Capítulo - CLX

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– Acho que você me deve uma conversa. – ela disse se sentando no colo dele, assim que ele se sentou na cama.

– Precisa ser hoje? – ele perguntou exausto.

– Precisa, você já fugiu muito dessa conversa.

– Sobre o que exatamente nós precisamos conversar? – ele perguntou, enquanto acariciava as costas dela.

– Sobre nós dois. – ela disse como se isso fosse obvio. – Preciso saber qual a nossa relação, como estamos, o que eu posso esperar disso que temos... – ela começou a falar rapidamente, mas parou assim que Alfonso bocejou, extremamente cansado.

– Me desculpe. – ele disse exausto, não conseguiria ter aquela conversa naquele momento. – Eu realmente estou exausto.

– Tudo bem, eu posso adiar essa conversa mais um pouco. – disse Anahí, se levantando do colo de Alfonso, se posicionando atrás dele na cama, para em seguida começar a massagear seus ombros. – Como foi voltar ao hospital depois de tanto tempo afastado?

– Voltar a trabalhar depois de tanto tempo foi bom, gosto do que faço, mas voltar a trabalhar com a Claudia depois de tudo o que aconteceu, foi extremamente desgastante. – ele respondeu, jogando sua cabeça para o lado, aproveitando a massagem que Anahí lhe fazia.

– Desgastante como? – perguntou curiosa, embora não gostasse quando Alfonso falava sobre ela.

– Ela é minha chefe, acho que ela está aproveitando disso para se vingar, ela me fez trabalhar o dia todo na pediatria, e você não tem noção do quanto eu detesto trabalhar na pediatria...

– Por quê? – perguntou Anahí. – Por que você detesta trabalhar na pediatria?

– É terrível ver o desespero dos pais, ainda não sei ser tão frio e ignorar isso. – ele confessou, embora nunca tivesse confessado isso a ninguém.

– Claudia sabe disso?

– Não, ela pensa que eu me acho bom demais para trabalhar na ala pediátrica. – ele riu ironicamente. – Sai duas horas depois do meu horário porque ela me fez pesquisar todas as possíveis causas de febre em uma criança de quatro anos, mesmo eu já sabendo a resposta. Ela consegue ser extremamente irritante quando quer, não vou suportar ter que passar mais uma semana ao lado dela. – ele desabafou, fazendo Anahí parar a massagem, surpresa por ver Alfonso falando mal de Claudia.

– Pensei que você gostasse dela. – disse Anahí, sem conseguir esconder seu ciúme.

– Eu a achava uma excelente profissional, apenas isso. – respondeu, se virando para encarar Anahí.

– Achava? Não acha mais? – ela perguntou.

– Está com ciúmes Srta Portilla? – ele perguntou a puxando para seu colo.

– Deveria sentir ciúmes? – perguntou, fingindo estar brava.

– Jamais, você sabe que você é a única mulher que eu quero ao meu lado. – ele disse, colocando uma mecha do cabelo dela para trás, e ela sorriu, completamente apaixonada por ele.

– A única? – perguntou sorrindo.

– A única. – ele respondeu.

– Então só me responda uma pergunta. – ela pediu, mesmo que tivesse concordado em só conversar com ele depois, ela precisava daquela resposta agora.

– O que você quiser. – disse, olhando nos olho dela, que pareciam esperançosos e com medo ao mesmo tempo.

– O que somos? – perguntou mantendo seu olhar preso ao de Alfonso. – Qual a nossa relação?

– Pensei que isso já estivesse claro. – ele respondeu. – Eu te disse que o que tivemos nunca foi um namoro de mentira...

– Então estamos namorando? – ela sorriu o interrompendo, fazendo-o sorrir também. – Você não é exatamente um homem muito romântico, Alfonso, você tinha que me perguntar se eu quero namorar com você. – ela disse o fazendo rir.

– Acho que eu não sei fazer isso. – ele coçou sua nuca.

– Então existe algo que o famoso Alfonso Herrera não saiba fazer? – ela perguntou rindo. – Vamos lá, eu te ajudo, pergunte.

– Você realmente vai me fazer perguntar isso? Nós já estamos juntos há um bom tempo.

– Quero um pedido, Alfonso, só vou aceitar namorar com você se você pedir. – ela ria.

Alfonso os virou na cama com muita facilidade, ficando por cima dela, para então, começar a distribuir beijos por onde seus lábios passavam.

– Anahí Portilla. – disse após selar seus lábios aos dela. – Você quer... – ele mordeu levemente o queixo dela. – Ser namorada... – ele roçou seus lábios no colo dela, aproveitando que ela estava com um decote generoso. – Desse homem extremamente bonito, educado, inteligente e do abdômen definido? – ele perguntou a fazendo rir, enquanto ela o empurrava para que ele saísse de cima dela.

– Esqueceu de dizer que você também é extremamente modesto.

– Estou esperando minha resposta. – ele sorriu, ainda sem sair de cima dela.

– Se eu disser que sim, você passa a noite aqui hoje? – ela perguntou, levantando sua cintura, fazendo com que seu corpo roçasse no corpo de Alfonso.

– Você está jogando sujo Srta Portilla. – ele disse, roçando seu queixo com a barba por fazer no pescoço de Anahí, fazendo-a se arrepiar, já que sabia o quanto ela gostava disso.

– Você ainda não viu nada. – ela disse, jogando suas pernas para cima da cintura de Alfonso, o virando na cama com um pouco de dificuldade, para então ficar por cima dele. – Dorme aqui comigo hoje. – pediu.

– Eu adoraria, mas amanhã entro cedo no centro médico, Claudia mudou todos os meus horários, ela quer me deixar louco.

– Tem certeza que não pode ficar? – ela perguntou, se sentando no colo dele e tirando a blusa que vestia, deixando seu sutiã a mostra.

Mentiras (finalizada)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora