Cuidado.

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Duas horas, duas fodidas horas que eu precisei sair e de repente, Amélia ficou sozinha com o pai. Deus, como eu tentei evitar isso, mas tirei os olhos da bailarina e ele pôs suas mãos imundas nela.

Num deslize, a garota foi tocada. Não deveria ter acontecido isso, eu me dei o trabalho de ficar perto dela por oito meses. Fiquei surpreendido com o quão esse homem pode ser fodido. Os vídeos, o seu passado... E o quanto eu fiquei cego pela bailarina que acabei esquecendo o meu propósito.

Prometi a Amélia que não o mataria e quem cuidaria disso era ela. No entanto, ela não me disse nada sobre encher ele de porrada.

Tombo a cabeça pro lado para que meu pescoço se estique enquanto eu fecho os olhos, com a satisfação dos gritos. O homem continua a protestar sobre o pano em sua boca e se remexer, quase caindo da cadeira.

―Você é irritante, porra. ―Sussurrei, fazendo o máximo de esforço para não mata-lo. O filho da outa pulou com a cadeira que estava amarrada a ele, fazendo um barulho agoniante.

Bufei, passando a mão pelos cabelos que caíam na frente do meu rosto à medida em que eu caminhava até ele. Com uma mão, virei a sua cadeira junto com ele para minha frente, passei a língua nos dentes o olhando. Nunca senti tanto desprezo por alguém como sinto por Lewis.

Posso estar louco fazendo isso, dando as caras a ele, mas ele estará morto antes do fim do próximo mês.

Eu só precisava que Amélia abrisse seus olhos, enxergasse quem ele realmente era. Amélia me odiaria e sofreria caso ele morresse, assim de repente. Depois que ela descobrir tudo, não restará amor algum, então, ela não sofrerá.

Tirei a adaga do cós da calça, brincando com ela, sorrindo quando o homem novamente, arregalou os olhos e se debateu sobre a cadeira, gritando desesperado por cima do pano.

Respirei fundo antes de falar, tentando ao menos manter a calma. ―Tocou em algo que é meu. ―Abaixo-me em sua altura, olhando para ele, ódio corria em mim desde anteontem e tudo o que eu desejava era mata-lo por ter levantado a mão para Amélia. ―E eu odeio que façam isso... ―Arrastei a adaga de leve pelo seu rosto, criando um pequeno rastro de sangue ―Nunca mais tocará em Amélia, não enquanto ainda eu existir. ―A adaga desliza de seu rosto até o seu braço, deixando mais rastros de sangue fino. Paro quando chego nas costas da mão direita. ―Enquanto eu estiver vivo, não há uma maldita pessoa na porra do mundo que tocará nela, ou que olhará feio para ela. ―Cravo mais a faca, cada vez mais perto de corta-la fora. Minha mandíbula doía com a força que eu fazia para mante-la trincada.

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