Capítulo 50

Mulai dari awal
                                    

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Louis POV

Pareceu-me estranho entrar naquela casa e senti-la vazia. Desde que a Molly tinha saído do hospital que estava a viver aqui. Nunca contei à April e não faço tenção de tal, sei que ela não iria aceitar bem. Eu simplesmente não consegui abandoná-la. Molly não tinha para onde ir, estava perdida, tive de lhe oferecer abrigo. Quando olhava para a rapariga loira não via somente uma prostituta, via um ser humano, uma pessoa triste e assustada pelo rumo que a sua vida tinha levado. Eu sabia que se a tivesse deixado ir embora do hospital, ela estaria a prostituir-se na mesma noite e a ser espancada pelo filho da puta do Derek. E eu, eu não podia permitir isso.

Estranhei o silêncio, questionei-me se estaria a dormir. Sabia que era impossível ter saído de casa, ela estava demasiado assustada para tal e sabia que, provavelmente, o Derek estava à sua procura. Tinha a noção de que não a podia deixar cá em casa permanentemente, teria de arranjar uma solução. Mas, sinceramente, esse era o menor dos meus problemas e, para ser sincero, já me tinha habituado à presença da loira cá em casa. Adentrei pela casa a dentro, descobri Molly na cozinha a preparar uma taça de cereais. Um sorriso a formar-se na sua cara quando dá pela minha presença.

"Queres?" Questiona abanando o pacote de cereais na minha direção.

"Sim, por favor." Peço. Observo o que ela enverga, uns calções curtos e uma t-shirt justa. Pergunto-me como é que ela foi capaz de confiar em mim e vir cá para casa sem nada nem menos. Sento-me no balcão da cozinha e levo uma colherada à boca.

"Por onde tens andado?" Pergunta-me enquanto lava a sua taça de cereais.

"Em casa da April, a trabalhar." Quando pronuncio as palavras vejo as suas costas a ficarem tensas.

"Vocês namoram, ou assim?" Estranho a pergunta, apesar de sentir que nas últimas semanas nos aproximamos, continuamos a ser desconhecidos. "Ela não sabe que estou aqui, pois não?" Pousa a taça e fita-me.

"Não, e não." Respondo de boca cheia. "Somos só amigos, e não, não lhe disse que estavas aqui." Ligo o telemóvel para verificar que horas são e se tenho alguma chamada de April.

Levanto-me, já perdi algum tempo e ainda tenho de passar pela redação. Pouso a taça no lava loiça e a Molly agarra o meu pulso.

"Não vás..." Ela sussurra-me. "Sinto-me sozinha." O seu olhar a penetrar no meu.

"Desculpa Molly, mas eu tenho mesmo de ir trabalhar..."

"Mas já é tarde..." A loira aproxima-se de mim.

As suas mãos delicadas tocam no meu pescoço, fito os seus lábios por vários segundos. As suas mãos fazem com que as nossas faces se aproximem, não a impeço. A rapariga toca os seus lábios nos meus, passando-os levemente. Levo a minha mão à parte inferior das suas costas, puxo-a mais para perto. Olho-a e apercebo-me do quão atraente é. A pele branca a contrastar com os lábios de cor viva e carnudos. O cabelo extremamente loiro a realçar os olhos castanhos e grandes. Coloco uma mexa do seu cabelo atrás da sua orelha e beijo-a. Molly reage instintivamente quase como se estivesse à espera que eu o fizesse há muito tempo. A sua língua reage com a minha e a partir desse momento é ela quem está a liderar, não me importo com a situação. Percorro o seu corpo extremamente bem feito com as minhas mãos e ela geme na minha boca. O meu lábio é mordido e quando dou por mim a minha camisola está no chão da cozinha. Afasto com o braço as coisas que estavam em cima do balcão sem nunca a deixar de beijar e sento-a em cima do mesmo. Sinto os boxers a ficarem extremamente desconfortáveis. A respiração de Molly fica acelerada e eu posso ver na sua face o quanto ela quer que isto aconteça. As suas mãos passam pelo meu torço e os seus lábios chupam o meu pescoço com força, observo as suas pupilas a dilatar. Molly começa a desapertar-me as calças, coloca a mão no interior e aperta o meu órgão sexual fazendo-me gemer. Mas aí, a razão sobrepõem-se e eu paro-a imediatamente. Tudo a fazer sentido na minha cabeça, o desejo que tinha de a sentir a dissipar-se completamente.

"O que estás a fazer?" Pergunto-lhe agarrando os seus pulsos para que parasse de me tocar. Oiço-a a rir.

"Não pensei que to tinha de descrever, mas se quiseres." Ela brinca comigo.

"Molly, eu não estou a brincar." Falo ríspido e aperto o fecho das minhas calças. A sua face a ficar confusa, o meu interior a fervilhar.

Eu não acredito, eu não acredito que no primeiro momento que ela pode me tentaria levar para a cama. Eu vi o quanto ela precisava de sexo, eu vi nos seus olhos o quão sedenta estava. Martirizo-me mentalmente, como fui tão estúpido? Molly é uma prostituta e nunca deixará de ser. Não passo de um mero objeto nas suas mãos.

"Parecias estar a gostar." Molly salta do balcão com ar desafiador aproximando-se.

"Não me toques!" Grito-lhe.

"Mas que merda?! Qual é o teu problema, Louis?" Grita-me.

"O meu problema? O meu problema, Molly, é que tu não pensas noutra coisa se não sexo, ou estou enganado? Assim que tiveste a oportunidade não hesitaste em usar-me. Vê se percebes uma coisa, eu não sou o tipo de homem com quem tu dormias." Digo irritado vestindo a camisola.

"Desculpa?!" O seu olhar indignado a fitar-me. "Que eu saiba não me impediste, ou impediste? Só falta dizeres que fui eu que fiz tudo sozinha!" Ri-o sarcástico.

"É melhor pararmos por aqui, Molly." Agarro nas chaves de minha casa, preparando-me para sair. "Devo-lhe alguma cosia pelos serviços de hoje?" Questiono gozando e nesse momento, eu percebi mesmo que pisei a linha, porque sinto a sua mão a bater com força na minha face.

Os seus olhos vermelhos e aguados olham-me com desdém, sinto a minha bochecha arder. Não digo mais nada, não pergunto mais nada, limito-me a sair da minha própria casa e a bater a porta com força deixando-a sozinha. 

X Justice X || h.s.Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang