CORRA COMIGO | ROMANOGERS
Ex-capitão do 107º Regimento de Infantaria, Steven Rogers segue uma rotina pacata na CIA até que uma ligação muda totalmente a sua vida. Designado à proteger a filha do candidato a presidente do país, ele se vê perdido quan...
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Seattle, WA
Dia de folga era sinônimo de lasanha, o prato favorito de Olívia. Mesmo sendo recorrente, a menina não enjoava e sempre implorava para que a mãe fizesse a receita que era quase uma herança da família Romanova.
Ainda que não tivesse dormido mais de dez horas de sono completas após dois dias intensos de plantão, Natalie já estava de pé, pré-cozinhando as fatias de massa que preparou do zero, revezando a atenção com o tablet do hospital, onde avaliava a distância os prontuários de seus pacientes. Nem se dependesse de sua vida, ela confiaria totalmente nos residentes do hospital.
Além do mais, ser chefe do departamento de traumatologia a mantinha em plantão vinte quatro horas durante trezentos e sessenta e cinco dias. Qualquer eventualidade, precisava assumir o jaleco e correr para o hospital.
Na sala de estar, conjugada com a cozinha do apartamento, a televisão estava ligada em um canal de desenho animado num volume consideravelmente alto, mas estava sendo totalmente ignorada, pois a sua filha não estava dando a mínima atenção. Não quando Yelena a distraía com papel e giz de cera, na mesa de centro.
Ela rezava para nenhuma parede ser inocentemente rabiscada pela mais nova.
O dia em Seattle estava bonito, o que era algo raro, mesmo com o fim de verão. Pelas janelas enormes de vidro ao redor do apartamento, dava para enxergar com perfeição a linha do horizonte, dividindo o céu do mar e os ferry boats atracando na baía. Foi uma das primeiras coisas que admitiu ao finalmente decidir assinar o contrato de compra do apartamento há três anos atrás.
— Mamãe, já está pronto?
— Ainda não, querida. Vinte minutos, ok? — Natalie anunciou, colocando a travessa de lasanha no forno e acionando o alarme.
— Eu tô com fome — a criança reclamou, com o bico costumeiro de quando algo não saía como ela queria e que a mãe adorava.
— Eu também estou — Natalie deu língua, fazendo a filha sorrir.
— Que tal arrumar essa bagunça e me ajudar a pôr a mesa? — Yelena pediu, catando os gizes de cera.
— Ah não, você faz isso.
— Eu? — Olivia assentiu — Então se eu fizer você não come. Pode ser?
— Nada disso, mocinha — Yelena riu ao ser imitada pela mais nova. A babá acabou não resistindo e aprontou algumas cócegas na menina, roubando risos escandalosos da mesma.
— Sua pirralha. Vem, vamos ajudar sua mãe.
Enquanto se ocupava com as louças sujas na pia, Natalie observava a imagem da filha e da babá enquanto ambas guardavam os lápis coloridos e os papéis rabiscados dentro de uma caixa de polipropileno rosa com adesivos de arco-íris.
