RUN with ME | romanogers

𝟗. Noite com amigas

Era final de tarde de sexta-feira, uma das poucas em que Natalie, Maria, Hope e Wanda conseguiam folgar juntas, mesmo sobre o aviso de serem chamadas a qualquer momento em casos de grandes emergências.

Como de costume, as médicas se reuniam no apartamento de Rushman para fofocarem sobre os os últimos acontecimentos no Seattle Grace, acompanhadas de álcool e alguns petiscos.

Era também uma noite em que estavam livres das crianças, que ficavam sob a supervisão das babás na casa da Maximoff, onde tinha um enorme quintal e uma casa na árvore para gastarem energia com brincadeiras que apenas Olívia, Cassie e os gêmeos entendiam.

Após Natalie dar banho na filha, preparando-a devidamente para a "noite do pijama", como as crianças nomeavam, Olívia cismou em usar o par de galochas rosas que ganhou no natal passado da Maria Hill. Depois de uma longa discussão, ela finalmente se deu por vencida e aceitou a contragosto a escolha peculiar da menina.

Não estava chovendo em Seattle, mas ainda assim, foi impossível fazê-la desistir da ideia mirabolante ao encontrar o calçado no fundo do armário. Nem mesmo Yelena conseguiu fazê-la convencê-la a calçar os tênis pisca-pisca de sempre.

— Já sabe, não é, dona Marie? — Natalie indagou à filha, referindo-se ao bom comportamento na casa dos Maximoff's.

— Sim, mamãe... nada de bater, quebrar alguma coisa, gritar ou usar palavrinhas feias.

— O que mais?

— Não comer doce depois das seis, obedecer a Lena e não jogar comida ruim no chão só porque eu não gosto — ela disse, quase revirando os olhos.

— Comida ruim... — Yelena riu enquanto vestia a sua jaqueta no hall do apartamento — Ela está falando de brócolis? — Natalie assentiu, enquanto colocava a mochila temática da Viúva Negra nas costas de Olívia.

— E pepino, rúcula, ervilha...

— Mas ela comeu ho-...

— Shiu! — a babá sorriu, percebendo que a mais nova comeu algumas leguminosas no almoço sem perceber — Pronto. Se comporte, ok?

— Eu vou me comportar, mamãe — ela sorriu, entregando sua mão a Yelena — Vamos logo... — Olívia puxou a babá enquanto abria a porta.

— Não está esquecendo de nada?

Olívia parou por alguns instantes, tentando lembrar do que poderia estar esquecendo, mas nada lhe veio à cabeça.

— Meu beijo, Olívia — a menina sorriu e correu até a mãe, abraçando a cintura de Natalie — Te amo — ela depositou um beijo casto no topo da cabeça da filha.

— Também te amo.

— Awn! Nenhum beijo para mim? — Yelena zombou, recebendo o dedo do meio de Nat — Quanto amor... Também te amo, chefinha.