Ritual

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Soltei a arma com tanto choque e desdém que se estivesse destravada, ela teria com certeza disparado e acertado Apólo ou eu ― O que você disse, Apólo?

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Soltei a arma com tanto choque e desdém que se estivesse destravada, ela teria com certeza disparado e acertado Apólo ou eu ― O que você disse, Apólo?

Consegui sentir quando ele se abaixou e pegou a arma com raiva, logo após segurando forte em meu braço, dando um desconforto. ― Está limpo? ― Não era comigo que ele estava falando. Maldito escuro que não dava para enxergar absolutamente nada à frente.

Apólo parecia ser o único a saber para onde estávamos indo. O resto de seus irmãos também sumirá, assim como Crane mais cedo.

― Apólo, o que está acontecendo?! ― Exigi aumentando a velocidade dos passos, pois, se eu não fizesse isso, acabaria caindo no que agora parecia ser a grama. Ele me puxava sem o menor cuidado, fazendo-me perguntar: "não é o Apólo que eu conheço."

E o meu lado mais imundo, estava gostando deste.

― Cale a boca, Amélia.― Ordenou, vez ou outra meu salto tombava, mas eu me recuperava logo em seguida.

― Apólo! Eu vou acabar caindo! ― Protestei tentando me soltar de seu aperto no meu braço. Ele não cedeu, pelo contrário, só apertou mais.

Com certeza deixaria marcas ao amanhecer.

Ele não respondeu. Deduzi que entramos na mansão que vimos assim que chegamos quando meus saltos fizeram barulho se chocando contra o que parecia ser mármore.

Ele parecia estar... Ansioso...?

― Apólo, não consigo entender. ― Resmunguei levantando as mãos para tatear na tentativa de descobrir o que viria a seguir.

― Amélia, se você disser mais um A, vou foder sua boca aqui mesmo. ― Prometeu entre os dentes. Uma chama dentro de mim se acendeu, e se eu não fosse tão vergonhosa quando se tratava dele, eu iria implorar para que isso acontecesse.

Resolvi ficar calada para não testar mais da paciência dele. Não pude deixar de sentir medo e confusão quando subimos uma longa escada que parecia ser também de mármore. Estava tudo tão silencioso que só o barulho do meu salto que preenchia o ambiente.

E que merda foi aquela de ritual? Do que ele estava falando?

― Liguem a porra das luzes, caralho! Como que você querem que eu enxergue?! ― Vociferou assim que paramos. O pedido não foi concedido. Continuavamos no escuro. Mesmo que estivessemos nos escuro, sentia que não tinha apenas uma pessoa, mas sim, várias. ― Estão surdos?! ― Vociferou novamente soltando meu braço, consegui sentir quando ele se afastou, indo para a frente.

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