🚨DARK ROMANCE, STALKER (+18)
Não estava em meus planos amar Amélia Lies. Não pensei nem por um segundo eu amar alguém em meio ao caos. Não estava nos meus planos ir contra tudo que eu odeio apenas porque eu a vi dançar.
Desejar a filha de um políti...
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Onze anos.
―Se concentre, porra! ―Exclamou mamãe quando eu errei o passo novamente. Ela segurou em meu braço após eu ter errado pela milésima vez e praticamente gritou em meu ouvido.―Se continuar assim, não vai ser ninguém na vida! Olhe para mim.―Ela me soltou e caminhou até o meio da sala, repetindo os passos, girando, era perfeito o jeito que ela dançava.
Já eu, era desengonçada.
Talvez mamãe esteja certa, nunca serei nada na vida.
―Por que ainda insiste nessa inútil?! ―Meu coração pulou de susto e angústia, me virei na direção da porta e vimos o bêbado ali. Mamãe sorriu, tirando as sapatilhas e indo até ele.
Quis chorar pela forma como ele falou, mesmo já acostumada.
Só bastava um olhar do meu pai e eu já queria chorar. Eu tinha pavor de decepciona-lo, medo.
Preferia decepcionar a mim mesma do que ele.
Lewis empurrou a mulher para o lado, fazendo com que o abraço dela fosse interrompido, ele estava com raiva.
E eu sabia bem o porquê.
―Me encarreguei de ir na sua escola, já que ligaram para mim. ―Ele me olhar com deprezo, e é só esse olhar, que meu peito aperta.
Então, eu levo a mão até o meu braço atrás das costas, beliscando com força.
―Pai, eu... ―Gaguejei, sentindo os dedos molharem de algo que eu sabia muito bem o que era.
Sangue.
Eu tinha que sangrar para que minha mente não sangrasse.
―Cale a boca! ―Ele gritou, me interrompendo, o seu jeito, cheiro e os olhos entregava que ele estava bebendo. Ou injetando algo que eu o vi fazendo no banheiro.
Perguntei a mamãe sobre o que era aquela injeção que ele estava tomando, resultou nela me dando um tapa forte na cara e dizendo para nunca mais me meter onde eu não devo.
―Papai... Eu vou concertar as notas. Eu... me distrai com o balé...―Tento arrumar a minha bagunça feita propositalmente.
A verdade era que, meus pais nunca me deram o mínimo de atenção, e tudo o que eu fiz foi para ver se eles me ajudariam a levantar minhas notas, passar mais tempo comigo.
Mas aparentemente, não vai rolar.
―Ela tirou más notas?! ―Investigou alto, minha mãe, me dando um olhar furioso.
―Cale a boca, Chloe! ―Meu pai se aproximou de mim, com os papéis que parecia ser as minhas notas e jogou na minha cara.
Os beliscões até o momento estava me ajudando a não chorar, ele odiava quando eu chorar em sua frente. Alegava que o choro era fraqueza.
E quanto mais eu chorava, mais ele me batia. E Chloe? Assistia tudo, sem questionar.
―Vá para o quarto, Chloe! Depois eu te encontro. ―Ordenou meu pai. O choro que eu estava segurando, saiu involuntariamente sabendo exatamente o que aconteceria a seguir.
Ele não gostava que ela visse, dizia que era muito para os olhos dela.
E ela nunca, nunca tentou interferir. Nunca nem me perguntou se eu estava bem.
Era Lewis quem me batia, mas Chloe fazia muito pior.
Me belisquei tão forte que provavelmente deixará marcas profundas, mas não marcas tão profundas quanto as que estão em minha alma.
Cada tapa, cada murro, cada chute, não são em minha pele
São em minha alma, mente.
―Mamãe, não vá... Por favor.―Choraminguei acompanhando seus olhos que me perfurava enquanto ela caminhava para fora da sala de balé. Seus olhos entregava que ela estava achando bem feito. ―Por favor, mamãe..―Solucei, virando meu corpo para segurar em sua mão.
―Me solte.―Ela se afastou do toque, com desdém.
―Ela não vai fazer nada. A única culpada disso é você por ter sido uma vagabunda que não terá futuro.―Observei ela sair, assentindo para papai, me deixando a sós com ele. ―Me envergonhou na frente de todos!
―Mamãe, me ajude.―Corri até ela, no meio do caminho, o ato não foi completo já que senti o meu couro cabeludo arder. E eu soube que era ele.
Descontando tudo em mim.
Por que eu fiz isso?!
É realmente culpa minha.
Por não ter tirado notas boas.
―Você vai aprender que no mundo não há lugar para fracassados. ―Meu corpo foi girado para encontrar suas pupilas dilatadas, e seu rosto queimando de ódio.―Vai aprender que na família Lies não há perdedores. ―E o primeiro tapa de muitos, foi atingido, bem em meu rosto. Fazendo ele tombar para o lado.
Dói, arde, queima.
―Pai..―Supliquei, sentindo meu pescoço encharcado do choro. Seu ódio aumentou quando me ouviu chamá-lo. Ele odiava isso. ―MAMÃE! ―O pânico se instalou em mim quando eu pude ver sua mão erguida, e desta vez não é tapa. É murros.
🩰
Tic-tac.
Machucada e jogada como se fosse nada, agradeci quando o relógio avisou que deu os trinta minutos,
Era sempre assim, sempre durava trinta minutos as minhas surras.
Estou jogada no chão, implorando a um ser divino que me mate, antes que ele faça isso.
Acabou.
Por mais que eu seja nova, nunca acreditei em Deus. Nunca acreditei no paraíso.
Só acreditei no inferno.
Pois estou nele agora. E estarei por muito tempo. prenderei a viver no inferno, ou eu serei a dona dele.
🩰
"O ser humano nasce justo, a injustiça que o corrompe."