Capítulo 34

3.7K 274 91
                                    

Motivos pela demora:

- Fui ver as tatuagens do Zayn em 2014. Depois vi a Perrie no braço dele. Lembram-se de quando diziam que era tatuagem de Henna e que saía depois de um ano ou lá o que era? Bem, vi uma foto deste ano e a PERRIE AINDA LÁ ESTÁ, GENTE! ELE NEM A DISFARÇOU! ELE SECRETAMENTE AINDA AMA A PERRIE! pqp, dude, não enganas ninguém: acabas com a Perrie e arranjas uma namorada igualzinha a ela, vai-te lixar xd

- Depois fui ver quando tempo demorava uma granada a explodir depois de tirar o gatilho para ver se a expressão que usei por aí neste capítulo fazia sentido

- Depois fui ver como se escrevia David Beckham para fazer uma piada com ele. estava convencida que era Beckam, mas ainda bem que é Beckham, porque posso fazer a piada do presunto: Beck-ham, ham é presunto mauhahah

- Depois fui desenhar o equipamento das raparigas do vólei. Demorei um bocado mais do que esperava, mas já esta.

- E é tudo, comentem e votem! Boa leitura!

*

Tinha começado a chover, embora parecesse que não iria, portanto abandonamos o treino e instalamo-nos na sala de estar, sem proferir uma única palavra desde que o professor Malik sugeriu vermos um pouco de televisão enquanto o tempo passava e fosse hora de eu chegar a casa; como tinha dito à minha mãe ontem à noite, durante o juntar, que iria ajudar a Carly com uma matéria que ela tinha perdido de Biologia e só chegaria por volta das seis e tal, não podia aparecer subitamente em casa às cinco e meia. E, portanto, cá estamos nós.

A cada inspiração que fazia, o sentimento de culpa preenchia-me os sentidos e uma dor de cabeça começava já a formar-se. Como podíamos estar os dois agarrados no sofá a ver os Simpsons na FOX, como se tudo isto fosse normal? Não era normal um professor estar estendido de lado num sofá, com uma das suas alunas à frente, tal e qual na mesma posição, com um braço tatuado - que eu descobri recentemente, quando ele tirou o casaco - sobre a curva da minha cintura, a segurar-me a mão.

Isto era tão errado. E a prova disso era o nosso silêncio. Todas as almas se calam quando agem da pior e mais imaginável maneira possível. Nem havia forma de contornarmos a situação, não havia desculpas: estávamos a agir contra tudo aquilo que durante anos respeitamos, e sabíamos disso... e não parávamos.

Queria abrir a boca, soltar alguma palavra, por mais oca que fosse. Eu queria falar disto, do que estávamos a fazer, do que fizemos antes de começar a chover, do que iria acontecer a partir de agora, do momento em que descobrimos que aquela noite na casa-da-árvore não foi um acidente: foi intencional. E eu intencionalmente queria que acontecesse de novo, a todo o tempo, de diversas formas. Mas não queria ser a primeira a falar, e certamente ele também não o queria ser. E, assim sendo, estávamos os dois calados, a ver a bonecos amarelos a mostrarem uma família que nunca irá existir.

O tempo foi-me roubado. Dois episódios depois, já eram quase seis em ponto e já era hora de sair daqui. Teria de ser a primeira a falar.

"Eu devia ir." Murmurei, roendo, posteriormente, o lábio inferior por dentro. Ele mexeu-se desajeitadamente atrás de mim, e eu levantei-me do sofá para lhe dar espaço.

"Claro, eu levo-te a casa." E ele levantou-se também, ficando à minha frente.

Tentei prender a minha visão, acabando por ficar a vislumbrar a dobra do cotovelo do seu braço esquerdo; estava limpo, sem nenhum a tinta permanente na pele, apenas o que me pareceu ser uma cauda a sair-lhe pela manga da T-Shirt. Eles dizem àqueles que não falam: O gato comeu-te a língua?, no que toca a mim, nenhum gato me comeu a língua, porque a curiosidade matou o gato, para que pudesse ser eu, quando falasse, matar a curiosidade.

Physical Education Teacher Z.M.Where stories live. Discover now