãos na mesa de metal e respiro fundo. Recolhi as três fotografias e guardei-as de volta no processo.

“Harry, já pode responder às minhas perguntas?!” Pergunto-lhe mais calma e agora com uma voz mais doce.

Ele levanta a cabeça e eu fico extremamente surpreendida quando vejo a sua cara bastante molhada e os seus olhos a jorrarem água. Afinal Harry Styles também chora, será arrependimento pelo que fez ás inocentes raparigas? As suas mãos algemadas colocaram-se por cima das minhas e o seu olhar era de sofrimento.

“Por favor, tire-me daqui. Eu imploro-lhe, ajude-me, por favor ajude-me. Eu não fiz nada.” Ele pedia implorando-me ainda com as suas mãos por cima das minhas. Ele chorava, chorava bastante e nunca o tinha visto tão vulnerável. A sua atitude forte e dominadora tinha desaparecido toda, completamente toda. Agora só conseguia ver um ser fraco e com medo e receio pelo seu futuro.

“Eu ajudo-o, mas para isso tem que me deixar realmente ajudá-lo.” Respondo-lhe, um sorriso pequeno aparece na sua cara e ele assente em sinal de agradecimento.

***

Estou sentada numa mesa de Starbucks enquanto espero por Louis. Mal posso esperar para ter as respostas de que necessito. Levo à boca o pequeno queque que à pouco pedi, é a única coisa sólida que ingeri até hoje. Vejo um rapaz de olhos claros e cabelo avelã a entrar no café e aceno-lhe. Ele vem junto a mim e sorri-me sentando-se.

“Boa tarde, queres alguma coisa?” Pergunto sendo educada.

“Não obrigada, eu não me posso demorar.” E pronto, lá está aquela pressa toda que eu ainda não percebi a que se deve.

“Bem, podemos ir directos ao assunto? Quais são as tais provas?” Pergunto comendo mais um pouco do queque.

“Bem, lembrasse no dia em Mr. Styles foi preso? Quando o foram buscar a casa? Eu era um dos jornalistas de serviço desse dia e claro fui a correr ter a sua casa para conseguir ter a notícia e as filmagens em primeira mão. Mas algo de estranho me roubou a atenção.” Ele declara enquanto me olha.

“Por favor continue.” Respondi-lhe.

“Eu vi um vulto, escondido atrás de uma árvore. Não consegui perceber quem era, não percebi até se era um homem ou uma mulher.” Ele fala.

“Não querendo parecer rude, mas o que tinha isso de estranho? Podia ser qualquer pessoa curiosa.” Admito

“Essa pessoa, depois de Styles entrar no carro do FBI, saiu de trás da árvore e andou até às traseiras de casa de Harry. E deixou um bilhete colado na porta que dizia: ‘Espero que apodreças na cadeia, o que fizeste não tem perdão.’

“Mais uma vez pode ser qualquer pessoa, isso não me parece uma prova muito concreta, Mrs. Tomlinson.” Digo num tom ríspido. Eu não acredito que esperei tanto tempo por isto, isto não são provas… São rumores, qualquer pessoa podia ter feito isto.

“Sim, eu sei. Eu segui a pessoa e peguei no bilhete e depois comecei a juntar todas as peças. As vítimas foram encontradas num armazém abandonado de uma fábrica de papel, certo? E o pequeno papel tinha o logótipo da fábrica no canto superior direito.” Ele conclui e a minha boca abre-se num perfeito ‘o’.

“Nós, precisamos de descobrir quem escreveu isso e rapidamente. O que vai ser difícil sem o tal bilhete.” Digo entusiasmada, agora sim, agora eu estou a ficar realmente feliz por esta notícia. “Mas espere! Se alguém escreveu este bilhete porque é que a polícia não o encontrou?” Ok… agora estou confusa.

Vejo Louis abrir a sua mala e retirar de lá um saco de plástico fechado por cima com um pedaço de papel lá dentro. Ele ficou com o papel?! Ele mexeu em provas? Isto é completamente ilegal!

“O que?! Você ficou com isto?” Aponto para o saco agora em cima da mesa. Agarrei nele e verifiquei que o bilhete estava escrito à mão o que era óptimo porque podíamos descobrir quem o escreveu através da caligrafia.

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Hello hello. E pronto está aqui a tal prova, espero que não tenham ficado desiludidas com ela. O que estão a achar da fic, até agora?

U.u eu axo k este cap está cheio cheio de informação nova. Fiquei tão feliz, sabem porque. Porque no cap passado pedi 5 votos e consegui mais!!!! Yeh!  Nd disto era possível sem vocês <3 Obrigada por tudo.

Se quiserem que dedique cap é so dizerem nos comentários :) :)

Por favor comentem, votem e mais importante que tudo deem a vossa opinião.

Thank you :) Ly all :D :D <3

X Justice X || h.s.Where stories live. Discover now