CORRA COMIGO | ROMANOGERS
Ex-capitão do 107º Regimento de Infantaria, Steven Rogers segue uma rotina pacata na CIA até que uma ligação muda totalmente a sua vida. Designado à proteger a filha do candidato a presidente do país, ele se vê perdido quan...
Cheguei com quase 9K de palavras e pelo gif, eu não aceito menos do que muitos biscoitos ❤️
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Tudo o que Natasha precisava era de um bom e demorado banho quente, mas o dia estava colaborando para que aquilo não acontecesse. Além da tempestade torrencial que caía sobre a natureza além dos limites do chalé, o aquecedor não tinha dado conta de toda a dimensão dos cômodos durante a madrugada; os dedos dos pés, por trás das unhas, pareciam prestes a congelar, ganhando um tom semelhante a lilás.
O termo 'frio' soava irônico para descrever a intensidade que os seus ossos latejavam, como se tivesse recebido uma surra enquanto tentava pregar os olhos. E ainda que relutasse durante toda a noite abaixo de três camadas de mantas de lã, não tinha sido o suficiente para mantê-la aquecida.
Por precaução, Natasha checou o painel com o marcador de temperatura do aquecedor no final do corredor por três vezes, mas os dígitos em vermelhos estavam inalterados; vinte e sete graus Celsius deveriam manter o ambiente harmônico ao invés daquele cenário glacial.
Quando os tons de cores do céu começaram a clarear no horizonte – ainda que tudo fosse nublado e congelante em uma manhã sem sol – e os primeiros chuviscos começaram a golpear contra as janelas de vidro, Natasha abandonou os edredons e apressou os passos até o banheiro a fim de buscar refúgio em uma ducha.
Ela se despiu agilmente, deixando as peças amontoadas ao chão e arrastou a porta do box de vidro temperado. As expectativas de uma água quente a ponto de fervilhar em sua pele sumiu em questão de segundos quando o choque gélido atingiu suas costas nuas.
— Porra! — ela xingou em alto e bom som.
As mãos se atrapalharam ao fechar o mecanismo do chuveiro com pressa, calafrios espalharam-se duramente pelo seu corpo enquanto ela arrancava a toalha do gancho fixo a parede e envolvia o próprio tronco para conter o frio.
De volta às roupas emaranhadas no piso, Natasha marchou quarto a fora a fim de encontrar alguém que pudesse solucionar aquele problema hidráulico, os degraus se dissipando com velocidade enquanto rumava os pés escada abaixo.
Não havia nenhum tipo sinal de que alguém havia passado pela sala de estar, tudo em seu devido lugar, quase intocável, da mesma maneira como Natasha deixou antes de se retirar na noite passada. Provavelmente todos estavam presos em seus afazeres matinais, mas ela não demorou para encontrar Bucky em sua habitual cadeira giratória no escritório, diante dos computadores, empertigando os braços e pernas enquanto reproduzia um bocejo sonolento.
— Bom dia — o comprimento, observando o homem girar o assento e sorrir ao vê-la.
— Bom dia.
— Você sabe dizer o que houve com a água?
— Como assim? — Bucky devolveu, um vinco de dúvida entre suas sobrancelhas.
