Capítulo 22

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VOLTEI E ESTOU DE FÉRIAS. VOU ATUALIZAR BEM MAIS RÁPIDO ^^ 

Leiam a nota de autora e boa leitura :p

*

Podia ter aproveitado o fim de semana, mas tudo o que fiz no sábado foi dormir até às duas da tarde, sem sequer almoçar, e recuperar do cansaço da festa de Halloween no resto do dia. Não pensei sequer no que era o amor, e tampouco escrevi algo sobre o assunto para entregar hoje. No domingo, estudei para Físico-Química, fiz o trabalho, baseando-me em coisas que li na internet e no que percebi pelos atos do Harry, da Martha e o do Mark com a Anna, e foi tudo. Acho que também dormi a manhã toda no Domingo. Ontem, fiz o teste de Físico-Química, e quando cheguei a casa, decorei o meu trabalho todo e treinei-o, porque acho que o vamos apresentar para a turma.

Para ser sincera, eu não sei o que é para fazer com o texto enorme de página e meia que fiz. Será apenas para entregar ao professor Malik e ele dará uma nota de 0 a 20? E como assim vamos entregar um trabalho sobre amor a alguém que, claramente, tem ideias distorcidas sobre o mesmo? Certamente não é isso que vai acontecer, mas se não for isso e se não for para o apresentar perante a turma, não vejo que mais possa ser. Só me resta esperar pelo começo da aula.

Era a única com o meu texto impresso em uma folha e meia na mão; ao meu lado, a Miranda dormia no ombro da Carly, pois tinha ficado até às quatro da manhã a falar com o Alex por Skype. Os rapazes estavam a comentar um jogo qualquer do Liverpool e as raparigas tinham desaparecido para irem passear. Ninguém parecia dar importância nenhuma ao trabalho sobre O que é o Amor que nos mandaram fazer para uma aula inútil. Depois lembrei-me do óbvio: por amor de Deus, Bella, isto não conta para absolutamente nada, porque te estás a dar ao trabalho? Tudo bem que eu goste imenso de me esforçar, dedicar e trabalhar, mas isto é uma clara perda de tempo. Mas que vou eu fazer?

Seja o que for que está à espera deste meu texto para lhe passar os olhos atentamente, vai rir. Decidi usar a frase que o professor Malik me disse na festa de Halloween, mas de resto nada me parece... correto. Sem nexo. Não sei explicar. E, quando a campainha tocou, dei por mim a implorar a Deus por uma lâmpada mágica de onde sairia um génio que me concederia três desejos.

E qual é o teu primeiro desejo?

Eu quero que me faças um texto decente. Os outros dois desejos podes dá-los a outro.

Pontual como sempre é, o professor Malik apareceu na sala e abriu-nos a porta; fomos todos entrando e ocupando um lugar ao calhas, ficando eu ao lado da Miranda, com a Carly atrás de nós as duas, junto da Katherine. Enquanto abria o professor Malik abria o seu portátil e o Jon se punha em cima de uma cadeira para ligar o projetor, eu relia o meu texto mais uma vez, roendo as unhas que há três semanas já não roía. Maldito vício. Quando era pequena, a minha mãe inventou-me uma história sobre um amigo que roía as unhas e que, um dia, engoliu uma sem querer; essa unha furou-lhe os estômago e ele teve de meter um tubo pela garganta abaixo, com uma câmara, para ver o que se passava no estômago, se o furo era grande, etc., etc. e ela pensava que isso me iria assustar. Bem, assustou. Mas eu continuo.

"Fizeram todos o trabalho?" Perguntou o professor Malik, a passar o nó dos dedos pela barba, sem tirar os olhos do portátil.

Ninguém disse que não; pensei que, como o trabalho não valia para nada, alguns o iriam deixar de lado, mas tal não aconteceu, e suponho que isso se deva ao facto de não termos o professor de Físico-Química como professor de Educação Sexual, caso contrário, nem eu o faria.

"Eu estive a pensar e... cheguei à conclusão de que é completamente ridículo dar aulas de educação sexual a pessoas da vossa idade. Há cinco anos atrás, eu estava no vosso lugar e achava o mesmo..."

Physical Education Teacher Z.M.Where stories live. Discover now