I Coríntios 15:25-26 - V

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16 de março

- Eu não vou deixar que você faça isso sozinha.

- Você precisa ficar para a Danse Macabre e eu não posso perder nenhum segundo.

- Não, não preciso. Eu não tenho nada tão importante quanto a minha alma para sacrificar. Eu vou com você.

- Louise, ela é minha irmã.

- E você é a minha. Duas vezes. Nenhuma de nós deveria deixar o país sozinha, Juliana.

Bato a mala e me viro para encarar minha irmã. Minha melhor amiga. A Árvore cujas raízes me manterão de pé até o fim da guerra. Ela é minha irmã muito mais de duas vezes.

- Lou. Eu não vou deixar você fazer isso. Você precisa ficar aqui e eu preciso fazer isso sozinha, uma vez que seja. Você sabe que mesmo quando estamos distantes nós estamos conectadas. Você tem um pedaço da minha alma. Mas agora, eu sei que você precisa ficar aqui e saberia disso mesmo que duas videntes não tivessem me dito.

- Eu concordo sobre Louise ficar. - Kat diz, aparecendo na porta como um fantasma e me fazendo saltar - Mas não sobre você ir sozinha. Pierre irá com você.

- Kat...

- Não há discussão, Juliana. Você não pode deixar o país sem pelo menos um escudo com você e Pierre não está fazendo nada.

- Pierre só vai me atrasar e eu não estou no humor para aguentar as piadinhas dele. Eu posso me virar sozinha.

- Eu não tenho dúvida nenhuma disso, o que não significa que você deva se virar sozinha.

- Vai dizer que eu sou uma das que você perderá e você tem medo de que eu não volte? - Zombo, frustrada com o que considero falta de confiança.

- Você leu o diário, me diga você.

Dou um pulo, fazendo sinal para que Kat não fale sobre isso, mas Louise pergunta do mesmo jeito.

- Diário?

- Certo. Você venceu. - Rosno para Kat. - Pierre irá comigo. Mas Louise realmente fica. E eu não preciso de ninguém rastreando meus passos ou entrando em contato comigo o tempo todo para saber o que está acontecendo ou o que eu estou fazendo. Eu vou voltar e vou voltar muito antes do dia 30 de setembro.

- Eu sei, Ju. Eu confio em você. - Kat diz se aproximando para apertar minhas mãos - Só não se esqueça que você não precisa fazer nada sozinha.

Aperto as mãos de Kat, mas as solto em seguida para colocar a mala no chão e me despedir de todo mundo lá embaixo.

- Preciso, sim. Isso eu preciso fazer sozinha.

17 de março

Anika

- Que fique claro que eu só aceitei fazer isso por consideração a você.

- E por estar devendo isso a Deyah.

Ellie revira os olhos, mas concorda com a cabeça. Estamos esperando que Deyah apareça, sentadas do lado de fora da casa de vidro, no chão do barranco que permite que a casa tenha vista para Piatra Neamț. Marcamos a noite de lua crescente que está escondida entre diversas nuvens, porque Deyah não queria que ninguém tentasse espiar lá de dentro o que estávamos conversando. A muitos protestos, ela proibiu até mesmo a presença de Kat e insistiu que o que tinha para contar só dizia respeito a mim e que eu deveria escolher o que contaria ao Exército. Eu acho que Kat só desistiu de vir porque ela tem muita coisa com o que se preocupar.

As Crônicas de Kat - A História CompletaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora