Odiar.

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Lembranças.

Estou tão dolorida que mal consigo falar

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Estou tão dolorida que mal consigo falar. Estou tão dolorida que temo não conseguir dançar hoje.

Balanço meus pés na varanda de casa, com o queixo apoiado no corrimão, observando o carro chique que acabará de chegar. Sorri vitoriosa, sabendo que Lewis não ousaria me bater na frente das visitas. Então, eu teria uma noite de folga.

Suspirei sentindo tudo doer, respirar estava sendo muito difícil, devido a noite passada. Lewis ontem chegou tarde e deixou claro na mensagem que queria que eu fizesse o almoço, já que mamãe estava com ele também. Mas infelizmente, acabei pegando no sono e não percebi que eles chegaram. Só percebi quando senti as dores na costela seguido de xingamentos.

Uma amiga muito próxima de mamãe viria hoje para um jantar, e eu teria que participar desse evento fútil e ainda ter que aguentar o seu filho estúpido. O garoto era estranho, como se escondesse algo do mundo e de todos, os seus pais não eram diferentes. Eles eram mal encarados, não sei o que havia de errado.

Não é como se a minha não fosse também.

O garoto desceu do carro e meus olhos não desconectou dele nem por um segundo. Ele não é o mesmo garotinho de um ano atrás. Ele estava mais bonito, mais forte e mais sombrio.

Deus...

Meu coração acelerou quando o garoto levantou a cabeça para encontrar meus olhos e sorriu. Senti um frio na barriga com a vista de seu sorriso terrivelmente lindo.

Mas ainda sim, não mudava o fato que ele era um chato.

Seu pai e sua mãe murmuram algo para ele, e ele assentiu, ainda sem desviar dos meus olhos.

Levantei da varanda e desci quando escutei Lewis me chamar no andar de baixo. Ele disse que é falta de educação não receber as visitas na porta.

Arrumei meu vestido e meu rabo de cavalo, o de sempre, descendo as escadas. Sentei ao lado do meu pai, no outro sofá e ele me deu um olhar mortal, como se dissesse: "comporte-se ou você sabe o que te aguarda."

Engoli em seco, virando a cabeça para encontrar o pessoal entrando. Eu não sabia o seus nomes, ninguém me falava nada, muito menos o garoto. Consegui capturar eles inspecionando a casa rapidamente, antes de abraçar mamãe que antes estava na cozinha.

Por que eles estavam observando a casa?

―Amélia, querida! Você está linda! ―A moça loira veio até mim, permaneço no mesmo lugar receosa de fazer algo que não agrade meus pais, então só abro um sorriso para ela.

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