Capítulo - XXXV

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– Vocês dois deixem as safadezas para quando estiverem sozinhos no quarto, você está terrível Anahí Giovanna – disse Christian rindo.

– Eu nunca fiz um ménage à trois – disse Benjamin, fazendo com que Alfonso e Christian bebessem suas doses de tequila, e Anahí sentiu uma pontada de ciúmes por isso.

– Com quem você fez? – perguntou Anahí, não conseguindo controlar sua curiosidade.

– Acredite Anahí, você não vai querer saber disso – ele foi sincero.

– Foi com a Maite? – ela perguntou, com medo da resposta. – Ela era amiga da sua ex-mulher – ela disse e Alfonso nada respondeu.

– Eu nunca fiz sexo em um hospital – disse Christian tentando quebrar o clima que havia ficado entre Anahí e Alfonso, mas quando Alfonso bebeu sua dose de tequila, Anahí voltou a se irritar.

– Agora eu sei o porquê de você gostar tanto do seu trabalho – disse Anahí ironicamente. – Foi com a Dra. Claudia? – ela perguntou ainda com o tom irônico na voz, torcendo para que Alfonso não percebesse o a pontada de ciúmes naquela pergunta.

– Annie...

– É só responder sim ou não, Alfonso – ela disse, com medo da resposta.

– Sim – ele respondeu torcendo para que Anahí não lhe perguntasse mais nada.

– Eu nunca fiz sexo por telefone – disse Anahí, tentando afastar o pensamento de Alfonso e Claudia de sua cabeça, e fazendo com que todos os outros da mesa tomassem suas doses de tequila.

Quando o jogo finalmente Acabou, Alfonso e Anahí já estavam sentido tudo girar, já que haviam tomado mais doses de tequila do que conseguiam se lembrar — embora Christian só colocasse metade da dose nos copos de Anahí e Alfonso — eles se levantaram da mesa, deixando Benjamin, Mary e Christian, ainda bebendo, enquanto riam e conversavam sobre histórias antigas.

Assim que entraram no quarto de Anahí, Alfonso se jogou na cama, exausto, ainda sentindo sua cabeça girar, e logo em seguida Anahí se jogou em cima dele, sem pensar no que estava fazendo, a bebida a deixava mais corajosa e desde que ela beijara Alfonso naquela tarde, ela não havia conseguido parar de pensar no que ambos teriam feito se Christian não estivesse naquela cozinha.

– Não devíamos ter bebido tanto – disse Alfonso, desnorteado por causa da bebida e da proximidade com Anahí.

– Se eu não tivesse bebido, não teria coragem – ela disse, seus lábios estavam quase colados aos lábios de Alfonso.

– Coragem para que? – ele perguntou quando sua voz finalmente saiu, estar assim tão próximo a Anahí, mexia com todos os seus sentidos.

– Para continuar o que nós começamos de tarde – ela disse e em seguida roçou seus lábios nos lábios dele.

Em um lapso de bom senso, Alfonso tentou lutar contra a esmagadora vontade que sentia de se virar sobre Anahí e explorar cada centímetro de seu corpo, ele sabia que provavelmente na manhã seguinte, ambos acabariam arrependidos de terem bebido tanto, e arrependidos por terem se deixado levar e terem misturado as coisas.

Alfonso sabia que Anahí era do tipo de mulher que não conseguia separar sexo de amor, ele sabia que ela só se entregava para alguém, se ela sentisse alguma coisa por essa pessoa, e se Alfonso não tivesse bebido tanto, e não a desejasse do jeito que a estava desejando desde que ela a conhecera, ele provavelmente teria se afastado dela, e mantido sua promessa de não misturar as coisas, mas ter Anahí roçando os lábios nos seus, de maneira tão provocante, havia feito com que ele não conseguisse pensar em mais nada, a não ser ter Anahí para si naquela noite.

– Por favor – ela pediu, quase que em um gemido. – Me faça sua, por favor.

Isso fora o suficiente para que Alfonso perdesse o pouco de lucidez que lhe restava, e se virasse na cama, ficando por cima de Anahí, sem deixar seu peso cair sobre ela.

– Você tem certeza disso? – ele perguntou, com os lábios próximos ao ouvido dela, ele não queria arrependimentos no dia seguinte.

– Por favor, Alfonso – ela pediu, quando Alfonso mordeu suavemente o lóbulo de sua orelha.

– Então me responda pequena, você tem certeza disso?

Anahí não sabia o que responder, ela não tinha certeza de nada quando estava perto de Alfonso, ainda mais agora, com o álcool falando mais alto que sua consciência, e os lábios de Alfonso roçando em seus lábios, prontos para iniciarem o beijo que ambos tanto precisavam.

Assim que Anahí ergueu seu quadril, colando seu corpo mais ainda no corpo de Alfonso, sentiu que o moreno precisava dela, assim como ela precisava dele, de uma maneira assustadoramente intensa.

– Responda, Anahí! – ele disse com a voz firme, e qualquer dúvida que Anahí pudesse ter, se esvaiu de sua mente.

– Eu tenho certeza, por favor, Alfonso, me faça sua – ela pediu, totalmente entregue a ele.

Mentiras (finalizada)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora