𝟒𝟏. Fim da linha

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A cada movimento do ponteiro dos segundos do relógio, Steve se sentia como uma granada sem trava, prestes a explodir

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A cada movimento do ponteiro dos segundos do relógio, Steve se sentia como uma granada sem trava, prestes a explodir. Horas se passaram sem notícias dos cirurgiões que mantinham Natasha além das portas duplas no final do corredor, uma cirurgia de risco o tirando dos trilhos.

Nas poucas palavras que ele absorveu, uma hemorragia interna estava tentando ser controlada.

O cheiro de éter e as luzes fluorescentes influenciavam diretamente em sua ansiedade, que só inflava sob o seu esterno. Devido ao incidente no Capitólio, o corredor do hospital estava um caos, uma combinação perfeita com o pé direito de Steve, que não conseguia ficar inerte devido ao excessivo nervosismo que disparava em suas veias como eletricidade.

Era como se ele tivesse bebido quatorze copos de café, a adrenalina parecia se recusar sair do seu corpo. E por mais que Steve quisesse descansar, ele não conseguiria estar em paz antes de ter notícias da Natasha.

As portas duplas se abriram, e como um flash de esperança Steve ergueu a cabeça, se decepcionando brutalmente quando encontrou Samuel caminhando em sua direção.

— Eu não posso lidar com isso agora — Steve resmungou antes mesmo de Samuel pronunciar algo, o pé ainda tamborilando o chão.

— Eu sei, mas preciso apenas que me escute — Samuel manejou em direção ao corredor, indicando silenciosamente que Steve deveria segui-lo.

Steve encarou as portas duplas novamente, a ansiedade da expectativa de ter boas notícias quase o levando a uma combustão.

— Vai... Assim que tivermos notícias eu corro até você — Yelena avisou, a cabeça apoiada sobre o braço de Bucky, ambos visivelmente exaustos.

Ele apenas assentiu antes de se erguer do seu assento na sala de espera, acompanhando Wilson a contragosto, em direção ao lado oeste do hospital; parafernálias médicas e pessoas uniformizadas servindo como obstáculos.

— Se puder ser rápido... — Steve comentou assim que entrou em uma possível sala de reuniões. A influência da Interpol permitindo alguns favores ao hospital.

Nós seremos.

Os últimos acontecimentos afetaram abruptamente os sentidos de Steve. Se isso acontecesse há algumas horas atrás, ele perceberia a presença de uma terceira pessoa no cômodo antes mesmo de passar pela porta.

— Sharon Carter... — Steve suspirou, cansado demais para lidar com a CIA naquele momento.

— Agente Rogers... — a diretora de operações da Agência o cumprimentou.

— Então, a sua presença aqui significa que o diretor Ross caiu ou eu estou sendo preso? — a pergunta de Steve soou sarcástica, afinal, ele sabia que era procurado.

— Sim, o diretor Ross não pertence mais a CIA, e o seu mandado de prisão foi anulado — Sharon o explicou — O seu e do Agente Barnes. A sua colaboração com a investigação no caso Hydra nos mostrou a sua eficiência e capacidade que determina um verdadeiro agente especial da CIA.

RUN with ME | romanogersWhere stories live. Discover now