Epílogo

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Deixo a nota de autora no fim, mais informações sobre a 2º Temporada que me pedem, e justificações que tenho a fazer.

Se não costumas votar, não te censuro, mas por favor, se leste a história toda, vota no epílogo, para eu ter uma noção aproximada do número pessoas que me acompanharam até aqui. É tudo o que vos peço, depois de dois anos e dois meses de escrita. Obrigada.

Boa leitura.

Meta: 150 comentários. É tudo o que vos peço, mais o voto aqui. 

*

As coisas nunca são como esperamos e quanto mais imaginamos um determinado momento, mais ele se afasta daquilo que, eventualmente, se tornará realidade. Vejo isso agora, após 18 anos de vida cismada que tinha tudo planeado, e era verdade: eu tinha, mas onde estarão esses planos agora? Não sei deles, não sei o que lhes aconteceu, não sei o peso que ainda têm na minha vida. A única coisa que sei é que eu estou aqui, a guiar-me sem planos e que, mesmo assim, continuo bem.

Não digo que planearmos a nossa vida é uma perda de tempo, porque não é. Foi o facto de ter planeado a minha vida toda que cheguei aqui, mas a verdade é que ela também começou a sair da rotina, quebrou barreiras que eu jamais ousara em sequer pensar quebrar, e estou bem. Talvez a resposta seja o equilíbrio, como tudo nesta vida. Equilíbrio: não vamos planear a nossa vida inteira pois não seremos capazes de imaginar algo melhor do que aquilo que já conhecemos, mas também não vamos deixar de planear algo por alto, porque também não somos capazes de imaginar algo pior do que aquilo que também conhecemos. E pode acontecer.

E onde me trouxeram os meus planos? Tudo o que eu fiz, de grande ou pequena importância, me trouxe aqui. É engraçado. O simples facto de eu ter acordado numa sexta-feira às oito da manhã e chegado tarde a uma aula trouxe-me aqui. Onde estaria se tivesse acordado a horas normais, chegado a tempo e a boas horas? Não sei. Uma mínima coisa diferente e eu podia estar careca, não sei. Mas todas essas mínimas e grandes coisas me trouxeram ao Zayn, no momento em que, sem eu saber, mais precisei dele.

E não só o Zayn. Os meus planos e ausência deles trouxeram-me o Louis, levaram-me ao torneio de Verão, fizeram-me pintar o cabelo de lilás, deixaram que o meu irmão me trouxesse ao baile. O que teria acontecido se eu tivesse dito não ao Zayn após ele confessar os seus sentimentos por mim?, se eu tivesse mantido o meu lado racional no topo?

De facto, a ajuda das raparigas do vólei foi preciosa. Cheguei às oito e quarenta à escola, ao mesmo tempo que a Amy e o Ron, e ainda apanhei um pouco do jantar, que só tinha começado às oito horas, porque, apesar de já toda a gente estar na Quinta, demoraram todos a sentar-se nos seus lugares.

A Carly organizou as coisas de modo a que houvesse dezoito grupos de mesas e cadeiras, cada grupo para uma turma. Também havia espaço para os professores, sendo que na nossa mesa iria ficar o Zayn, ele já o tinha dito à Carly. O problema foi que a Carly se esqueceu de um pequeno pormenor: o que acontece às pessoas cujos pares são de outra turma ou de fora da escola? Pois: foi exatamente por isso que as pessoas demoraram uma hora a sentar-se no seu lugar. Mas o meu lugar ainda estava livre. O do Zayn não. O do Zayn já estava ocupado porque ele já lá estava. E que coincidência maravilhosa: os nossos lugares eram lado a lado.

"Hey." Cumprimentei toda a gente, enquanto me ajeitava na cadeira com o vestido enorme que trazia.

"Já soubemos que ficaste em segundo lugar, parabéns!" Congratulou o Nick, à minha direita, dando-me uma palmadinha nas costas. Quase toda a mesa repetiu a congratulação, o que me deixou ligeiramente envergonhada.

"Há mais alguma novidade?" Indagou a Marie, com o garfo espetado num pedaço de carne assada.

"Por acaso, há."

Physical Education Teacher Z.M.Where stories live. Discover now