CORRA COMIGO | ROMANOGERS
Ex-capitão do 107º Regimento de Infantaria, Steven Rogers segue uma rotina pacata na CIA até que uma ligação muda totalmente a sua vida. Designado à proteger a filha do candidato a presidente do país, ele se vê perdido quan...
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Natalie não sabia dizer de onde surgiu a coragem para finalmente aceitar o convite imposto por Frank. Talvez fosse o resultado de muita insistência das suas amigas, que não passaram um dia sequer sem tentar convencê-la de que deveria dar-se a chance de um mero jantar com uma boa companhia.
Ela se arrependeu no mesmo instante em que as suas mensagens foram entregues e lidas pelo destinatário no aplicativo de mensagem. Quando o "digitando" surgiu no bate-papo, Natalie precisou de alguns minutos para respondê-lo de volta, ainda incerta do que queria.
Mal conseguiu acreditar na audácia que criou para clicar no contato em sua agenda eletrônica e por isso, a noite pareceu ter mais horas do que o habitual.
Aquela madrugada passou vagarosamente. A insônia transformou minutos em horas. Muitas vezes se viu rolando no colchão, tentando achar uma posição que relaxasse o seu corpo, ou acordada, fitando o teto, sem saber exatamente o que fazer no dia seguinte.
Natalie estava tensa e ansiosa com as expectativas que, sem perceber, acabou colocando naquele jantar.
Tinha ido a poucos encontros desde a morte de John. Alguns ruins, outros bons, mas nunca ótimos o suficiente para continuar mantendo uma relação posterior com tais pretendentes. Apenas decidia seguir a vida sem interrupções masculinas e ignorava as ligações que recebia nos dias seguintes.
Frank era diferente. Além de ser o seu vizinho, Natalie já estava ligada à ele, assim como Olívia também havia criado uma amizade com o homem. Um mês e alguns dias foram o bastante para analisá-lo e ouvir a sua intuição de que ele era um homem confiável.
A imagem de Natalie a agradava no reflexo do espelho em seu closet. O óculos de grau foi substituído pelas lentes de contato. A maquiagem estava leve, apenas corretivo para a correção de olheiras provenientes dos plantões cansativos, rímel para preencher seus cílios e um toque de blush e gloss na tentativa de ganhar um ar de saúde.
Em seu corpo, o vestido que comprou quando foi ao shopping naquela tarde moldava as suas curvas. A cor verde-turquesa combinou perfeitamente com os seus olhos, o decote em U e a elegante fenda em sua coxa esquerda deram um toque sensual, assim como o par de scarpins preto de bico fino para concluir o look.
Pensou em elaborar um coque em seus fios ruivos, mas decidiu deixá-los soltos. As ondulações cobriram parte dos seus ombros e as pontas descansaram sobre os seios, contrastando com o vestido.
Natalie estava pronta, por mais que não sentisse totalmente preparada para o que estava por vir.
— Uau! — ao ouvir a voz de Yelena, Natalie girou em seu eixo e sorriu, sem jeito.
— O que você achou?
— Eu não te vejo tão linda assim há um bom tempo.
— Não estou arrumada demais para ir a um restaurante italiano?
