Prólogo

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Onze meses antes

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Onze meses antes.

―Vamos, Apólo, por favor! ―Alana entrou no meu quarto quase derrubando a porta, levantei meu olhar já cansado da conversa que ela novamente, daria início

―Me responde, Alana, por que eu iria numa apresentação de ballet? ―Coloquei a caneta na mesa, esfregando a têmpora. Alana é a pessoa mais insistente que eu conheço.

― Você sabe quem vai estar lá e eu preciso ir com alguém! ―Choramingou feito uma criancinha birrenta, puxando a cadeira para se sentar desajeitadamente, ao que parece, ela só me deixaria em paz quando eu aceitasse.

―Megan vai estar lá? ―Fazia meses que Alana perseguia essa porra de garota, ia em todos as apresentações da garota, alegando que um dia, ela irá gostar dela, pasme, a bailarina é hétero. Deixou isso bem claro.― Desencana dessa garota, porra. Ela não gosta de você!

―Mas ela vai, Pólo! ―Insistiu se espojando na mesa  juntando as mãos para praticamente implorar. Há dias que Alana insiste que eu vá, não sei o motivo, talvez Rho tenha cansado de ir com ela, Crane ela nem se atreve a pedir.

―Se eu for, me deixará em paz? ―Me dei por vencido. Não suporto que fiquem em minha cabeça martelando pedidos, principalmente de alguém tão insistente como ela. Não sou de recusar pedidos dos meu irmãos, mas porra, uma peça de balé não é bem meu estilo.

―Se preferir, te deixo em paz por dias! ―Ela levantou a cabeça esperançosa, sorrindo. As vezes eu realmente penso que Alana é uma criança. Mas é isso que me surpreende nela, não perdeu sua bondade.

🩰

A noite chegou e com isso, a minha tortura. Mantenho minha atenção nas ruas de Riverside enquanto Alana canta histéricamente uma música da banda KISS, que porcaria!

Estaciono o carro desligando o som, meus ouvidos agradecem, solto um longo suspiro antes de perguntar: ―É aqui?

―É exatamente aqui. ―Alana observa o lugar, encantada para dizer o mínimo. Luzes pretas e vermelhas iluminam a rua, atraindo a atenção para dentro do teatro, que só pela entrada, dá para perceber o quão grande é.

Assim que desci do carro e abri a porta de Alana meus olhos pairaram sobre um cartaz enorme em frente ao prédio, fechei a porta do carro cuidadosamente, ao ver ali uma garota esbelta numa posição de ballet do qual eu não entendo e nem faço questão. Porra, que linda. Não deixei passar dos detalhes marcantes da garota que possuía cabelos pretos longo, caindo até o meio de suas costas livremente. Olhos azuis cor de água, tão azuis que eu não poderia acreditar. Nariz pequenos, olhos pequenos mas levemente puxados, boca carnuda e vermelha, a pele igual porcelana, bochechas com um tom avermelhado.

Tudo nela tinha um ar fino e delicado. Tudo na garota vestida com um traje de balé preto era delicado e surpreendente... Perfeito.

É tão bonita que estou hipnotizado, tão bonita que parece a porra de uma pintura.

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