Capítulo - LXXV

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– Você não quer ter mais filhos? – perguntou Christian. – Você é tão paciente com a Clara e o Enzo, pensei que gostasse de crianças.

– Amo a Clara, e o Enzo é um menino incrível, mas eu sei como é trabalhoso criar um filho. Tenho planos para a minha vida, e ter outro filho só atrapalharia. – ele foi sincero, e Anahí desejou que eles encerrassem logo esse assunto.

– Ele nunca quis ter filhos. – explicou Manuela. – Mas mesmo assim é um ótimo pai.

– Mas a Clara precisa ter um irmãozinho. – disse Benjamin. – Todo mundo precisa ter um irmão.

– Para isso ela tem o Enzo, porque ser filho único deve ser chato pra caralho, mas duas crianças já está de bom tamanho. – ele disse, fazendo Anahí se esquecer de tudo o que ele havia falado e sorrir, não era só Enzo que havia se apegado a Alfonso, Alfonso também havia se apegado a Enzo, e já falava dele como se ele fosse seu filho.

– Você é muito chato. – disse Anahí. – E eu odeio não conseguir ficar brava com você. – ela disse, e ele sorriu, a puxando pela cintura, a abraçando e beijando seu pescoço.

– Por que está brava comigo pequena? – ele perguntou, desconfiando que fosse por causa da Maite.

– Não estou mais brava, mas deveria estar. – ela disse, tinha vários motivos para se irritar com ele, mas mesmo assim fora só ele falar de Enzo como se o considerasse um irmão para Clara, que toda sua raiva passara.

– E porque você estava brava? – ele perguntou quando Theo entrou na sala, sem camisa, com o cabelo molhado, e parou ao lado deles.

– Você sabe muito bem o porque. – ela colou seus lábios aos lábios de Alfonso, e em seguida se afastou dele.

– Vamos parar de conversa fiada e começar a jogar? – perguntou William.

– O que vocês vão jogar? – perguntou Theo.

– Vamos jogar Strip Poker, quer jogar com a gente? – perguntou Maite, e Alfonso a odiou por isso.

– Strip Poker? – ele perguntou, primeiro olhando para Anahí e depois para Manuela. – Isso vai ser interessante.

Alfonso fechou a mão em punho, voltando a ficar furioso pelo jeito que Theo olhava para Anahí e Manuela.

– Você tem certeza que quer jogar essa merda, Anahí? – perguntou não conseguindo esconder sua raiva, e William riu, ele nunca vira Alfonso tão enciumado assim antes.

– Tenho. – ela o encarou incrédula, ele não tinha o direito de ficar bravo com ela, se alguém ali deveria estar bravo, esse alguém era ela, que tivera que ouvir piadinhas do melhor amigo dele, tivera que ouvir o quanto a mulher dele era maravilhosa, e tivera que escutar Maite praticamente dando em cima dele.

– Merda, Anahí. – ele disse passando a mão em seu rosto, nervoso, sempre jogara esse tipo de jogo com Angelique, mas porque ela sabia jogar e nunca perdera para William e Christopher.

– Já sabem as regras. – disse William quando todos já estavam sentados a mesa para jogar. – Perdeu ou desistiu da rodada, tira uma peça de roupa.

Assim que a primeira rodada começou, Anahí parecia nervosa, e estava começando a se arrepender de ter concordado em participar daquele jogo, Alfonso olhava pra ela furioso, e quando Manuela largou suas cartas na mesa, desistindo da primeira rodada e tirou suas sandálias sobre o olhar atento de Theo, Alfonso ficou ainda mais irritado.

– Gosto de mulheres tatuadas. – disse Theo, também desistindo da rodada e tirando seus chinelos.

– Eu também. – disse Manuela, que já não aguentava mais os olhares de Theo sobre ela.

Mentiras (finalizada)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora