Extra do Capítulo 68

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Desculpem se criei expectativas e vos iludi, mas não vai haver hot nenhum,nem neste capítulo nem em nenhum capítulo. Lamento, deixei-me disso e não acho que vá voltar. Desculpem.

*

Acordei com o despertador do telemóvel, algures perdido pelo quarto, dentro do bolso do meu robe cor-de-rosa. Apesar do ruído irritante, deixei-me ficar na cama, mudando apenas a posição para que pudesse ficar virada para o outro lado, de frente para ele. Ele, sereno como sempre, mesmo quando o despertador toca, continuava a dormir, a cabeça sobre a almofada, metade do rosto mergulhado numa penumbra total e a outra ligeiramente iluminada pela pouca luz do amanhecer que entrava pelas cortinas entreabertas. Deviam ser cinco e meia da manhã.

Relutante, sentei-me na cama e espreguicei-me, surpreendendo-me, embora não durante muito tempo, com o frio que estava no quarto. Mas não era o quarto que estava frio, eu é que não tinha roupa vestida, apenas a roupa interior e a roupa da cama a cobrir-me as pernas. Foi então que me lembrei de momentos aleatórios da noite anterior, uma mixórdia de cores e sensações a explodir no meu cérebro. Parecia estar a senti-lo agora, os seus lábios quentes na minha face fria, as suas mãos a percorrer-me as pernas, os seus dedos a...

Arrepiei-me e abanei a cabeça involuntariamente, sacudindo as memórias sem evitar ficar embaraçada; de facto, estou muito mais envergonhada agora do que o que estava ontem à noite, quando todas estas memórias não eram passado, mas sim presente; isto por si só fez-me sorrir e virar a cara, olhando novamente para ele, que continuava a dormir profundamente, sendo preciso muito mais do que um despertador de telemóvel para o despertar. Pergunto-me como sairá ele da cama todas as manhãs.

O despertador voltou a tocar três minutos depois de ter parado sozinho; revirei os olhos e saí da cama, pisando a T-Shirt do Zayn que ele próprio me tirara, por entre tudo aquilo que se passou. Depois de encontrar a minha roupa, vesti-me e desativei o despertador. Não me podia demorar, tinha de sair daqui antes que começassem todos a acordar para tomarmos o pequeno-almoço às sete, porém, antes de abandonar o quarto, espetei-lhe um beijo na testa e aconcheguei-os nos cobertores, qual mãe a tratar do filho. Posteriormente, saí.

É incrível como um Hostel que se assemelha a um castelo é tão assustador, principalmente quando estamos sozinhos, quando está escuro e quando sabemos que o mais provável ''e estarem todos a dormir, no silêncio dos seus quartos... ou assim pensara.

Ao chegar ao terceiro piso, os quartos estavam tudo menos silenciosos. Aliás, alguns quartos tinham a porta aberta, inclusive, totalmente escancarada para trás e havia imensa, imensa gente nos corredores. Ainda bem - a sério, ainda bem - que há um andar entre o quarto do Zayn e estes quartos todos. Eu tenho tido demasiada sorte, e não é pelo meu esforço ou pelo dele, até porque somos bastante descuidados.

No quarto 59, um quarto idêntico ao que eu partilhava com as raparigas da minha turma, estavam mais de dez rapazes, tanto lá dentro, sentados nas camas e nas cadeiras, como cá fora, no chão encostados às paredes. Um dos rapazes encostados à parede era o Mark e parecia tão surpreso por me ver cá fora como eu por o ver a ele.

"Há quanto tempo saíste, sua lunática? Estou aqui há uma hora e não te vi passar para baixo." Perguntou, muito mais animado do que o que era de esperar.

"Eu fui... à máquina de café." Repliquei.

"Há uma máquina de café aqui? Esplêndido, preciso de um."

"Dormiste alguma coisa?" Questionei, abruptamente, tentando mudar a direção da conversa, pois se existe uma máquina de café ou não: eu não sei.

"Achas mesmo?" Balbuciou, sorrindo de lado. "Fiquei sentado aqui, como se fosse o pai deles todos. Aliás, já tive de enfiar a cabeça do Harry em água fria, veio aqui o Cromwell..."

Physical Education Teacher Z.M.Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ